PONTIFÍCIA
UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO
DE LETRAS E ARTES
CURSO DE
PÓS-GRADUAÇÃO
Projeto de Tese HISTÓRIA
E FICÇÃO
Do cerco de Lisboa à História
do cerco de Lisboa
Orientador:
Prof. Dr. Luiz Antônio Assis Brasil e Silva
Elisabete
Carvalho Peiruque
Porto
Alegre, outubro de 1997
SUMÁRIO
1. Dados de
identificação
....................................................................................
03
2. Tema
................................................................................................................
04
3. Hipóteses
........................................................................................................
05
4. Objetivos
..........................................................................................................
06
5. Fundamentação
Teórica
..................................................................................
07
6. Justificativa
......................................................................................................
11
7. Metodologia
.....................................................................................................
12
8. Cronograma
.....................................................................................................
13
9. Levantamento
Bibliográfico Prévio
................................................................. 14
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Nome - ELISABETE CARVALHO
PEIRUQUE
Data de Nascimento - 15 de
fevereiro de 1941
Natural de Porto Alegre
Filiação: Ithamar Monteiro Peiruque
Ely Carvalho Peiruque
Endereço: Av. João Pessoa, 721 / 411
Telefone: 226 - 01 93
TEMA
Uma leitura de textos
medievais, referentes aos momentos iniciais da nacionalidade
portuguesa, e do romance de José
Saramago, História do cerco de Lisboa,
pela ótica da Nova História e da Teoria da Literatura, respectivamente,
visando a uma contribuição aos estudos literários, no âmbito das relações da
História com a Ficção, e aos estudos de literatura portuguesa em particular.
HIPÓTESES
Os textos medievais que falam da fundação da nação
portuguesa, em alguns casos contaminados por aspectos literários, apontam para
questões de afirmação da identidade e estão, portanto, marcados pela ideologia.
José Saramago narra em História
do cerco de Lisboa os mesmos fatos referidos nos textos citados num texto
assumido como ficção e caracterizado pela ironia e pela desmitificação dos
feitos da figura fundadora.
A leitura dos textos, de maneira especial dos fatos em
destaque, deverá conduzir à descrição prática das semelhanças e dessemelhanças
entre os dois discursos, para determinar como se dá o cruzamento da História
com a Ficção, e com isso contribuir para o avanço dos estudos teóricos nessa
área, bem como na área dos estudos portugueses.
OBJETIVOS
OBJETIVOS
GERAIS
- Determinar semelhanças e diferenças nas relações do
discurso de cruzamento da História e Ficção, através de textos da
historiografia medieval e do romance História
do cerco de Lisboa, de José Saramago.
OBJETIVOS
ESPECÍFICOS
- Analisar nos textos medievais os mecanismos que presidem
sua elaboração, isto é, a afirmação da nacionalidade e aspectos ideológicos
presentes.
- Analisar no romance de José Saramago as reflexões sobre a
História e o fazer histórico que alí se dá sob a ótica da ironia.
- Contribuir para o avanço dos estudos de Teoria Literária e
da Literatura Portuguesa.
- Interpretar, dentro dos procedimentos da Teoria da
Literatura, os sentidos da leitura irônica-desconstrutiva-desmitificadora que
Saramago faz no romance em foco.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Expressão maior dos gêneros narrativos, o romance tem suas
raízes plantadas no contexto popular, folclórico, de onde a palavra com sua
carga histórico-filológica remetendo para a Idade Média. O caráter fantasioso
das primeiras manifestações em romance (língua) deu origem a romances (gênero),
tanto em prosa como em verso. Na literatura portuguesa, o Romanceiro recolhido
por Garrett disso é exemplo.
O resgate da História medieval, uma das bases do Romantismo,
originou o romance histórico, que, na literatura portuguesa, foi obra tardia em
relação aos demais romantismos e de pouca significação.
O tema histórico retomado naqueles romances vem a ser a
própria historiografia de caráter oficial. Em se tratando da literatura
portuguesa, há uma intenção marcadamente ideológica na produção de tais textos,
visando seu autor mais conhecido, Alexandre Herculano, à divulgação de uma
tradição pátria esquecida.
A historiografia do século XIX, de linha cientificista,
pregou a sua objetividade baseada na leitura absoluta dos documentos e com isso
influenciou a produção romanesca na medida em que os escritores realistas
postularam narrativas realistas, elaborando supostamente teses sociais.
O século XX, na sua segunda metade, concretizando de maneira
cada vez mais efetiva a nova concepção que se vinha gestando, vê surgir a Nova
História Cultural que, entre outras, proclama a ficcionalidade que preside o
trabalho do historiador. Sharp se refere à história vista de baixo (Burke,
l992:39), e Burke afirma textualmente que “cada vez mais os historiadores estão
começando a perceber que seu trabalho não reproduz o que realmente aconteceu
tanto quanto o representa de um ponto de vista particular” (Burke, 1992:327).
Tal ponto de vista na virada de concepções começa assim a se deslocar para os
que estão em baixo no conjunto social e que foram deixados à margem dos
acontecimentos. Atribuídos a nomes que passaram sozinhos à História, os
acontecimentos foram obra dos anônimos também, dos que foram calados. E na
História vista de baixo dá-se o seu resgate. Passa o discurso da História a ser
o palco de uma narrativa que engloba o grande conjunto humano. O historiador
será o articulador da História vista de baixo com a História vista de cima.
Ao articular pólos, ao olhar sob vários ângulos um
determinado acontecimento, o historiador vai trabalhar nos silêncios da
História. O que se tem do passado são textos e objetos textualizados, afirma
reiteradas vezes Linda Hutcheon em
Poética do Pós-Modernismo.
Preencher os silêncios existentes entre documentos que se
fecham em si torna a função do historiador em muito semelhante à do romancista.
Operam os dois em textos que partilham da narratividade, da representação do
real e da invenção ou ficção.
O romance de José Saramago, História do Cerco de Lisboa, retoma o texto histórico como tema, e
em suas páginas lê-se a História pelo avesso, como resultado de um
questionamento de hoje, questionamento esse feito pelo personagem Raimundo
Silva. Teorizando sobre a precariedade da historiografia de caráter oficial, o
narrador aponta para os desafios da Nova
História.
Saramago vai buscar no remoto passado da nação portuguesa a
história da tomada de Lisboa pelas hostes de D.Afonso Henriques, desmentindo
assim o reducionismo ideológico que faz desta figura o único conquistador da
cidade em poder dos mouros. A figura do primeiro rei está devidamente exalçada
em um texto fragmentado da Crônica Breve
de Santa Cruz que fala dos acontecimentos de 1128, texto elaborado, como
todos aliás na Idade Média, pelos monges copistas. Há ainda vários textos
destes primeiros séculos referentes ao cerco de Lisboa em 1147.
O romance de Saramago
dialoga com esses textos do passado. Os momentos iniciais da fundação do reino
são lidos de dois modos. Os textos medievais que se assumem como registro
orientado para o futuro são os modelos do outro texto, escrita ficcional que lê
o passado à luz do presente. Modelos às avessas, suscitam a leitura de Saramago
em que a história é vista de baixo, vista agora pela ótica declarada da ficção,
sem compromissos com a cultura oficial. O diálogo estabelecido aponta para a
base teórica proposta para este estudo, a teoria do romance expressa por
M.Bakhtin em sua obra Questões de
Literatura e de Estética. Aí o autor elabora sua reflexões sobre o gênero
romance, conceituando-o como expressão do relacionamento inter-humano.
Centrado na idéia de polifonia, Bakhtin concebe-o como um
gênero que não pode ser apreendido pela estilística tradicional por ser uma
representação da vida cotidiana onde várias linguagens se cruzam. Vinculado à
oralidade, o romance é o campo do diálogo, negando assim a existência de uma
linguagem única, centralizadora, correspondente à voz da cultura oficial.
Embutido aí está o conceito de heteroglóssia, referente à impossibilidade de
hegemonia daquela. Para Bakhtin, “o principal objeto do gênero romanesco,
aquele que o caracteriza, que cria sua originalidade estilística é o homem que
fala e sua palavra.” (p. 77) É, portanto, no discurso representado
artisticamente que se apreende este
homem. Bakhtin, propondo o que se pode ler como uma Prosaica, correspondente a
uma Poética, pretende uma categoria especial para estudo do romance que se
contrapõe aos gêneros poéticos pela multiplicidade de gêneros menores que
conduzem ao plurilinguismo dialogizado. Afirma o autor: “E enquanto a poesia
nas altas camadas sócio-ideológicas oficiais, resolvia o problema da
centralização cultural, nacional e política do mundo verbal ideológico, por
baixo, nos palcos das barracas das feiras, soava um discurso jogralesco, que
arremedava todas as línguas e dialetos, desenvolvia a literatura das fábulas e
“soties”, das canções de rua, dos provérbios e das anedotas ( p. 76).”
Assim, nosso projeto de pesquisa propõe-se a examinar o
romance de Saramago como representação artística do dialogismo ali presente
pelas várias vozes, confrontando-o com os textos medievais. Pela ótica
bakhtiniana, procederemos à análise textual com o seu instrumental teórico,
colocando em pauta a questão da diversidade e da unidade, uma vez que são vozes
harmônicas ou dissidentes que determinam os discursos.
JUSTIFICATIVA
Na busca de referências bibliográficas sobre a obra de José Saramago
e sobre as questões de História e Ficção, necessárias a nossa atividade docente
e em função da elaboração do projeto para a obtenção do regime de D.E., não
encontramos estudo como o que nos propomos a fazer. O tema se nos afigura rico
para investigações, e temos a convicção de que a leitura dos textos em
contraponto oferece oportunidades para um trabalho original no terreno da
narrativa de ficção em sua relações com a História.
A pesquisa também oportunizará a produção de artigos a ela
relacionados, concomitantemente à redação da tese, pelo que justifica-se, a
nosso ver, a escolha de tal tema.
Trabalhar da maneira que propomos parece-nos um método
correto para chegar à compreensão do problema, e com isso estaremos
aprofundando os estudos de Teoria da Literatura e da Literatura Portuguesa,
estando nessa pesquisa inscrita na área de Concentracao de Teoria de
Literatura, na linha de Pesquisa
Literaturas de Expressao Portuguesa do CPG do Instituto de Letras e
Artes da PUC / RS.
METODOLOGIA
Nossa leitura, com a conseqüente análise e interpretação,
será efetivada dentro dos blocos bibliográficos estabelecidos já no
levantamento prévio. A partir daí, pretendemos iniciar a redação da primeira
etapa, que deverá ser, talvez, o capítulo inicial, isto é, um estudo sobre a
escrita da História e os móveis que presidem a sua elaboração numa linha de
tempo.
Num segundo momento, ou capítulo, sob a ótica de M. Bakhtin,
procederemos à análise do romance de José Saramago, História do cerco de Lisboa.
Os dois discursos deverão conduzir ao foco central do projeto
que propomos para inferirmos semelhanças e diferenças, valores e significados.
CRONOGRAMA
Após o cumprimento dos créditos, contaremos com cinco
semestres que serão assim distribuídos:
1999
|
2º
semestre
|
Revisão
bibliográfica
|
2000
|
1º
semestre
2º
semestre
|
Redação do 1º capítulo
Redação do 2º capítulo
|
2001
|
1º
semestre
2º
semestre
|
Redação do capítulo final
Revisão final e entrega
|
|
|
|
9. - Levantamento Bibliográfico
9.1 - Bakhtin /
sobre Bakhtin
BAKHTIN, M. A Cultura Popular na Idade Média e no
Renascimento. São Paulo: Hucitec; Brasília, Universidade de Brasília, 1987.
-------------, ---. Problemas da poética de Dostoiewski.
Rio de Janeiro, Forense Universitária, 1981.
------------, ---. Questões de literatura e estética: a teoria
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VOLOCHINOV, V. N. Marxismo
e filosofia da linguagem. São Paulo: HUCITEC, 1979.
BRAIT, Beth. (Org.) Bakhtin, dialogismo e construção do
sentido. São Paulo:
Universidade de Campinas
(UNICAMP), 1997.
MACHADO, Irene. O Romance e a voz : a prosaica e a
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Imago, São Paulo, FAPESP, 1995.
9.2 - Ficção e História
COSTA, Lígia Militz da. Ficção e história na perspectiva estruturalista de R. Barthes. Revista de Letra da Universidade Federal de
Santa Maria (UFSM), julho / dezembro de 1993 (No. 6).
FREITAS, Maria Tereza de. Romance
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Estadual de Ponta Grossa. Dezembro de 1989 (No. 11).
RIEDEL, Dirce
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Rio de Janeiro: Imago, 1988.
SANTOS, Pedro
Brum. O Cerco de Lisboa : literatura e história em José Saramago. Revista de Letras da Universidade Federal
de Santa Maria (UFSM), julho / dezembro
de 1993 (No. 6).
-----------, ------------- . Teorias do
Romance : relações entre ficção e história. Santa Maria.
Ed. da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), 1996.
9.3 - História
de Portugal e
História da Literatura
Portuguesa.
FIGUEIREDO,
Fidelino. Literatura portuguesa. Rio
de Janeiro: Livraria Acadêmica, 1995.
HERCULANO, Alexandre.
História de
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Livrarias Silland & Bertrand, 1915.
MATTOSO, José. (DIR.) História de Portugal. Lisboa : Estampa, 1993. V. 1 .
RODRIGUES LAPA,
Manoel. Lições de literatura portuguesa.
Coimbra: Coimbra Editores Ltda, 1960.
SAMPAIO, Albino Forjaz de. História da literatura portuguesa
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António José e
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------------,
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Editorial Verbo, 3a. Ed.
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9.4 - Literatura
Medieval
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Mário. Estudos de literatura medieval. Braga:
Livraria Cruz, 1956.
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: Imprensa Nacional / Casa da
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SARAIVA,
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JAUSS, Hans
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9.5 - Nova História
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BURKE, Peter
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São Paulo : Editora da Universidade
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DUBY,
Georges e LARDREAU,
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HUNT,
Lynn. A Nova história
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Martins Fontes, 1992.
LE GOFF, Jacques.
História e
Memória. 4a. Ed.
Campinas, S. P. : Editora da Unicamp, 1996.
VEYNE,
Paul. Como se escreve
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WHITTE,
Hayden. Metahistória. La imaginacion
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Europa del siglo
XIX. México : Fondo de
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9.6 - Romances,
Narrativa, Ficção.
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CHAVES, Castelo Branco. O
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COSTA
LIMA, Luiz. Sociedade e
discurso ficcional. Rio de Janeiro : Guanabara, 1986.
FEHÉR,
Ferenc. O Romance está
morrendo ? Contribuição à
teoria do romance.
Rio de Janeiro : Paz e Terra,
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LOTMAN,
Iuri. A Estrutura do
texto artístico. Lisboa : Estampa, 1978.
LUBBOCK,
Percy. A Técnica da
ficção. São Paulo : Cultrix, EDUSP,
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LUKÁCS,
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PAZ,
Octavio. Ambigüidade do
Romance. In. ---, -------. O Arco e a Lira . Rio
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REIS,
Carlos e LOPES,
Ana Cristina. Dicionário de
teoria da narrativa.
São Paulo : Ática, 1988.
ROSENFELD,
Anatol. Reflexões sobre
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In. ---------, ------. Texto e
contexto : ensaios. São Paulo:
Perspectiva, 1973.
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Donaldo. Teoria do romance.
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Oscar. As vozes do
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9.7 - Saramago
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abril / junho, 1991 (No. 120).
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Literatura
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D’ONÓFRIO, Salvotore.
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ZÉRAFFA, Michel.
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ZÍLBERMAN, Regina.
Estética da
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9.9 - Corpus da
Análise
Crónicas Breves
de Santa Cruz
de Coimbra: Edições de
Alexandre Herculano nos
Portugaliae Monumenta Historica,
Vol. I , Scriptores e
de Antônio Cruz; Anais,
crónicas e memorias
avulsas de Santa
Cruz. Porto, 1968.
Crónicas de
D. Dinis. Ed. Texto inédito
de Códice Cadaval
965 organizado por
Carlos da Silva
Tarouca. Universidade de
Coimbra : Fundo Lá
Pinto, 1947.
Crónicas geral
de Espanha de
1344. Edição crítica
do texto português
por Luis Felipe
Suidley Cintra Vol. 1.
Lisboa ; Academia Portuguesa
de História, 1951.
CRUCESIGNATI
ANGLICI EPISTOLA DE
EXPUGNATIONE OLISIPONIS. Portugalial
Monumenta Historica (Scriptores), Vol. I .
SARAMAGO, José. História do
cerco de Lisboa.
São Paulo : Companhia das
Letras, 1989.
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