sexta-feira, 24 de julho de 2015

segunda-feira, 20 de julho de 2015

WILHELM REICH

O berço de Luzia (parte 1)

Outrasgrafias


Ana Julia

Ana Julia por JacquesJa


Tamires Castilhos


William Metz

JacquesJa Por William Metz






Cinema


As Coincidências


Wim Wenders












domingo, 19 de julho de 2015

Felicidades

Feliz Aniversário

João Pedro e
Carlos Alberto Metz Junior.

Muito obrigado pelo convite.

Felicidades para todos (extensivo aos seus).





sábado, 18 de julho de 2015

Parque Estadual de Itapeva

Aula da Disciplina 

Laudo e Relatório Antropológico (In Situ)

Ministrante Professor José Otávio Catafesto de Souza.

Expedição com Base na Estação Agro-Ecológica de Dom Pedro de Alcântara 

Guia Científico da Expedição: Rafael Frizzo





sexta-feira, 17 de julho de 2015

O Mito e o Sagrado na Educação Trad...

A Cidade de Santa Isabel

Alô, galera!

Aproveita as férias e entra na periferia. 
Vem conhecer o nosso chão: 
A Cidade de Santa Isabel.

www.acidadedesantaisabel.blogspot.com.br





Laudo e Relatório Antropológico








Aula da Disciplina 
Laudo e Relatório Antropológico (In Situ)

Ministrante Professor José Otávio Catafesto de Souza.

Expedição com Base na Estação Agro-Ecológica de Dom Pedro de Alcântara 

Guia Científico da Expedição: Rafael Frizzo

terça-feira, 14 de julho de 2015

Aldeia Indígena Guarani MBYÁ Nhu Porá Torres Rs: História da Aldeia Nhu Porá

Aldeia Indígena Guarani MBYÁ Nhu Porá Torres Rs: História da Aldeia Nhu Porá:         Tekoá Guapo'ý Porã , conhecida pelos não-indígenas como Aldeia Guarani de Torres, é uma comunidade indígena guarani localiza...

Aldeia Guarani do Campo Bonito caminha para a sustentabilidade

Aldeia Guarani do Campo Bonito caminha para a sustentabilidade

Jeguatá

Ferias com Celia Cruz

Celia Cruz

Marambaia


Condição Pós-Moderna





Fichamento de

HARVEY, David.
A Condição Pós-Moderna –
uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Ed. Loyola, 1993.

Por Jacques Jacomini


1ª. Parte

PANORAMA GERAL DO LIVRO


A obra de Harvey que nos ocupamos neste momento é, sobre o meu ponto de vista, um trabalho instigante e muito interessante sobre uma das temáticas mais discutidas e analisadas nas ciências sociais contemporâneas, a pós-modernidade. O livro, no seu todo, traz um texto rico de conceituações, discussões e pressupostos colocados dentro deste campo de debate, modernidade X pós-modernidade. Além do texto, propriamente dito, encontramos ainda nesta obra uma série de recursos iconográficos, (gravuras, fotos, imagens de algumas obras de arte, ...), de tabelas, esquemas e de gráficos ilustrativos que tornam o seu conteúdo ainda mais interessante e esclarecedor. Portanto, em resumo, trata-se de uma publicação da mais alta relevância para todos os intelectuais e pesquisadores interessados em empenhar este debate, moderno X pós-moderno, tão presente e tão necessário no meio acadêmico e científico.
O livro está dividido em 4 partes, mais uma introdução que o autor chama de “a tese”, um prefácio e a parte dos agradecimentos. Para este fichamento, nos determos somente sobre a parte 4a. - A Condição Pós-Moderna -
Um aspecto que chama a atenção do leitor no livro, no que concerne a sua estrutura, é a forma pontual como aborda os temas que propõe discutir. Nesta parte 4, por exemplo, temos 9 pontos (ou tópicos) que abordam diversas questões que estão colocadas no seio da discussão moderno X pós-moderno, desenvolvidos de uma forma pontual, sintética e divididos entre si dentro do corpo geral do livro.





19

A Pós-Modernidade como condição histórica


Este ponto do texto vai discutir  “As práticas estéticas e culturais têm particular suscetibilidade à experiência cambiante do espaço e do tempo exatamente por envolverem a construção de representações e artefatos espaciais a partir do fluxo da experiência humana.  Elas sempre servem de intermediário entre o Ser e o Vir-a-Ser”. (pag. 293)
Surge, dentro desta perspectiva de uma abordagem espacial e temporal, a abordagem da estética como um elemento constituinte da pós-modernidade. Neste sentido, o autor afirma:  “É possível escrever a geografia histórica da experiência do espaço e do tempo na vida social, assim como compreender as transformações por que ambos têm passado, tendo por referência condições sociais e materiais. (...)   Aí, as dimensões do espaço e do tempo têm sido sujeitas à persistente pressão da circulação e da acumulação do capital, culminando (em especial durante as crises periódicas de superacumulação que passaram a surgir a partir da metade do século passado) em surtos desconcertantes e destruidores de compressão do tempo-espaço.
As respostas estéticas a condições de compressão do tempo-espaço são importantes, e assim têm sido desde que a separação, ocorrida no século XVIII, entre conhecimento científico e julgamento moral criou para elas um papel distintivo. 


segunda-feira, 13 de julho de 2015

LAE

LAE –
Laboratório de Arqueologia e Etnologia
O Laboratório de Arqueologia e Etnologia – LAE é herdeiro do antigo Gabinete de Arqueologia, criado por José Proenza Brochado e Pedro Ignácio Schmitz, em 1967. Mantém o acervo acumulado desde então e oferece suporte ao desenvolvimento de projetos de investigação histórica e arqueológica sobre populações autóctones pré-colombianas e grupos remanescentes de quilombos.

O LAE também presta serviços técnicos à capacitação de agentes públicos que atuam com coletivos tradicionais, nas áreas de sustentabilidade, saúde, educação, etc. Realiza perícias e laudos antropológicos em processos judiciais, de regularização fundiária e de licenciamento ambiental.

No âmbito do ensino, o LAE é um espaço interdisciplinar de formação para estudantes de graduação e pós-graduação do IFCH/UFRGS, com ênfase no trabalho de investigação de campo.

Coordenador do LAE: José Otávio Catafesto de Souza


O Laboratório está sediado na Sala 2/Anexo A2 do prédio 43312 do IFCH, UFRGS – Campus do Vale – Av. Bento Gonçalves, 9500 – Porto Alegre – RS – CEP 91509-900.

Telefone: (51) 3308-9941
Fax: (51) 3308-7306



José Otávio Catafesto de Souza

Aula da Disciplina 
Laudo e Relatório Antropológico
Ministrante Professor José Otávio Catafesto de Souza.

Estação Agro-Ecológica de Dom Pedro de Alcântara 

Guia Científico da Expedição: Rafael Frizzo






David Harvey





Fichamento de

HARVEY, David.
A Condição Pós-Moderna –
uma pesquisa sobre as origens da mudança cultural. São Paulo: Ed. Loyola, 1993.

Por Jacques Jacomini


1ª. Parte

PANORAMA GERAL DO LIVRO


A obra de Harvey que nos ocupamos neste momento é, sobre o meu ponto de vista, um trabalho instigante e muito interessante sobre uma das temáticas mais discutidas e analisadas nas ciências sociais contemporâneas, a pós-modernidade. O livro, no seu todo, traz um texto rico de conceituações, discussões e pressupostos colocados dentro deste campo de debate, modernidade X pós-modernidade. Além do texto, propriamente dito, encontramos ainda nesta obra uma série de recursos iconográficos, (gravuras, fotos, imagens de algumas obras de arte, ...), de tabelas, esquemas e de gráficos ilustrativos que tornam o seu conteúdo ainda mais interessante e esclarecedor. Portanto, em resumo, trata-se de uma publicação da mais alta relevância para todos os intelectuais e pesquisadores interessados em empenhar este debate, moderno X pós-moderno, tão presente e tão necessário no meio acadêmico e científico.
O livro está dividido em 4 partes, mais uma introdução que o autor chama de “a tese”, um prefácio e a parte dos agradecimentos. Para este fichamento, nos determos somente sobre a parte 4a. - A Condição Pós-Moderna -
Um aspecto que chama a atenção do leitor no livro, no que concerne a sua estrutura, é a forma pontual como aborda os temas que propõe discutir. Nesta parte 4, por exemplo, temos 9 pontos (ou tópicos) que abordam diversas questões que estão colocadas no seio da discussão moderno X pós-moderno, desenvolvidos de uma forma pontual, sintética e divididos entre si dentro do corpo geral do livro.


quarta-feira, 8 de julho de 2015

Arte Missioneira

A Arte Missioneira em 3 imagens de jacquesja.


Maria e o Menino Jesus.









Santo Antônio










São João Batista (menino)




São João Batista

São João Batista em 3 imagens de jacquesja






















Jacquesja









3.3 JacquesJa e a experiência de editar um blog temático

Inicio com uma composição feita dentro do universo citado anteriormente: Cena Hip Hop. Criei juntamente com o jovem William Metz a letra e a música denominada “Hap do Tiololinho”. Foi um trabalho diminuto, mas interessante, pois me insere nesta cena artística urbana também como autor de uma peça musical que tem origem as vivências experimentadas em uma cidade da periferia de Porto Alegre. Para a visualização da peça artística citada coloco em anexo uma cópia da mesma (Ver Anexo 03).
Gostaria de referir que a organização de Banco de Dados e Banco de Imagens foi a grande motivação para iniciar o trabalho com as bases de dados informatizadas e, posteriormente, com a criação de espaços virtuais na internet. Um exemplo deste trabalho foi a criação do artigo denominado: VIRTUAL. Na introdução afirmei: As novas tecnologias da inteligência disponibilizam um imenso universo a ser explorado: o ambiente virtual (computadorizado). A distância entre o cidadão urbano contemporâneo e a natureza só faz aumentar.
A verdade é que este trabalho do blog inicia em outra base informatizada que não a atual (Empresa Google Net Works). Eu tive por um período uma assinatura no provedor de internet da Empresa Terra Net Works. Ali iniciei um trabalho de divulgação sobre a nossa cidade, publicando imagens em um fotoblog temático. Depois a referida empresa decidiu desabilitar o serviço e as publicações passaram para base off-line. Neste ínterim, tornei-me assinante do UOL e passei a operar com as ferramentas que esta empresa disponibilizava. O fato é que os engenheiros de informática desta empresa tem uma proposta de trabalho muito limitada e retrógrada. Isso me incomodava tecnicamente e, depois de tentar trabalhar com esta base, desisti, migrando em definitivo para a Empresa Google Net Works.
Penso que é importante destacar o processo de construção deste trabalho, a fim de demonstrar que todas as decisões técnicas e literárias estão dentro deste contexto mais amplo de estudo, de pesquisa e de relação com as novas tecnologias da inteligência conforme trabalhou Pierre Lévy na obra denominada: As tecnologias da inteligência – o futuro do pensamento na era da informática.
Mesmo antes de integrar a equipe de trabalho do Banco de Imagens e Efeitos Visuais da Cidade de Porto Alegre (BIEV) eu já me questionava: o que eu estou fazendo aqui? Perguntei diversas vezes para os meus pais sobre a trajetória de vida de ambos e como fizeram a opção de morar na Santa Isabel. Recuperei esta história e publiquei vários textos relativos ao assunto no blog da Santa Isabel.
Mesmo antes de conhecer este belíssimo trabalho do Projeto Habitantes do Arroio buscava descobrir as minhas origens desde o nascimento na maternidade do Hospital Beneficência Portuguesa, Cidade de Porto Alegre até a chegada na Rua Lisboa, Santa Isabel, Viamão. Certa feita, em um domingo a tarde, fomos visitar o local onde ficava a nossa primeira residência. Realizei registro fotográfico e fonográfico, apanhando os depoimentos de Zeferino Jacomini (a época presente entre nós), de Bernardina Xavier Jacomini e de Terezinha Xavier Casagrande (que também já partiu). Foi um momento bem importante para mim e muito deste material virou texto que publiquei no blog A Cidade de Santa Isabel. Darei alguns exemplos.
Na página http://acidadedesantaisabel.blogspot.com.br/2013/01/burica.html publiquei um artigo que remonta a nossa chegada na Santa Isabel e o grande desafio de viver naquele lugar sem as necessidades básicas de existência como a disponibilidade de água encanada, por exemplo. Denominei o texto de Burica, pois esse é o nome de uma senhora que morava próximo a nossa casa e nos cedeu água que tirávamos de um poço artesiano que ficava no seu quintal. Segue um extrato do referido texto:
“Em 1971 chegamos à Santa Isabel. “Sentamos praça” ali na Rua Lisboa, esquina com Napoleão Bonaparte. O meu pai construi (não mandou construir, eu disse construiu) uma casa muito simples de madeira reciclada. Em seguida ele solicitou, para a empresa prestadora do serviço, um ramal elétrico. Porém não havia rede pública para abastecer o nosso domicílio em água potável. Zeferino era militar e tinha um colega que morava próximo. O Cabo Beto mandara cavar um poço artesiano para abastecer a sua residência. Nascia ali a nossa primeira alternativa de abastecimento de água. Descíamos cerca de duzentos metros até a residência da Burica (Rua João Braulio Muniz), esposa do Cabo Beto, apanhávamos água no poço e subíamos a Rua Nova empunhando baldes com a água que abastecia a nossa residência”
Em outro momento publiquei um artigo que remonta uma experiência de deslocamento na Santa Isabel, utilizando transporte público de passageiros. Aqui aparece a questão da negritude que não foi expressa diretamente no mesmo. Quando referi “grupo de passageiros”, fazia referencia a afro descendentes aqui da região. O exemplo do texto anterior utiliza uma linguagem diferente do texto acadêmico. Trata-se de um texto mais leve, mais informal que o utilizado no meio acadêmico. Além disso, utilizo um recurso dialógico na construção dos parágrafos, simulando uma situação onde blogueiro e leitor dialogam sobre determinado assunto. A temática central do blog é a “Cidade de Santa Isabel”, suas dinâmicas internas, sua relação com o exterior (Cidade de Viamão e Cidade de Porto Alegre), entre outros. Segue um extrato do referido texto:

“Passa no Paço?
Eu quero que você tenha paciência comigo, pois este texto é bem importante. Presta a atenção, por favor.
Desloquei, via rodoviária, no dia de ontem, da Casa Branca até a Sul Bike (Oficina e loja de bicicletas). O referido estabelecimento fica Vila São Jorge (Parada 39 – RS 040 – Rodovia que liga Porto Alegre à Balneário Pinhal). Na viajem de ida utilizei o veículo bicicleta e no retorno, transporte coletivo de passageiros. Tomei assento em um ônibus municipal da Empresa Via-Leste que fazia a Linha Viamão Centro até Santa Isabel. Ao chegar na Avenida Liberdade, o coletivo para no ponto, abre a porta para um grupo de passageiros. Ouço a seguinte frase de uma senhora que adentrava ao veículo: Passa no paço?
A esta altura do texto já tem leitor prestes a xingar o autor. “Este Jacques! Sempre inventando moda”, diz um transeunte apressado (que passa ao largo). Calma, calma, calma. Só mais um pouco. Você vai curtir. Passo a passo, na construção deste texto. É domingo, a comunidade está reunida na Escola (Unidos de Vila Isabel) e eu teclo-lhes (com carinho e respeito).
Voltando: de que paço a passageira fazia referência? Passo (ou Paço) do Dorneles. Viva! Consegui segurar você até aqui. Então, me acompanha mais um pouco. Dá uma olhada no Google. O Passo do Dorneles é a denominação (...)”

Na página http://acidadedesantaisabel.blogspot.com.br/2014/05/racismo.html publiquei um artigo que analisa as novas faces do racismo. Inicio com uma frase do jornalista Juremir Machado da Silva em artigo publicado no Jornal Correio do Povo onde este afirma: “O racismo é uma das coisas mais nojentas que se pode conhecer. Mandela representou a luta contra essa deformação das relações entre os homens em todas as suas possibilidades e facetas”. Publicado em 13/05/2014, consegui neste pequeno texto articular as contribuições teóricas de dois grandes pensadores brasileiros (Darcy Ribeiro e Gilberto Freyre), chamando o leitor para realizar uma reflexão sobre a questão da negritude no Brasil e a questão da discriminação racial. Segue um pequeno extrato do mesmo:
“Racismo
A Escravidão não acabou. A persistência atordoante do racismo é a maior prova desta triste (porém real) verdade.
Você leu Jornal Correio do Povo de Porto Alegre no dia de hoje? Você leu a coluna do Juremir Machado da Silva publicada no Jornal Correio do Povo de Porto Alegre no dia de hoje? Se não leu, por favor, leia. Ele fala da Copa, de política, mas também de racismo, de Gilberto Freyre e das relações sociais no Brasil. 
Leia porque parece que é só jacquesja que insisti neste assunto. E não é. O racismo, velado e reatualizado, persiste. E eu tenho chamado a sua atenção aqui sobre esta temática. A consciência racial leva-me a trabalhar na defesa dos que muito já sofreram (e seguem sofrendo) pela práticas constantes do etnocentrismo praticado pela classe dominante.
Esta página vem agora como uma nota introdutória do trabalho que iniciei neste semestre com Gilberto Freyre. Decidi fazer um estudo a partir da obra “Sobrados e Mucambos”, a fim de aprofundar o meu conhecimento sobre as relações inter-étnicas no Brasil. É um tema muito atual e envolvente.
A Cidade de Viamão possui diversas comunidades quilombolas. Tenho especial apresso pela comunidade do Beco dos Botinhas que fica ali no limite geográfico entre Viamão e Alvorada. Na última oportunidade em que visitei alguns amigos que vivem no lugar, surgiu o embrião de uma nova possibilidade de pesquisa antropológica. Ainda é cedo para trazer aqui maiores detalhes sobre este assunto. Contudo, fica o registro da necessidade de ver a diversidade étnico-racial como uma das maiores riquezas do povo brasileiro. Darcy Ribeiro na célebre obra denominada “O Povo Brasileiro” também desenvolveu uma tese muito interessante a este respeito.
Mandela vive em cada gesto, em cada sonho, em cada sopro da nação não branca guerreira que não para de lutar pela libertação definitiva do seu povo. A resistência (mesmo que silenciosa) vai continuar. A esperança de não haver mais agressões ao negro é o sustentáculo deste trabalho.”



Além das publicações rotineiras chamada de “post” pelos blogueiros, fato que dá um caráter de periódico para o blog A Cidade de Santa Isabel, há uma estrutura mais ou menos fixa composta por páginas dentro do blog. À direita e no alto da janela principal existe uma coleção de guias que, através de um simples click de mouse remetem o visitante para páginas que compõe o conteúdo permanente do blog. Estas publicações são compostas por conteúdos mais extensos e complexos como é o caso do livro: Os Primórdios da História da Santa Isabel. Qualquer cidadão que esteja em qualquer parte do globo terrestre poderá, através da rede mundial de computadores acessar esta página e conhecer os principais aspectos da historiografia local do isabelense, segundo a versão de JacquesJa. Da mesma forma, clicando na palavra “Raízes de Viamão”, o visitante poderá conhecer a obra denominada “Viamão”. Trata-se de produção de minha própria lavra acadêmica e não acadêmica onde faço uma análise de diversos aspectos sociais e antropológicos da Cidade de Viamão. Portanto, este breve relato é também uma espécie de convite para que os interessados em conhecer mais do trabalho citado visitem o blog e interajam com o seu autor.

terça-feira, 7 de julho de 2015

Terra Sem Males - Ruínas de São João Batista

Mestre Borel








3.2 Mestre Borel
A lembrança que aqui se faz necessária é a seguinte: já na oportunidade em que fui provocado para compor uma proposta inicial de conclusão da disciplina, fiz grafar em documento enviado a ministrante da disciplina o projeto que propunha realizar análise crítica de obra cinematográfica avaliada sob o plano de trabalho acadêmico desenvolvido na disciplina Afro descendência e Cidadania No Brasil Contemporâneo. Assim procedi, pois acredito que os recursos áudios-visuais são fundamentais no processo de ensino-aprendizagem. Além disso, a minha trajetória de trabalho na área da antropologia visual demonstra previamente que sempre estive mobilizado para realizar estudos antropológicos que dialoguem diretamente com os recursos oferecidos pela arte fotográfica e cinematográfica.
Neste sentido, a época da citada provocação acadêmica, citei duas alternativas. Em primeiro lugar, avaliar criticamente a obra denominada: The Great Debaters que tem como título no Brasil: O Grande Desafio. Em segundo lugar realizar análise crítica de vídeo etnográfico avaliado sob o plano de trabalho acadêmico desenvolvido na disciplina Afro descendência e Cidadania No Brasil Contemporâneo. A fim de tentar viabilizar a segunda alternativa, estive pessoalmente na sede do Banco de Imagens e Efeitos Visuais da Cidade de Porto Alegre (BIEV), para solicitar uma cópia da obra denominada: Mestre Borel – A Ancestralidade Negra em Porto Alegre. Uma vez que não considerava adequado trabalhar a partir da versão publicada na rede mundial de computadores. Fui muito bem recebido e até convidado para permanecer naquele local onde ocorria uma aula da disciplina de Antropologia Visual e da Imagem (PPGAS/IFCH). Agradeci e explanei as minhas metas dentro da demanda que me colocava naquele ambiente acadêmico: Relacionar o conteúdo da obra (Vídeo Etnográfico) com as temáticas trabalhadas em sala de aula durante o semestre (leituras dos textos e discussões e debates realizados sobre as atividades da disciplina da disciplina Afro-descendencia e Cidadania no Brasil Contemporâneo). Destaquei ainda que o objetivo era construir um texto do tipo ensaio acadêmico no fechamento da avaliação da obra cinematográfica, com vistas à futura disponibilização do mesmo  na rede mundial de computadores para todos os interessados.
O fato é que até o presente momento não tive acesso a uma versão original do documentário Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre. Mas, mesmo assim, decidi trabalhar com a biografia de Walter Calixto Ferreira, o Mestre Borel. A decisão ocorre, pois as adversidades encontradas para realizar este trabalho monográfico são comuns a todo não branco. Ou seja, a elite branca não costuma privilegiar as demandas dos afro-descendentes. Como já conheço bem todo este contexto decidi seguir na luta.
A peça videográfica supra citada coloca Walter Calixto no centro de uma cena biográfica, falando sobre suas memórias e experiências em Porto Alegre e ao redor do Brasil, ligadas a um itinerário negro nas cidades. Mestre Borel, apresenta os seus saberes e seus fazeres. Declara-se detentor de traços da cultura de matriz africana e narra sobre os seus conhecimentos religiosos, históricos, mitológicos e artísticos.
A fonte de todo este trabalho está nas tradições africanas, relacionada ao convívio com seus antepassados. Mestre Borel: a ancestralidade negra em Porto Alegre é um documentário que deveria ser agregado ao plano de estudo desta disciplina, pois se trata de referencia impar no estudo da negritude observada na capital dos gaúchos. Além disso, por estarem os seus idealizadores (pesquisadores do BIEV) tão próximos a nós, certamente o depoimento destes também poderia ser um momento de troca muito interessante.
O destaque que eu gostaria de colocar é o seguinte: a obra possui dois grandes eixos relacionados entre si (a urbanidade e a religiosidade portoalegrense). Assistindo o vídeo, mesmo por um público leigo, a proposta de Mestre Borel fica muito clara, pois ele apresenta de forma didática as reflexões sobre a grandeza da religião dos orixás, sobre a espiritualidade afro-brasileira e também sobre o resgate da memória dos bairros periféricos da cidade de Porto Alegre (locais de presença intensa de afro-descendentes).
A obra integral tem duração de aproximadamente 55 minutos. Contou com financiamento da Prefeitura de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal da Cultura (Edital do FUMPROARTE). Além do Banco de Imagens e Efeitos Visuais da Cidade de porto Alegre (BIEV) contou com o apoio do Núcleo de Culturas Contemporâneas (NUPECS) e do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (/PPGAS). Estiveram ainda presentes na mobilização em torno da obra a Comunidade Terreira Ile Axé Iyemonja Omi Olodo, o Memorial do Rio Grande do Sul e diversos colaboradores e gestores do Mercado Público de Porto Alegre. O Roteiro e a pesquisa que fundamenta etnograficamente o documentário ficou a cargo da antropóloga Dra. Ana Luiza Carvalho da Rocha.
A pesquisa que realizei em veículos de mídia impressa e informatiza afirmam que Walter Calixto Ferreira, também conhecido como Mestre Borel, foi um dos mais principais representantes das religiões afro-brasileiras e da cultura negra no Rio Grande do Sul, além de carnavalesco, escritor e pesquisador. Mestre Borel era considerado o mais antigo alabê (tamboreiro de candomblé ou batuque) e também um dos principais responsáveis pela preservação da cultura e da história dos povos africanos em Porto Alegre.
Considero que o resgate realizado pela equipe de pesquisadores do Banco de Imagens e efeitos visuais de Porto Alegre (BIEV), através do documentário: “Mestre Borel: a Ancestralidade Negra em Porto Alegre” é a obra prima deste importante grupo de intelectuais acadêmicos. E, sem sombra de dúvida, a antropóloga Dr. Ana Luiza Carvalho da Rocha que pesquisa a história e a cultura de Porto Alegre a mais de três décadas, é a principal figura este grupo. Não é um simples resgate da africanidade local, pois coloca o negro no centro do debate acadêmico e avalia com muita propriedade as mudanças ocorridas durante o processo de urbanização da capital dos gaúchos. A pesquisadora citada propõe:
”Investigar a dinâmica das interações e representações sociais na e da cidade sob a perspectiva de suas formas de vida social visando um repertório mais amplo das formas de sociabilidade no meio urbano do Brasil e suas variações culturais. Aprofundar uma reflexão conjunta acerca das memórias coletivas e ações culturais no âmbito patrimonial da cidade de Porto Alegre em sua interface com experiência de vida de seus grupos urbanos face às crises, os conflitos e as tensões do mundo contemporâneo, assunto que vem preocupando pesquisadores e profissionais da área da cultura.Reunir práticas museólogicas e narrativas etnográficas no estudo do mundo urbano contemporâneo como fonte de pesquisa para estudo do lugar das experiências humanas, das práticas sociais e das diferenças na cidade como tema de ações culturais no âmbito da memória e do patrimônio etnológico da sociedade contemporânea. Investigar a memória da quotidianeidade da cidade de Porto Alegre com a pesquisa no tratamento documental, colocando como ponto convergente de ambos os projetos a  criação de um Museu virtual  como espaço de problemas para o entendimento do mundo urbano contemporâneo”. (Rocha, 1999)
A história de Mestre recuperada através do documentário etnográfico Mestre Borel - A ancestralidade negra em Porto Alegre foi abordada em publicação que fiz no blog A Cidade de Santa Isabel. Destaquei o trabalho de Ana Luiza Carvalho da Rocha informando que o mesmo narra as memórias de um dos mais reconhecidos tamboreiros da religião de matriz africana em Porto Alegre. Um dos grandes méritos da produção videográfica foi o seu caráter interdisciplinar, pois a equipe de produção do documentário contou com pesquisadores que atuam no projeto Habitantes do Arroio Dilúvio, com o filho e herdeiro do trabalho de Borel, fato que gerou uma troca produtiva de relatos e imagens. E por falar em Arroio Dilúvio é importante destacar que a narrativa de Borel dá uma nova roupagem para as imagens dos territórios do Areal da Baronesa, da Ilhota e da antiga Rua Cabo Rocha, revelando a relação íntima do antigo curso do Arroio Dilúvio com a memória negra na cidade.



domingo, 5 de julho de 2015

Canto e Dança Crianças Mbyá Guarni

Indianidade Portoalegrense




Banca para a Defesa Pública do Trabalho Denominado:

"Subindo a escadaria da Vila Santa Isabel à universidade: percursos etnográficos e alegoria visual em estudo sobre a Indianidade na Fundação de Porto Alegre, RS/Brasil"

Autor: Jacques Jacomini
Orientador: Dr. José Otávio Catafesto de Souza

IFCH/UFRGS


Créditos da Imagem Fotográfica:

Autora do registro foi feito pela acadêmica Carmem Guardiola.