A Arte de Guma
Segundo informações colhidas junto ao site da UFRGS, Guma é o nome artístico de Gumercindo da Silva Pacheco. O escultor nasceu em 1924 na cidade de Tapes. RS. O mesmo partiu em 2008.
A pinacoteca Barão do Santo Angelo possui algumas peças de Guma no seu acervo como a Escultura "Os Sertanejos". A sua inspiração artística emergia do convívio com os profissionais e alunos do Instituto de Artes da universidade federal. Na maioria das vezes, surgem figuras humanas, especialmente personagens que remetem ao homem dos pampas, segundo o que se observa do trabalho de Gomercindo da Silva Pacheco também conhecido como GUMA.
Além da escultura em madeira, Guma colocou na terracota, bronze e pedra-sabão o que sua sensibilidade sentia. Segundo relatos da própria universidade, a arte entrou em sua vida pelos corredores do Instituto de Belas Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, atual Instituto de Artes (UFRGS), onde laborava em atividades não especializadas no ramo técnico e científico.
Foi admitido como marceneiro, mas também atuava como auxiliar de sala de aula (enquanto muitos o referem apenas como servente). Lá observava alunos e professores durante a realização das atividades acadêmicas (ensino, pesquisa e extensão). Certa feita, devido ao seu talento individual, passou a aventurar-se na produção de pequenas esculturas elaboradas a partir do material que era descartado pelas atividades acadêmicas curriculares. Tinha preferência pela madeira e de maneira autodidata foi ganhando espaço, respeito e notoriedade no meio artístico.
Através do permanente e sistemático incentivo que recebia dos especialistas, muito especialmente advindo do catedrático Fernando Corona, Guma passou a expor o seu trabalho em diversas galerias de arte, ganhando diversos prêmios pelo seu trabalho.
A imagem que abre esta página é de autoria de Jacques Jacomini que remonta a presença do trabalho artístico de Guma no interior da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IFCH - UFRGS).
Nascido em Tapes (RS), em 1924, Guma mora desde 1942 em Porto Alegre. Na Capital, descobriu o talento para a arte, mas buscou inspiração em suas raízes. Guma produziu obras-primas, nascidas nas fontes límpidas do popular, definiu o poeta e crítico Armindo Trevisan. Seus seres são atarracados, telúricos, plantados no chão, de saga simples e anônimos, simbolizando com candura o biotipo espiritual e físico de uma raça, escreveu o falecido Walmir Ayala, também poeta e crítico de arte.
Guma tem extenso currículo de exposições individuais e coletivas no Estado e em capitais como São Paulo, Rio, Brasília e Curitiba. Expôs também no Uruguai e conta com trabalhos em acervos no Exterior. Em 2005, foi o único artista gaúcho convidado a participar do 1º Festival de Cultura do Mercosul, no Museu de Arte de Santa Catarina, em Florianópolis.
A exposição na Câmara (Avenida Loureiro da Silva, 255), que tem apoio da Presidência da Casa, tem visitação das 9 às 18 horas de segunda a quinta-feira. Informações na Assessoria de Relações Institucionais, telefone (51) 3220-4392.