segunda-feira, 30 de março de 2015

Boaventura de Sousa Santos - Aula de Inquietação - Brasilia 30/10/2012

Território Indígena Panará, ...

Projeto de outrora

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Disciplina: Método e técnica de pesquisa

Semestre 99/II


















- Exercício  de  Aula: Esqueleto do Projeto de Pesquisa  -


















Aluno: JACQUES  JACOMINI


CAPA

FOLHA DE ROSTO

RESUMO

INDICE


TEMA DA PESQUISA

Estudo de memória de trabalhadores do Cais do Porto de Porto Alegre, investigando as relações de pertencimento destes trabalhadores (ativos e inativos) com este espaço urbano central da capital dos gaúchos, com vistas também a interpretação de alguns aspectos da dinâmica espacial e temporal deste local.


OBJETO DA PESQUISA

As relações de pertencimento dos trabalhadores (ativos e inativos) com o espaço urbano em que estão inseridos, Cais do Porto.


JUSTIFICATIVA  DO  TEMA

O Cais do Porto de Porto Alegre já foi a principal porta de entrada para a cidade. Viveu momentos de intensa atividade comercial, fluvial e social. Atualmente o cenário, a dinâmica social e a organização espacial naquele local demonstram que o Cais vive um outro período da sua história. Várias transformações ali ocorreram e outras tantas virão a ocorrer, diante de algumas propostas de reestruturação e reorganização arquitetônicas, urbanísticas e comerciais do atual Cais do Porto de Porto Alegre.
Independente da sua condição de maior ou menor atividade econômica, o Cais do Porto de Porto Alegre está presente no imaginário do portalegrense como uma referência forte presente no seu dia a dia. Isto acontece porque freqüentemente temos a  história do porto, a cultura do porto, o trabalho do porto, (...) ressurgindo com novas roupagens, em novas situações, sobre os mais diferentes aspectos. É a situação em que se grava um novo comercial de televisão, é o momento em que a cidade recebe uma nova atração cultural como um imenso navio-biblioteca que ali atracou recentemente ou mesmo quando o Sr. Beto Albuquerque, Secretário dos Transportes, vai para a imprensa noticiar que dará prioridade para a navegação, para o transporte hidroviário e para a recuperação do Porto. Contudo, a imagem perceptiva que o portalegrense constroe do seu porto se altera e se renova constantemente, entre outras coisas, segundo o seu tipo de relação com este espaço ou conforme a maneira como interage neste espaço.


UNIVERSO DE PESQUISA

Grupo de trabalhadores (ativos e inativos) que atuam no Cais do Porto de Porto Alegre.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA SOBRE O TEMA

REFERÊNCIAS  TEÓRICO-CONCEITUAIS DA PESQUISA


HIPÓTESES

O Cais do Porto de Porto Alegre é um espaço urbano singular ?
As construções mnemônicas dos atores sociais urbanos inseridos no universo do Cais do Porto se alteram segundo o tipo de relação que mantém com este espaço urbano ?


METODOLOGIA DE PESQUISA
Investigarei o meu objeto de estudo através  do método etnográfico,  (pesquisa qualitativa), incorporando as técnicas de observação direta e participante, realização de entrevistas com uso de gravador, produção de imagens fotográficas e análise de imagens iconográficas (mapas antigos da cidade e outros documentos históricos).



BIBLIOGRAFIA

ANEXOS

sábado, 28 de março de 2015

Luiz Dario Ribeiro: Capítulos sobre ...

Negro

Tordesilhas




Tordesilhas

Os tratados e os respectivos registros (necessários).
Já havia informado sobre as “Pré-Tensões” deste espaço. O foco é a academia. Assuntos acadêmicos em geral.
Declarei também que estava publicando textos antigos. Produções de uma época que já não existe mais. No entanto, vez por outra, surge a necessidade de atualizar este foco. Este é o caso de “A oeste de Tordesilhas”. O autor até já partiu, mas somente agora tive contato com a sua obra. O tema? Neste caso específico versa sobre uma cidade no sertão do norte de Minas encontram-se dois fortes elos significativos da formação social do brasileiro, a herança bandeirante e a tradição nordestina. O autor é Luiz Tarlei de Aragão (então colunista da Folha).
Afirma o falecido: “Vimos ultimamente com certa frequência -antes tarde que jamais- trabalhos propondo visões do Brasil à luz de novos ângulos (novíssimos, alguns) ou realimentando velhas teses sobre nosso ser social. Raramente, trabalhos antropológicos nesse patamar de globalizações. Após a década de 30 perdemos, em parte pelo menos, o gosto por incursões temerárias às totalizações sociais. Um dos desafios (e não o menor) é aquele de se entender a precedência de valores sociais e morais, e padrões culturais, uns sobre os outros”.
O transeunte apressado pergunta: Mas o que isto tudo tem a ver com JacquesJa? Simples. A resposta é: trabalho de campo em antropologia. Mas as pessoas querem saber mais e perguntam: O que você está fazendo agora? Qual é a pesquisa que desenvolves atualmente? Etecétera, etecétera e tal.
As resposta virão, paulatinamente. Faço questão de informar sobre os “perguntadores de plantão”. Este é um dos objetivos do blog: a nossa interação. Por hora, fiquem um pouco mais com o Aragão que fez longo trabalho de campo, a partir de cidades no norte de Minas, alto sertão. Sertão do São Francisco.


Mais detalhes em

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mais/fs1709200017.htm

terça-feira, 24 de março de 2015

A Servidão Negra





A SERVIDÃO NEGRA

Na Antiguidade romana, o escravismo clássico foi a forma de produção dominante da Europa Ocidental. A reconquista da península Ibérica reativou com vigor o comércio e as instituições escravistas. É interessante notar que os primeiros africanos apresados pelos portugueses foram vendidos na Europa ou trocados na própria África. na segunda metade do século XV, a escravidão era uma prática moral e institucionalmente aceita no continente europeu.

Os negros eram trocados por qualquer objeto, e para comprar e vender homens e animais era preciso experiência. Porque antes mesmo dos compradores chegarem até os negros escravizados, muitas vezes os mesmos eram colocado para engordar para que valesse mais.

Na África os próprios negros eram escravizados por negros através de guerras tribais ou interesses internos.
As viagens para o Brasil duravam de 30 a 40 dias em navios conhecidos como "Navios Negreiros". Muitos nem completavam a viagem e acabavam morrendo.

A viagem para o Brasil era uma viagem sem volta. Assim que chegavam ao destino eram logo trocados e tinham seus nomes modificados como forma de apagar à memória de sua terra de origem.

Os cativos negros eram postos à trabalhar em inúmeras atividades urbanas e rurais.


Quanto à naturalidade, os escravos podiam ser da terra, de nação ou crioulo. Denominava-se de escravo da terra ou negro da terra os indígenas escravizados. Os escravos crioulos eram os nascido no Brasil. Os mais inteligentes e bonitos eram aproveitados nos trabalhos domésticos, de supervisão, etc. Os escravos de nação, nascidos ou crescidos na África e escolhidos a dedo nas praias do continente negro, quando recém-chegados ao Brasil eram chamados de boçais. Após aprenderem a falar português ou qualquer profissão, tornavam-se ladinos. Os que acabavam de desembarcar no Brasil eram chamados de escravos novos.

A formação dos quilombos nasce como forma de resistência negra. Era uma forma de organização dos escravos fugidos ou não. A capacidade produtiva do quilombo era limitada. Os quilombolas mantinham relações privilegiadas com os escravos, libertos e livres pobres, etc. Muitas vezes estabeleciam íntimos contatos com o pequeno e médio capital comercial - mascates, regatões, comerciantes, etc. Toda esta trama de relação explica a proteção que alguns quilombos recebiam de escravistas. O maior, e uma referência, era o Quilombo dos Palmares tido como " um Estado negro à semelhança dos muitos que existiram na África, do século XVII - (...)" Édison Carneiro.


Resenha elaborada por
Artur Ricardo,
a partir do livro "A Servidão Negra" de Maestri.

Fonte