terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Figueiredo Agra


From:             Usuario generico do SABi <bib@asterix.ufrgs.br>
To:               jacomini@bscsh.ufrgs.br



                     Sistema de Bibliotecas da UFRGS-BSCSH

                        Literatura brasileira - Poesia

                
                                                                             
                                                                             
                                                          0231702-1
AUT: AGRA, FIGUEIREDO, 1936-
TIT: CAFE DAS MANHAS AMARGAS
PUB: RIO DE JANEIRO : LIV. SAO JOSE, 1976. 86 P.
MAC: LITERATURA
DES: LITERATURA BRASILEIRA: POESIA
LOC: BSCSH       B869.17 A277C                                               
                                                                             
                                                                             
                                                          0022653-6
AUT: AGRA, FIGUEIREDO, 1936-
TIT: CONCERTO DE ESPACOS
PUB: [S.L.] : IGRAMOL, 1973. 92 P.
MAC: LITERATURA
DES: LITERATURA BRASILEIRA: POESIA
LOC: BSCSH       B869.17 A277C                                               
                                                                              
                                                                             
                                                          0022652-7
AUT: AGRA, FIGUEIREDO, 1936-
TIT: OS HEMISFERIOS LOUCOS
PUB: JOAO PESSOA : ART-SET, 1972. [45] F.
MAC: LITERATURA
DES: LITERATURA BRASILEIRA: POESIA
LOC: BSCSH       B869.17 A277H                                               
                                                                             
                                                                              
                                                          0075094-0
AUT: AGRA, FIGUEIREDO, 1936-
TIT: TEMPOS DA NOITE
PUB: RIO DE JANEIRO : LIV. SAO JOSE, 1975. 101 P.
MAC: LITERATURA
DES: LITERATURA BRASILEIRA: POESIA
LOC: BSCSH       B869.17 A277T                                               
                                                                             
                                                                             
                                                          0022654-5



                                     - 1 -


AUT: AGRA, FIGUEIREDO, 1936-
TIT: VIDA FLAUTA
PUB: CAMPINA GRANDE : INTERLPLAN, 1974. 93 P.
MAC: LITERATURA
DES: LITERATURA BRASILEIRA: POESIA
LOC: BSCSH       B869.17 A277V                                               
                                                                             

                                                                              

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

CAIO FERNANDO ABREU

                   



  Sistema de Bibliotecas da UFRGS-BSCSH

                        Literatura brasileira - Poesia

AUT: ABREU, CAIO FERNANDO, 1948-1996
TIT: JOURNAL DE FRANCE (FRAGMENTOS)
PUB: CONTINENTE SUL SUR : REVISTA DO INSTITUTO ESTADUAL DO LIVRO. N.1 (SET.
        1996). P. 181-183
MAC: LITERATURA
DES: LITERATURA BRASILEIRA: LITERATURA SUL-RIO-GRANDENSE: POESIA
LOC: BSCSH     P A/Z                                                         
                                                          0226656-8
AUT: ADONIAS FILHO, 1915-1990
TIT: TASSO DA SILVEIRA E O TEMA DA POESIA ETERNA
PUB: SAO PAULO : S. E. PANORAMA, 1940. 86 P.
MAC: LITERATURA
DES: SILVEIRA, TASSO DA, 1895-1968: POESIA: ENSAIO
     LITERATURA BRASILEIRA: POESIA: ENSAIO
     ASPECTOS FILOSOFICOS DA OBRA DE T. DA SILVEIRA
LOC: BSCSH       B869.16 S587A1                                               



Date sent:        Thu, 8 Jul 1999 13:07:02 -0300
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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Crenças








UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Disciplina: Teorias da Cultura
Professor: Ruben Oliven

Semestre 99/1















-   Notas  de  Aula   -  2o. Encontro: Crenças   


















Aluno: Jacques  Jacomini





-   Notas  de  Aula   -  2o. Encontro: Crenças   


É necessário acreditar, afirma o mega-empresário e apresentador de televisão, Sílvio Santos, ao apresentar um dos seus artigos de venda. Se não acreditar, nem comprem, ratifica o empresário com o “Título de Capitalização” denominado Tele-Sena nas mãos diante das câmaras de televisão do SBT. Milhões de brasileiros acreditam no seu produto e compram a Tele-Sena, confiando que ali pode estar uma oportunidade para “mudar de vida”. Alguns ganham, a grande maioria, apesar de Ter acreditado, não ganha qualquer importância em dinheiro e continua acreditando. Será que o povo brasileiro gosta de ser enganado mesmo ?  O empresário Silvio Santos é um pilantra e está enganando as pessoas ? Ou Será que este é apenas mais um jogo de azar e adere a ele quem bem entender e assim o decidir ?
Carlo Ginzburg chama a nossa reflexão para o que denominou de “Paradigma Indiciário”, afirmando que este é uma espécie de modelo epistemológico (ou paradigma) que surge no final do século XIX e para o qual ainda não se deu a devida atenção. Inicialmente, o autor cita Morelli que com um método particular (Método Morelliano) propõe investigar a originalidade das obras de arte, com base nos seus pormenores e nas especificidades que muitas vezes passam desapercebidas pela maioria das pessoas comuns. A dedicação e o afinco deste médico/crítico de arte era tanta que “qualquer museu estudado por Morelli adquire imediatamente o aspecto de um Museu Criminal” (Página 145). O seu método foi comparado ao trabalho de Sherlock Holmes: “O Conhecedor de arte é comparável ao detetive que descobre o autor do crime (do quadro) baseado em indícios imperceptíveis para a maioria.” (Página 145)
Sobre o método de Morelli, inicialmente destacaria que a sua proposta de catalogar detalhes das obras de arte que investigou remonta a uma prática bastante difundida desde Aristóteles A classificação filosófica de Aristóteles distribuiu as categorias em dez gêneros supremos:
1.      SUBSTANCIA - homem, cachorro, pedra, casa, ...
2.      QUALIDADE - azul, virtuosos, ...
3.      QUANTIDADE - grande, comprido, 2Kg, ...
4.      RELAÇÃO - mais pesado, escravo, duplo, mais barulhento, ...
5.      DURAÇÃO - ontem, 1970, de manhã, ...
6.      LUGAR - aqui, Brasil, no pátio, ...
7.      AÇÃO - correndo, cortando, falando, ...
8.      PAIXÃO OU SOFRIMENTO - derrotado, cortado, ...
9.      MANEIRA DE SER - saudável, febril, ...
10.  POSIÇÃO - horizontal, sentado, ...

No texto de Ginzburg é mencionada a semelhança de proposta metodológica entre Morelli e Freud e é destacada a influência de o primeiro provocou no segundo. Em função disto, Morelli ganha “um lugar especial na história da formação da psicanálise.” (Página 148)
Em seguida, parte dois, o autor lembra um pouco dos aspectos da relação do homem com o seu meio físico e social, desde os primórdios da civilização: “Aprendeu a farejar, registrar, interpretar e classificar pistas infinitesimais como fios de barba (...) Na falta de uma documentação verbal para se por ao lado das pinturas rupestres e dos artefatos, podemos recorrer às fábulas (...)” (Página 151)  Segue, falando da narração de fatos e acontecimentos vivenciados, destacando que “Talvez a própria idéia de narração tenha nascido pela primeira vez numa sociedade de caçadores (...)” (Página 152)
A invenção da escrita revoluciona as possibilidades de comunicação do homem, intervindo nas suas formas de interação social. Neste sentido, o autor destaca: “Notou-se, em particular, como a invenção da escrita modelou profundamente a arte divinatória mesopotâmica. Às divindades, de fato, era atribuída, entre outras prerrogativas dos soberanos, a de se comunicar com os súditos através de mensagens escritas.” (Página 153)
Na página 154, o autor amarra as sua idéias desenvolvidas no texto até este ponto: “Em suma, pode-se falar de paradigma indiciário ou divinatório, dirigido, segundo as formas de saber, para o passado, o presente ou o futuro. Para o futuro- e tinha-se a arte divinatória em sentido próprio -; para o passado, o presente e o futuro – e tinha-se a semiótica médica na sua dupla face, diagnóstica e prognóstica  -; para o passado – e tinha-se a jurisprudência. Mas por trás desse paradigma indiciário ou divinatório, entrevê-se o gesto talvez mais antigo da história intelectual do gênero humano: o do caçador agachado na lama, que escruta as pistas da presa.”
No ponto III, Carlo refere um tapete para reafirmar o paradigma que vem trabalhando neste texto: “Poderíamos comparar os fios que compõe esta pesquisa aos fios de um tapete. (...) O tapete é o paradigma que chamamos a cada vez, conforme os contextos, de venatório, divinatório, indiciário ou semiótico. Trata-se, como é claro, de adjetivos não-sinônimos, que no entanto remetem a um modelo epistemológico comum, articulado em disciplinas diferentes, muitas vezes ligadas entre si pelo empréstimo de métodos ou termos-chave.” (Página 170)
Mário Vargas Losa, em artigo denominado “A Mentira e a Verdade na ficção”, fala dos limites da verdade e da ficção em obras literárias, em especial nos romances. Para além dos limites, o autor chama a atenção para o poder imaginativo do ser humano de trabalhar o real, destacando: “De fato os romances mentem, mas esta é apenas uma parte da história. A outra é que, através da mentira, eles exprimem uma curiosa verdade que só pode ser expressa de um modo velado e escondido, disfarçando-se do que não é. (...) comecei com experiências ainda vividas em minha memória e estimulantes para a minha imaginação (...)”. Esta percepção do poder da imaginação é um tema essencialmente bachelardiano e, segundo o meu ponto de vista, deve ser assim encarado. Bachelard vai propor a fenomenologia da imaginação, conjugada com uma fenomenologia da imagem poética, destacando “a imagem vem antes do pensamento” (No sentido de uma arqueologia das imagens). Tomando a casa como exemplo, Bachelard mostra como a imaginação é capaz de sobrepujar as percepções do real: “Ao seu valor de proteção, que pode ser positivo, ligam-se também valores imaginados, e que logo se tornam dominantes.” (Página 19)
Outro aspecto bachelardiano que deve aqui ser associado ao texto de Vargas-Llosa é a questão da “Função do Real”, relacionada com a “Função do Irreal”: “Com sua atividade viva, a imaginação desprende-nos ao mesmo tempo do passado e da realidade. Abre-se para o futuro. A função do real, orientada pelo passado tal como mostra a psicologia clássica, é preciso acrescentar uma Função do irreal igualmente positiva, como procuramos estabelecer em obras anteriores. Uma enfermidade por parte da função do irreal entrava o psiquismo produtor. Como prever sem imaginar ?” (Página 18)
Várias passagens do texto de Vargas-Llosa ressaltam esta temática da imaginação:
“No âmago de toda a obra de ficção arde um protesto. Seus autores os criaram, já que somos incapazes de vivê-los, e seus leitores (e crentes) encontram nestas criaturas fantasmagóricas os rostos e aventuras necessárias para realçar as suas próprias vidas. (...)
As mentiras nos romances não são gratuitas – elas complementam as insuficiências da vida. Assim, quando a vida parece cheia e absoluta e os homens, por obra de fé absoluta, estão resignados com seus destinos, os romances não prestam nenhum serviço (...)
Ficção é um substituo temporário para a vida. A volta a realidade é quase um brutal empobrecimento, corroboração de que somos menos do que sonhamos (...)
Emergir de seu próprio Eu, ser outro, mesmo na ilusão, é uma maneira de ser menos escravo e de experimentar os riscos da liberdade.”

A descontinuidade do tempo é uma outra “grande sacada” de Vargas-Llosa (que também está relacionada com as concepções trabalhadas por Bachelard em “A Dialética da Duração): “Embora haja uma distância entre palavras e acontecimentos, há sempre um abismo entre tempo real e tempo de ficção. O tempo novelístico é um artifício criado para atingir certos efeitos psicológicos.” 

sábado, 1 de fevereiro de 2014

ETNOCENTRISMO




ETNOCENTRISMO

Etnocentrismo é uma visão de mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como centro de tudo e todos  os outros são pensados e sentidos através dos nossos valores, nossos modelos, nossas definições do que é a existência .  No plano intelectual, pode ser visto como a dificuldade de pensarmos a diferença; no plano afetivo, como sentimentos de estranheza, medo, hostilidade, etc.
Perguntar sobre o que é etnocentrismo é, pois, indagar sobre um fenômeno onde se misturam tanto elementos  intelectuais e racionais quanto elementos emocionais e afetivos.  No etnocentrismo, estes dois planos do espírito humano  -  sentimento e pensamento  -  vão juntos compondo um fenômeno não apenas fortemente arraigado na história das sociedades como também facilmente encontrável no dia-a-dia das nossas vidas.
Assim, a colocação central sobre o etnocentrismo pode ser expressa  como a procura de sabermos os mecanismos, as formas, os caminhos e razões, enfim, pelos quais tantas e tão profundas distorções se perpetuam nas emoções, pensamentos, imagens e representações que fazemos da vida daqueles que são diferentes de nós. Este problema não é exclusivo de uma determinada época nem de uma única sociedade. Talvez o etnocentrismo seja, dentre os fatos humanos, um daqueles de mais humanidade.
Como uma espécie de pano de fundo da questão etnocêntrica  temos a experiência de um choque cultural. De um lado, conhecemos um grupo do EU, o “nosso grupo”, que come igual, veste igual, gosta de coisas parecidas, conhece problemas do mesmo tipo, acredita nos nossos mesmos deuses, casa igual, mora no mesmo estilo, distribui o poder da mesma forma, empresta à vida significados em comum e procede, pôr muitas maneiras, semelhantemente. Aí, então, de repente, nos deparamos com um OUTRO, o grupo do “diferente” que às vezes, nem sequer faz coisas como as nossas ou quando as faz é de forma tal que não reconhecemos como possíveis. E mais grave ainda, este  OUTRO  também sobrevive a sua maneira, gosta dela, também está no mundo e, ainda que diferentemente, também existe.
Este choque gerador do etnocentrismo nasce, talvez, na constatação das diferenças. Grosso modo, um mal-entendido sociológico. A diferença é ameaçadora porque fere nossa própria identidade cultural. O monopólio etnocêntrico pode, pois, seguir uma caminho lógico mais ou menos assim: Como aquele mundo de doidos pode funcionar ?  Espanto !  Como é que eles fazem ?  Curiosidade perplexa ?  Eles só podem estar errados ou tudo o que eu sei está errado !  Dúvida ameaçadora ?  Não, a vida deles não presta, é selvagem, bárbara, primitiva !  Decisão hostil !
O grupo de EU faz, então, da sua visão a única possível ou, mais discretamente se for o caso, a melhor, a natural, a superior, a certa. O grupo do OUTRO fica, nessa lógica, como sendo engraçado, absurdo, anormal ou ininteligível. Este processo resulta  num considerável reforço da identidade do “NOSSO grupo. No limite, algumas sociedades chamam-se pôr nomes que querem dizer “perfeitos”,  excelentes ou, muito simplesmente, “ser humano” e ao OUTRO, ao estrangeiro, chamam, pôr vezes, de “macacos da terra” ou  “ovos de piolho”.  De qualquer forma, a sociedade do EU é a melhor, superior. É representada como o espaço da cultura e da civilização pôr excelência.  É onde existe o saber, o trabalho, o progresso. A sociedade do OUTRO é atrasada. É o espaço da natureza. São os selvagens, os bárbaros. São qualquer coisas menos humanos, pois estes somos nós. O barbarismo evoca a confusão, a desarticulação, a desordem. O selvagem é o que vem da floresta, da selva que lembra, de alguma maneira, a vida animal. O OUTRO é o   “aquém” ou o  “além”, nunca o   “igual” ao EU.   (...)
Mas, existem idéias que se contrapõe ao etnocentrismo. Uma das mais importantes é a da RELATIVIZACÃO.  Quando vemos que as verdades da vida  são menos uma questão de essência das coisas e mais uma questão de posição:  Estamos relativizando. Quando o significado de uma ato  é visto não na sua dimensão absoluta mas no centexto em que acontece: estamos relativizando. Quando compreendemos o OUTRO  nos seus próprios valores e não nos nossos: estamos relativizando. Enfim, relativizar é ver as coisas do mundo como uma relação capaz de ter tido um nascimento, capaz de ter um fim ou uma transformação. Ver as coisas do mundo como a relação entre elas. Ver que a verdade está mais no olhar que naquilo que é olhado. Relativizar é não transformar a diferença em hierarquia, em superiores e inferiores ou em bem e mal, mas vê-la na sua dimensão de riqueza pôr ser diferença.

FONTE:
EVERARDO P. GUIMARÃES ROCHA, O Que é Etnocentrismo  - Coleção Primeiros passos, Ed. Brasiliense, 1984.



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