quarta-feira, 21 de maio de 2014

Estudantes ocupam prédio da UFRGS

Correio do Povo | Notícias | Justiça nega pedido de reintegração de posse da Reitoria da Ufrgs

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ESTUDO ANTROPOLÓGICO DE ITINERÁRIOS URBANOS, MEMÓRIA COLETIVA E FORMAS DE SOCIABILIDADE NO MUNDO URBANO CONTEMPORÂNEO.

 

 

UFRGS  -  IFCH  -  PPGAS - NUPECS

Projeto Integrado CNPq: ESTUDO ANTROPOLÓGICO DE ITINERÁRIOS URBANOS, MEMÓRIA COLETIVA E FORMAS DE SOCIABILIDADE NO MUNDO URBANO CONTEMPORÂNEO.

 

 


PALAVRAS  CHAVES  -  Definições

 


 

Agressividade



O termo deriva do verbo aggredi, atacar, e indica tendência dos seres vivos ao comportamento de ataque ante outros seres, objetos ou situações.
A verificação desta tendência e de seu alcance na determinação do comportamento humano coloca uma série de problemas psicológicos e derivadamente sociológicos e antropológicos sobre os quais ainda não há consensos significativos.
Atualmente, as principais divergências teóricas acerca da natureza da agressividade giram em torno de sua: a) origem (inata ou aprendida); b) extensão (intra-específica e/ou interespecífica); c ) determinação (disposicional ou reaciona); d) finalidade (defensiva ou destrutiva).
Quanto à origem inata ou aprendida da agressividade a discussão consiste em considerá-lã como um instinto ou como uma forma mais ou menos permanente de conduta aprendida.


ALCOOLISMO



É um quadro sintomático caracterizado pelo desejo quase irressistível de ingerir bebidas alcóolicas. Este desejo é tão intenso que o doente recorre a todos os subterfúgios para obter a bebida, chegando a ingerir álcool puro. Assim, é óbvio que o alcoolismo crônico tem seu fundamento num transtorno básico da personalidade.



ANSIEDADE



Ansiedade pode ser definida como uma reação de apreensão que vai do mal-estar ao pânico total, precedida de uma ameaça simbólica ou real que o indivíduo percebe  de maneira vaga e à qual reage numa intensidade que tende a ser desproporcionada.


BANDITISMO


Tipo de delinqüência comum às sociedades rurais de cultura tradicional e que consiste no aparecimento de bandos armados que saqueiam, seqüestram e assaltam viajantes, citadinos, representantes do Estado ou das camadas altas da sociedade, invadem vilas, povoados e até cidades, mas evitam molestar membros das comunidades rurais que muitas vezes os ajudam, protegem e até os idealizam como heróis.

 

CATOLICISMO



Comunidade e associação universal dos que seguem a religião católica cristã; crença da igreja católica.


CÓDIGO



Um “conjunto finito de signos simples ou complexos, relacionados de tal modo que estejam aptos para a formação e transmissão de mensagens”  é uma das definições de código dada por C. A . Rabaça e G. Barbosa em seu dicionário de comunicação (Rio de Janeiro, Codecri, 1978)

 

 

COMÉRCIO


O comércio é tão antigo quanto a história do homo sapiens sobre o ecúmeno terrestre, pois é revelador do homem como ser contingente e, por isso mesmo, interdependente no contexto sócio-cultural em que vive, interage e cria cultura no sentido histórico.
O comércio é uma forma de interação por troca de mercadorias e serviços entre pessoas, entre grupos e entre nações; modernamente até entre espaços políticos e econômicos integrados por convenção entre as partes.

 

CONFLITO



O termo conflito pode ser definido como “ uma luta por valores e reivindicações de status, poder e recursos escassos, em que o objetivos dos oponentes consiste em neutralizar, lesionar ou eliminar os rivais” (COSER, L. A .  The Functions of social conflicts. Glencoe, III. , Free Press, 1956. P. 8)


CONSUMO


Não se pode dar uma definição única de consumo, pois há pelo menos quatro acepções do termo nas ciências sociais.
I – Consumo pode ser considerado “o fim e o objetivo único de toda produção”;
II – O Termo pode ser usado para designar a destruição ou o esgotamento de utilidades;
III – Mais amplamente, pode ser definido como a utilização de bens e serviços;
IV – Freqüentemente se usa o termo consumo como sinônimo de despesas de consumo.


CRENÇA



A descrição conceptual que J. Zaragueta Bengoechea faz de sutis distinções que cabem no termo crença resume-se nestas linhas: “ Entende-se por crença, sinônimo de fé, todo assentimento a um juízo lógico, sobretudo se não é de plena adesão, mas tem algum resíduo de dúvida (probabilidade); ou, se a adesão é plena, noa o é a evidência objetiva em que está baseada (certeza moral). Um assentimento é o produzido sob influência da autoridade pessoal de alguém em que se crê, e por isso se dá crédito ao que afirma (como testemunha de um fato ou como adepto de uma doutrina), faz e promete. A disposição de ânimo favorável à crença chama-se credibilidade (possibilidade de crer), e até credencialidade (obrigatoriedade) pelo aspecto objetivo, e credulidade pelo lado subjetivo, sobretudo se carece de exigências de credibilidade objetiva; ao que outorga seu assentimento a algo por julgá-lo crível chama-se crédulo, e – se o nega por julgá-lo incrível – incrédulo.”


CRISE

H. P. Fairchild, no Dicionário de Sociologia (México, FCE, 1949), caracteriza o fenômeno da crise como “ Toda interrupção do curso regular e previsível dos acontecimentos.” Refere-se de maneira concreta à crise social, “ situação grave da vida social, quando o curso dos acontecimentos alcançou um ponto em que a mudança é iminente, para o bem ou par o mal, a partir da perspectiva do bem-estar humano; nessa situação a capacidade de direção do controle social é incerta. Do ponto de vista do bem-estar social, o critério único para julgar uma crise é o de suas conseqüências na união ou na desunião maior ou menor do grupo”.


CULTURA

É difícil estabelecer uma única definição desse termo complexo e extremamente importante.
A definição clássica de E. B. Tylor encontra eco na de F. Boas, representante da definição enumerativamente descritiva: “A cultura abrange todas as manifestações de hábitos sociais de uma comunidade, as reações do indivíduo quando afetado pelos hábitos do grupo no qual vive e os produtos de atividades humanas quando determinadas por esses hábitos” (BOAS, F. Anthropology. In: SELIGMAN, E. R. A . (Organ.) Encyclopedia of the social sciences. New York, Macmillan, 1930. V. 2, p. 79). Os critérios característicos desse grupo de definições são: a) cultura como uma totalidade continente e b) enumeração de aspectos de conteúdo da cultura.   


DEPRESSÃO

H. P. Fairchild alude a um novo sentido ou emprego do termo depressão, adjetivado em seu caso concreto com o qualificativo econômica, caracterizado como “ redução da atividade econômica abaixo do índice normal” (FAIRCHILD, H. P.  Dictionary of sociology. Totowa, Littlefield, Adams, 1967).


DESEMPREGO

Desemprego denota o estado de não-utilização. Aplica-se especialmente ao estado das pessoas que normalmente desempenham funções remuneradas. A medida do desemprego é geralmente o número ou percentagem de pessoas que, à falta de trabalho, se registram em agências de emprego ou são, de qualquer outra forma, computadas como estando à procura de trabalho.


ESCRAVIDÃO

A Escravidão é uma instituição que envolve um grau de dominação / subordinação entre pesoas, abrangendo desde o direito do possuidor sobre a vida e a morte do escravo, a té disposições legais cuidadosamente detalhadas quanto aos direitos e privilégios mútuos; o elemento essencial do acordo é o direito de forçar o escravo a trabalhar ou prestar outros serviços em proveito do senhor. A escravidão comercial, pelo menos nos últimos tempos, tem estado associada quase inteiramente a plantações agrícolas em regiões onde há escassez de trabalho; a escravidão doméstica tem tido uma finalidade mais ampla, visando à manutenção da casa e à prestação de serviços pessoais. A instituição tem como centro não só uma série de regras normativas, mas também uma série de racionalizações que justificam a prática. Em geral essas racionalizações mostram os supostos benefícios religiosos e econômicos em favor dos escravos e a sua alegada inferioridade biológica.


HABITAÇÃO

Habitação pode ser definida como a estrutura material em que se abriga uma família; o cenário em que sua vida se desenrola. A habitação configura a família. Em primeiro lugar, no aspecto material: a higiene da casa tem influência sobre a saúde de  seus ocupantes. Outrossim, no aspecto educativo: uma casa atrai por sua comodidade, exerce insuspeita influência no comportamento de casais e filhos, assim como em suas relações mútuas.


IDENTIDADE DE GÊNERO

A Identidade de Gênero, segundo J. Money, pioneiro nesse campo de estudo, é “ a uniformidade, unidade e constância de uma individualidade como masculina, feminina, ou ambivalente, em maior ou menor grau, principalmente quando vivenciada no comportamento e na percepção de si mesma; a identidade sexual é a vivencia intima do papel sexual (gender role) e este é a manifestação pública da identidade sexual”. O papel sexual, segundo o mesmo autor, é “ tudo que se faz ou se diz para indicar ao outro, ou a si mesmo, até que ponto se é macho, fêmea ou ambivalente; compreende o estímulo e a resposta sexual, mas na~se limita a isso;  o papel sexual é a manifestação pública da identidade sexual e esta a manifestação intima do papel sexual” (cf. MONEY, J. & ENRHARDT, A . A . Man and womam, boy and girl. Baltimore, London, Johns Hopkins Univ. Press, 1972).


INDÚSTRIA

Um indústria compreende várias organizações produtivas, tais como estabelecimentos ou firmas industriais, agrupadas segundo certos critérios, para fins analíticos ou de planejamento. Cumpre distinguir este sentido técnico do uso comum do termo como sinônimo aproximado de manufatura ou em contraposição a transportes, comércio, finanças, agricultura, etc.


NOMADISMO

Em sentido vulgar, é qualquer forma de vida errante, independentemente de base econômica ou subestilo geral de vida. Assim costuma-se falar do nomadismo dos caçadores paleolíticos, dos índios das pradarias ou, num plano bem diverso, dos ciganos. Todos os pesquisadores atuais refutam este emprego escessivamente generalizado, como pde se ver em H. P. Fairchild, R. Sauer, etc.


PROLETARIZAÇÃO

Fenômeno social  registrável em determinadas situações históricas como consequencia da perda dos meios de produção sofrida por certos grupos socias. Uma intensa transferência da propriedade de tais meios, operada no âmbito da Revolução Industrial , foi a causa profunda do fenômeno da proletarização (ao menos na forma em que se o concebe atualmente).


RACISMO

Racismo é a doutrina que afirma haver uma conexão entre características raciais e culturais, e que algumas raças são inerentemente superiores a outras. O racismo inclui no seu conceito de raça, indiscriminadamente, agrupamentos não-biológicos tais como seitas religiosas, nações, grupos linguisticos e grupos culturais. Daí poder ser considerado uma forma particularmente virulenta de etnocentrismo.




REGRA

Do latim regula, régua, esquadro, por extensão norma, preceito. É toda proposição que prescreve algo para que se atinja determinado resultado. É o conjunto de operações que o entendimento deve perfazer na busca de uma verdade; nesse sentido, foi extensamente usada pelos pensadores do séc. XVII a partir de R. Descartes, I. Newton, B. Spinoza, ao traçarem a via reta do espírito em busca da verdade.


REVOLUÇÃO

O termo revolução é usado por muitos autores modernos para indicar: a) mudanças súbitas e radicais nas condições sociais e polítcas, i. e., a substituição brusca e violenta de um governo legalmente constituido (assim como uma ordem social e jurídica) por outro governo; b) mudanças de natureza radical sem caráter político, que nem sempre ocorre de modo súbito e violento (expressões como revolução científica, revolução artística, revolução cultural e até mesmo revolução sexual são com freqencia usadas no séc. XX para designar transformações completas em vários aspectos da vida cultural).



Fonte : Dicionário de Ciências Sociais – Fundação Getúlio Vargas / Instituto de Documentação; Benedicto da Silva (Coordenação Geral). Rio de Janeiro, 1986. Ed. Da FGV

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Malala Discurso ONU Legenda Portugues BR 12 07 2013

Carlos Arturi

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Disciplina: Política IV
Semestre: 1998/I
Professor: Carlos S. Arturi












-    FICHAMENTO   dos  textos  introdutórios  da  cadeira  -












Aluno: JAQUES XAVIER JACOMINI
Matrícula: 1409/92.7




FICHAMENTO

SARTORI, Giovanni. “Bien comparer, mal comparer”, Revue Internationale de Politique Comparée, vol. 1, no. 1, 1994, pp. 19-36.

Este texto traz considerações sobre as perspectivas de trabalho científico dentro do campo de abrangência da política comparada:
No primeiro momento do texto, o autor traz uma definição para a política comparada acompanhada de uma contextualização histórica, dizendo:

“No inicio dos anos 50, quando Roy Marcridis (l953 e 1955) criticava os estudos de política comparada de sua época, as políticas comparadas tradicionais, sua primeira objeção - e a principal - foi que elas eram essencialmente não comparativas'.  Nós podemos certamente dizer ainda hoje em dia- a política comparada se define (nos EUA) como a disciplina que estuda ‘os outros países’, e o mais comumente apenas um.”

Após a esta introdução, Sartori passa a desenvolver os 4 principais eixos de discussão do texto presente: 1a. questão: Porque Comparar ?
                                            2a. questão: O que é Comparável ?
                                            3a. questão: Como Comparar ?
                                             4a. questão: Incomensurabilidade do método                           comparativo ?


PORQUE COMPARAR?

Neste ponto, ele passa a tentar a responder a questão: porque comparar? Ele vai citar vários autores que sinalizam para a mesma sua direção de posicionamento sobre esta questão (Przeworski, Ragin, Mayer), destacando que:

“Bem que eu não seja o primeiro a afirmar que as comparações tem por função controlar - elas controlam (verificam ou inferem) se as generalizações restam válidas ou não para todos os casos aos        quais elas se aplicam - me parece entretanto que nos esquecemos disto muito freqüentemente.”

Na seqüência deste tópico, o autor reafirma esta sua posição de entender o método comparativo como um método de controle.


O QUE É COMPARÁVEL?

Para responder a esta segunda questão, Sartori começa a utilizar algumas metáforas como a relação das maçãs com as pêras, gato-cachorro, etc. Neste sentido, ele afirma:
 
Segunda questão, o que e comparável?  Nós dizemos seguidamente que as maçãs e as pêras são "incomparáveis"; mas o contra argumento é: como podemos saber antes de as ter comparado?  De fato o problema das maçãs e das pêras se resolve facilmente.  Mas entre as pedras e os macacos, São- eles comparáveis? (...)

O importante a saber é que comparar é de uma vez assimilar e diferenciar com relação a um critério.  Se duas entidades são parecidas em tudo, se todas as características se acordam, então elas constituem mesma entidade.  Se por outro lado, duas entidades diferem em todos os níveis, então sua comparação não tem algum sentido. (...)
Classificar é ordenar um universo dado em classes que são mutualmente exclusivos e coletivamente exaustivos.  As classificações permitem, assim, de estabelecer o que é o mesmo e o que não é. (...)

O ponto essencial é - repetimos - que nós podemos definir e o que é comparável somente em resposta a uma questão precisa, a saber: comparável a que ponto de vista?  Com este tipo de formulação as maçãs e as pêras são, em relação a certas propriedades comparáveis.


GATO-CACHORRO

Neste ponto, o autor introduz uma situação hipotética de pesquisa para falar de 4 questões que pretendia abordar dentro da discussão da política comparada:    localismo, uma má classificação,  o “gradualismo” e  a elasticidade conceitual.

“O localismo visa aqui os estudos "uni-nacionais" em vácuo, que ignoram, puramente e simplesmente, as categorias pré-estabelecídas pelas teorias gerais e ou a existência no quadro de analises comparativas, e inventam do início ao fim, sob a inspiração do momento, sua própria terminologia.” (...)


MÁ CLASSIFICAÇÃO E GRADUALISMO

(...)  Uma segunda fonte de erros resulta de uma má classificação de pseudo-classes.  (...) O que se aplica aos gatos não se aplicaria que parcialmente aos cachorros, e quase morcegos (e vice-versa).

“Um terceiro produtor de gatos-cachorros e mais ainda dentro de uma ordem crescente de desordem teratológica - de cachorros-morcegos e mesmo de peixes-pássaros é como eu tinha sugerido, o “gradualismo”.  Eu entendo por isto a aplicação abusiva da máxima segunda a qual as diferenças de gênero serão melhor percebidas pelas diferenças de grau, e que os tratamentos contínuos seriam invariavelmente mais pertinentes que os tratamentos dicotômicos.” (...)


ELASTICIDADE CONCEITUAL

“Em quarto lugar, as incoerências comparativas e mesmo os erros provem geralmente da grande leveza de uma definição e de um “esticamento conceitual” ( Sartori, 1970).  Tomemos a noção de Constituição (...)”


COMO COMPARAR?

Este é o terceiro grande momento do texto, onde Sartori falar de duas maneiras de “conceber a estratégia geral da pesquisa científica”:

   “1. classificar as diferentes condições em variáveis independentes, intervenientes e dependentes;  2. tratar certas condições causais como parâmetros, constantes paramétricas ou dadas (como quando impusemos a cláusula ceteris paribus) supor invariáveis enquanto que outras condições são consideras como as variáveis operadoras que podem ao contrário variar para melhor fazer aparecer seus efeitos sobre a(s) variável(is) dependente(s) (l976).”


O ESTUDO DE CASO

 “Eu quero insistir sobre o fato de que o estudo de caso enquanto pesquisa "sobre um único caso" não pode ser assimilada ao método comparativo( mesmo tendo um mérito comparativo).  Por outro lado, a comparação e o estudo de caso podem muito bem funcionar reforçando-se mutuamente e aparecendo como complementar. (...)
Mas os estudos de casos heurísticos aportam a base ideal - talvez a melhor - para conceber as generalizações.  Dentro deste espírito, os estudos de casos são a pedra angular da construção das teorias ( como sublinha ECKSTEIN), mas não o controle das teorias.


INCOMENSURABIDADE

Encarada pelo autor como a “problemática mais central” desta discussão, neste ponto o autor a questão da viabilidade (ou não )  da perspectiva comparativista, dizendo:

“Abordaremos agora a Problemática mais central, e ao mesmo tempo, aquela que tem recebido menos soluções.  Olhando para trás nos confrontamos diretamente com a questão: A pesquisa comparativa é realmente possível ? Existem diversas maneiras de formular esta questão fundamental. A mais recente reuniu os opositores sob a bandeira de “incomensurabilidade" de conceitos. (...)
Isto lembra a obstinação; de qualquer maneira os conceitos são generalizações disfarçadas, conteúdos mentais que amalgam um fluxo infinito de percepções e de concepções particulares.”


INDIVIDUALIZAÇÃO VERSUS GENERALIZAÇÃO

“Resta aberta a questão metodológica, da alternativa entre a individualização e a generalização.  Esta alternativa não é impossível a administrar e os pontos existem para nos ajudar a passar da generalização ao contexto, e vice-versa. (...)
Isto que precede mostra muito bem nossos erros, mas não pode ser considerado como uma receita para traçar uma nova via.  "Onde estão as leis gerais?".  Bem, em nenhuma parte - porque mesmo se nós fossemos capazes de as formular ( e nós não somos: ver Sartori,- l986) os “gato-cachorros" os anulariam. (...)
Com relação à grandes esperanças ha trinta anos, a política comparada é finalmente decepcionante.  (...)  Mas mesmo o bom trabalho comparativo atual não pode encontrar sua realização se ele perde de vista a que serve a comparação, a que ela serve especificamente.


O . B . S . : A péssima qualidade da tradução, bem como da definição gráfica cos caracteres do texto prejudicou bastante esta atividade de fichamento.

domingo, 18 de maio de 2014

Culturas Globais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Disciplina: Teorias da Cultura
Professor: Ruben Oliven

Semestre 99/1















-   Notas  de  Aula   -  9o. Encontro: Culturas Globais   


















Aluno: Jacques  Jacomini




-   Notas  de  Aula   -  9o. Encontro: Culturas Globais   


A discussão sobre a existência de culturas globais, a extensão do processo de globalização cultural, bem como a dinâmica das fronteiras culturais são temas bastante atuais e estão sendo discutidos por vários pensadores contemporâneos. A temática da “produção cultural” e da “formação de juízos estéticos” no contexto da pós-modernidade, por exemplo, são algumas das preocupações dentro deste contexto aqui citado.
Para colaborar com esta reflexão, gostaria de citar Benjamin que nos ensina: “Em princípio, uma obra de arte sempre foi reprodutível, mas a reprodução mecânica 'representa uma coisa nova'”.  Os avanços nas tecnologias da reprodução eletrônica e da capacidade de armazenar imagens acentuaram consideravelmente a circulação de informações, ou seja o nível tecnológico atual permitiu uma aceleração extremamente grande da reprodução, armazenamento, recuperação e emissão de obras de arte, de textos, documentos, imagens enfim de tudo o que é produzido nos meios ópticos e eletrônicos. No entanto, isso é suficiente para afirmar que existe uma cultura global ou globalizada, circulando virtualmente sem respeito a qualquer tipo de fronteira ?
Segundo a leitura dos textos propostos, é possível perceber que existem diversas respostas para esta indagação. Tentando seguir uma das trajetórias possíveis, poderíamos afirmar que para alguns autores o que de fato está em jogo é uma análise da produção cultural e da formação de juízos estéticos mediante um sistema organizado de produção e de consumo mediado por divisões do trabalho, exercícios promocionais e arranjos de marketing sofisticados. 
Harvey, por exemplo, propõe a análise de “duas questões importantes que se destacam pela sua relevância direta para a compreensão da condição da pós-modernidade como um todo.”
Para desenvolver a primeira questão, o autor chama Benjamim para o debate, fala de “capital simbólico”, esclarecendo: “Em primeiro lugar as relações de classe vigentes nesse sistema de produção e de consumo são  de um tipo peculiar.  Sobressai aqui antes o puro poder do dinheiro como meio de domínio do que o controle direto dos meios de produção e do trabalho assalariado no sentido clássico.  Um efeito colateral tem sido reavivar o interesse teórico pela natureza do poder do dinheiro (em oposição ao de classe) e pelas assimetrias passíveis de daí advirem (cf. o extraordinário tratado de Símmel sobre The philosophy of money).” (Pag. 312)
Para exemplificar, as estrelas da mídia, por exemplo, podem receber altos salários, mas ser espantosamente exploradas pelos seus agentes, gravadoras, magnatas da mídia etc.  Tal sistema de relações monetárias assimétricas vincula-se à necessidade de mobilizar a criatividade cultural e a inventividade estética não somente na produção de um artefato cultural, mas também em sua promoção, embalagem e transformação em algum tipo de espetáculo de sucesso.  Mas o poder monetário assimétrico não promove necessariamente a consciência de classe. 
Para desenvolver a segunda questão, Harvey renova o debate com Benjamim, afirmando:  “Em segundo lugar, o desenvolvimento de uma produção e de um markenting culturais numa escala  global também foi um agente primordial de compressão do tempo-espaço, em parte porque projetou um musée imaginaire, um clube de jazz ou uma sala de concerto na sala de estar de todos, mas também por várias outras razões que Benjamin considerou:

“As nossas tavernas e as nossas ruas metropolitanas, os nossos escritórios e salas mobiliadas, as nossas estações ferroviárias e as nossas fábricas pareciam ter nos aprisionado irremediavelmente.  Surgiu então o filme e explodiu esse mundo-prisão com a dinamite de um milésimo de segundo, de modo que agora, em meio às suas ruínas e detritos espalhados, seguimos calma e audaciosamente.  Com o close-up, o espaço se expande; com a câmara lenta, o movimento é estendido... Evidentemente, abre-se para a câmera uma natureza distinta da que se abre para o olho nu - no mínimo porque um espaço inconscientemente penetrado é substituído por um espaço conscientemente explorado (Benjamin, 1969, 236)” .  (pag. 313)


Para retomar a questão da “compressão do espaço-tempo”, citada acima e as suas várias respostas ou possibilidades, gostaria de remeter o debate novamente para Harvey que trabalha com 4 possibilidades:
A primeira linha de defesa é a fuga para um tipo de silencio exaurido, blasé ou encoraçado  e inclinar-se diante do sentido avassalador de quão vasto, intratável e fora do controle individual ou mesmo coletivo tudo é. A informação excessiva, afirma-se, é uma das melhores induções ao esquecimento. (...)
Dentro deste campo de análise, o autor aborda a questão do “desconstrucionismo”, afirmando que  o desconstrucionismo terminou, apesar das melhores intenções dos seus praticantes mais radicais, por reduzir o conhecimento e o significado a um monte desordenado de significantes . Assim fazendo, produziu uma condição de niilismo que preparou o terreno para o ressurgimento de uma política carismática e de proposições ainda mais simplistas do que as que tinham sido desconstruídas.
A segunda   eqüivale a uma negação voluntariosa da complexidade do mundo, e a uma inclinação a representar essa complexidade em termos de proposições retóricas com alto grau de simplificação.  São abundantes os slogans, da direita até a esquerda do espectro político, sendo apresentadas imagens sem profundidade para captar sentidos complexos.  Supõe-se que as viagens, mesmo imaginárias e vicárias, ampliam a mente, mas, com a mesma freqüência, elas terminam por confirmar preconceitos.
A terceira resposta tem sido encontrar um nicho intermediário para a vida intelectual e política que recusa a grande narrativa, mas nem por isso deixa de cultivar a possibilidade de uma ação limitada.  Trata-se do ângulo progressista do pos-modernismo, que acentua a comunidade e a localidade, as resistências locais e regionais, os movimentos sociais, o respeito pela alteridade etc. Trata-se de uma tentativa de extrair ao menos um mundo apreensível da infinidade de mundos possíveis que nos são  mostrados diariamente na tela da televisão. 
A quarta resposta tem sido tentar montar no tigre da compressão do tempo-espaço mediante a construção de uma linguagem e de imagens capazes de espelhá-la e, quem sabe, dominá-la.  Eu ponho os escritos frenéticos de Baudrillard e Vírilio nessa  categoria, porque eles parecem diabolicamente  inclinados a fundir-se com a compressão do tempo-espaço e a reproduzi-la em sua  própria retórica  extravagante. Já vimos esse tipo de resposta antes, mais especificamente nas extraordinárias evocações feitas por Níetzsche em A Vontade de Poder.







Reforma do Judiciário 1.1

terça-feira, 13 de maio de 2014

Descendo da Linhagem do Mestre Borel

iniciação Científica 1997








APRESENTAÇÃO  SALÃO  97



APRESENTAÇÃO  PESSOAL

Meu nome é Jaques Jacomini
Sou bolsista deste Projeto

PARTICIPO da pesquisa etnográfica
com idas a campo
realizo entrevistas
transcrição de fitas
análise de contexto, conteúdo
mas
Falarei sobre a minha participação no projeto na “Construção de um arranjo documental para tratamento e ordenação dos dados de pesquisa etnográfico e imagético.”



TRANSPARÊNCIA 2  já estará no retro

















TRANSPARENCIA  3


-  BANCO  DE  DADOS  -

                                í                                 î



FLUXO  DE  TRABALHO (WORKFLOW)

- ORGANIZAÇÃO
- SELEÇÃO
- CLASSIFICAÇÃO
- CATALOGAÇÃO
- INDEXAÇÃO






ACERVO
- JORNAIS
- REVISTAS
- TESES
- MONOGRAFIAS
- LIVROS
- ANUÁRIOS ESTATÍSTICOS
- RELATÓRIOS



       í                  î





SISTEMA
DE
ARQUIVAMENTO

- INDIRETO










MÉTODO
DE
ARQUIVAMENTO

- ALFABÉTICO /
NOMINAL
(Fonte Documental)



ENTRA  TRANSPARENCIA  4






















ARRANJO  DOCUMENTAL
-  BANCO  DE  DADOS  - 

1  PERIÓDICOS  -  REVISTA
1  PERIÓDICOS  -  BOLETIM
1  TEXTOS  XEROX 
1  JORNAIS 
1     JORNAIS  ZERO  HORA
1        JORNAIS  ZERO HORA - 1989 
1           JORNAIS  ZERO  HORA - 1990
1               JORNAIS  ZERO  HORA - 1991
1                  JORNAIS  ZERO  HORA - 1992
1                      JORNAIS  ZERO  HORA - 1993
1                                   JORNAIS  ZERO  HORA - 1994
1                            JORNAIS  ZERO  HORA - 1995
1                               JORNAIS  ZERO  HORA - 1996
1                                 JORNAIS  ZERO  HORA - 1997
1                                    JORNAIS  ZERO  HORA - 1997/1
1                                       JORNAIS  ZERO  HORA - 1997/2
1                                          JORNAIS  ZERO  HORA - 1997/3
1                                             JORNAIS  ZERO  HORA - 1997/4
1  JORNAL   JÁ  BOM FIM 
1  JORNAL  DO  PARTIDO  DA  CAUSA  OPERÁRIA
1  JORNAL  FOLHA  DE  SÃO  PAULO
1  JORNAL  DIÁRIO  DO  SUL
1  JORNAL  CORREIO  DO  POVO
1  FOLDERS
1   RELATÓRIOS / REUNIÕES
1   ANEXOS
1  MATERIAL ESTATÍSTICO
1   FICHAMENTOS
1    MATERIAL GRÁFICO
1    PANFLETOS





-  BANCO  DE  IMAGENS -

                                í                                 î



FLUXO  DE  TRABALHO (WORKFLOW)

- ORGANIZAÇÃO
- SELEÇÃO
- CLASSIFICAÇÃO
- CATALOGAÇÃO
- INDEXAÇÃO









ACERVO
- FOTOS
- FILMES
- GRAVURAS
- ICONOGRAFIAS:
* Plantas Cartográficas;
* Plantas Hidrográficas;
* Projetos Arquitetônicos;
* Mapas.




       í                  î


















SISTEMA
DE
ARQUIVAMENTO

- DIRETO






MÉTODO
DE
ARQUIVAMENTO

- MISTO:
ALFABÉTICO /
NOMINAL e
GEOGRÁFICO
(Por Zoneamento)
















ARRANJO  DOCUMENTAL DEMONSTRATIVO
-  BANCO  DE  IMAGENS  - 

Princípio de Organização: Sistema de Pastas e Subpastas
Segundo Don M. Avedon em “Discos Ópticos e Imagens Eletrônicas”
Publicação do Centro Nacional de Desenvolvimento do Gerenciamento de Informação - CENADEM
RECUPERAÇÃO: de forma direta - Explorer (Windows 95)


1CENTRO
     1 AV. MAUÁ
     1 RUA DOS ANDRADAS
           1 CASAS COMERCIAIS
                 1 CASA BROCKMANN
           1 BARES E CAFÉS
                 1 CAFÉ GUARANY
           1 OCUPAÇÕES URBANAS
                 1 ACENDEDOR DE LAMPIÃO
                 1ENGRAXATE
                 1 CARROCEIRO
                 1 VENDEDOR AMBULANTE
     1 RUA DUQUE DE CAXIAS
1ZONA NORTE
     1 BAIRRO ANCHIETA
           1 AV. FARRAPOS
           1 AV. SERTÓRIO
    1 BAIRRO RUBEM BERTA
           1 BECO DOS MAIAS
           1 AV. GAMAL ABDELNASSER
           1 RUA CAETANO LA PORTA
1 ZONA SUL
     1 BAIRRO TRISTEZA
            1 TRANSPORTES
                   1 VIA FÉRREA DA TRISTEZA




































ARRANJO  DOCUMENTAL INFORMATIZADO


1 CNPq
       1 Entrevistas
       1 Fotos
       1 Informantes
              1 Endereço/Contatos Informantes
       1 Pesquisadores
             1 Prof. Ana Luiza C. da Rocha
                    1 Vídeo Porto Alegre
                        1 Vídeos Cultura do Medo
                             1 Vídeos França
                    1 Palestras
                    1 Reuniões
             1 Prof. Cornelia Eckert
                    1 Artigos
                    1 Palestras
                    1 Projeto
             1 Jaques Jacomini
                    1 Arranjo Documental
                    1 Pesquisa Bibliográfica
             1 Luciane Coccaro
                    1 Entrevistas
                    1 Informantes
             1 Patricia Rodolpho
                   1 Fotos Porto Alegre
                   1 Fotos Salão
             1 Rafael
                   1 Vídeo Projeto
                   1 Roteiros
        1 Pesquisas
        1 Projetos
        1 Vídeos




PRÓXIMOS  PASSOS

DIGITALIZAÇÃO DO ACERVO DOCUMENTAL (B. DE DADOS E DE IMAGENS) 

Não foi iniciado em função da necessidade de equipamentos.
Dotação orçamentaria solicitada ao CNPq não foi aprovada.
Outros financiamentos estão sendo solicitados





PROJETO  PILOTO
OBJETIVO: testar sofwares e hardwares que serão utilizados na digitalização dos documentos.
Colocar em prática conhecimentos teóricos adquiridos pela equipe de trabalho.
Experimentar alguns procedimentos técnicos da digitalização.

PROCEDIMENTOS
Digitalização de fotos com indexação automática.
Armazenamento em discos magnéticos.
Recuperação de forma direta a partir do Explorer (Windows 95)
TRANSPARENCIA No. 5
MOSTRAE ESQUEMA DIGITALIZAÇÃO

Tanto o equipamento quanto os programas não são os ideais, portanto não podemos avançar muito nesta atividade.
Necessidades:
Gravador de CD-Rom para o armazenamento em Disco Óptico
Processador no mínimo 150 mhz
32 M. de Ram
Arquivos de Imagens são do tipo Raster ocupam muito espaço em disco, pois são mapas de Bits )Bit-maps ou BMP)