Livro e Literatura. Ciências Sociais. Antropologia. Sociologia. Porto Isabel. Viamão. Rio Grande do Sul. Brasil.
domingo, 31 de maio de 2015
sexta-feira, 29 de maio de 2015
segunda-feira, 25 de maio de 2015
domingo, 24 de maio de 2015
Leituras Obrigatórias
1.
[000148614] Aranha, Maria Lúcia de
Arruda. Filosofando :
introdução à
filosofia. São Paulo : Moderna, c1993.
395 p. : il..
Código de
barras: 06022574
Data de
empréstimo: 07/05/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
2.
[000377841] Prado, Fabrício Pereira.
Colônia do Sacramento : o
extremo sul da
América portuguesa no século XVIII.
Porto Alegre : F.P.P,
2002. 229 p. :
il..
Código de
barras: 05171096
Data de
empréstimo: 09/10/2014
Data de
devolução: 25/05/2015
3.
[000460241] Ribeiro, Darcy. Diários
índios : Urubus-Kaapor.
São Paulo :
Companhia das Letras, 1996. 627 p. : il..
Código de
barras: 06020740
Data de
empréstimo: 07/05/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
4.
[000640704] Tirapelli, Percival. Arte
indígena : do
pré-colonial à
contemporaneidade. São Paulo : Companhia
Editora Nacional,
2006. [64] p. :
il..
Código de
barras: 06020788
Data de
empréstimo: 19/01/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
5.
[000699270] Villas-Boas, Orlando.
História e causos : Orlando
Villas Boas
dedicou a vida à defesa dos direitos dos índios, tendo
escrito diversos
livros sobre questões indígenas. São
Paulo : FTD, 2006.
202 p. : il..
Código de
barras: 06509354
Data de
empréstimo: 10/10/2014
Data de
devolução: 25/05/2015
6.
[000723400] Povos indígenas. Passo Fundo, RS : Méritos, 2009.
559 p. : il..
Código de
barras: 06020742
Data de
empréstimo: 27/04/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
7.
[000775983] Melatti, Julio Cezar. Índios
do Brasil. São Paulo :
EDUSP, 2007. 300
p. : il..
Código de
barras: 06020801
Data de
empréstimo: 07/05/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
8.
[000790402] História dos índios no
Brasil. São Paulo : Companhia
das Letras,
1992. 609 p. : il..
Código de
barras: 06023329
Data de
empréstimo: 19/01/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
9.
[000790710] Ribeiro, Berta G.. O índio
na história do Brasil. São
Paulo : Global,
2009. 143 p. : il..
Código de
barras: 06020786
Data de
empréstimo: 07/05/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
10.
[000791055] Fausto, Carlos. Os índios
antes do Brasil. Rio de
Janeiro : Zahar,
2010. 94 p. : il..
Código de
barras: 06020804
Data de
empréstimo: 07/05/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
11.
[000791130] Jecupé, Kaka Werá. Oré awé
roiru'ma. São Paulo :
Triom, 2002. 119
p..
Código de
barras: 06020805
Data de
empréstimo: 07/05/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
12.
[000874960] Exposição Séculos Indígenas
no Brasil. Ação
Educativa ( 3 :
2012 : Porto Alegre) As muitas faces de nós, indígenas :
caderno de
textos dos módulos III e IV do Fórum de Atualização sobre
Culturas
Indígenas. Porto Alegre : Ação Educativa
Séculos Indígenas no
Brasil, 2012. 80
p. : il..
Código de
barras: 06905443
Data de
empréstimo: 07/05/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
13.
[000910427] Mondin, Battista. Introdução
à filosofia :
problemas -
sistemas - autores - obras. São Paulo :
Paulus, 2006. 392 p..
Código de
barras: 06610282
Data de
empréstimo: 05/03/2015
Data de
devolução: 25/05/2015
sábado, 23 de maio de 2015
sexta-feira, 22 de maio de 2015
quinta-feira, 21 de maio de 2015
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Biblioteca Setorial de Humanidades
Recebi a mensagem que segue:
De: COMGRAD-IFCH [mailto:comgradifch@ufrgs.br]
Enviada em: quarta-feira, 20 de maio de 2015 19:02
Para: Undisclosed-Recipient:;
Assunto: Fw: Fechamento da Biblioteca
Enviada em: quarta-feira, 20 de maio de 2015 19:02
Para: Undisclosed-Recipient:;
Assunto: Fw: Fechamento da Biblioteca
Sent: Wednesday, May 20, 2015 6:55 PM
Subject: Fechamento da Biblioteca
Solicitamos divulgação junto à
comunidade acadêmica.
Aviso
No dia 21 de maio de 2015 a Biblioteca estará fechada.
Motivo: Paralisação e Assembleia dos servidores técnicos administrativos da Universidade.
Atenciosamente,
Equipe BSCSH
No dia 21 de maio de 2015 a Biblioteca estará fechada.
Motivo: Paralisação e Assembleia dos servidores técnicos administrativos da Universidade.
Atenciosamente,
Equipe BSCSH
Diante do exposto, pergunto:
Alguém poderia informar quando a biblioteca voltará a funcionar
EFETIVAMENTE.
Em tempo,
a jornada de literatura de Passo Fundo
Não vai acontecer neste ano.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
domingo, 17 de maio de 2015
sexta-feira, 15 de maio de 2015
quarta-feira, 13 de maio de 2015
Lei Aurea
"Estamos Vivos" Jp
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lei_%C3%81urea.jpg#/media/File:Lei_%C3%81urea.jpg
http://acidadedesantaisabel.blogspot.com.br/2015/03/jorges.html
terça-feira, 12 de maio de 2015
segunda-feira, 11 de maio de 2015
domingo, 10 de maio de 2015
Mbya Rekóregua: MBYÁ GUARANIAcampamento Terra Livre - Brasilia Abr...
Mbya Rekóregua: MBYÁ GUARANIAcampamento Terra Livre - Brasilia Abr...: MBYÁ GUARANI Acampamento Terra Livre - Brasilia Abril de 2015 "Primeira vez que fui até Brasília e fiquei feliz também, como fal...
sexta-feira, 8 de maio de 2015
Da Matta mais Guma
Prova
Prezados
Colegas
A
minha proposta neste momento é republicar trabalhos realizados entre os anos de
1992 e 1998.
Assim
procedo, pois os mesmos podem servir de base de apoio para os colegas que
labutam na mesma lavra.
Sobre
o atual período de estudos na UFRGS, não posso realizar considerações públicas neste
momento. Estas considerações serão feitas, em breve, quando da conclusão desta
empreitada.
Segue
mais um trabalho. Agora uma prova sobre um autor que foi comentado pelo meu
orientador no encontro que ocorreu hoje a tarde no IFCH / UFRGS.
Obrigado
pela presença de todos.
Desejo-lhes
um feliz final de semana.
Namastê
Questões
DA MATTA, Roberto. Relativizando.
- Como o autor entende a idéia da
relativização na Antropologia e como esta disciplina pode contribuir para o
conhecimento do homem?
- Que características principais distinguem as ciências naturais e
sociais?
- O que seria o social para o autor?
- Como se distingue sociedade e cultura?
- Qual o conceito mais valorizado pelo autor e porque?
Respostas
na próxima publicação.
Bergson
BERGSON - autor de Matière et mémoire, filosofo da vida psicologica. Trabalha com conceitos de memoria, tempo, devir, élan vital, energia.
Segundo Ecléa Bosi "Memoria e sociedade", Bergson persegue uma rica fenomenologia da lembrança, bem como uma série de distinçöes de carater analitico. Matière et mémoire, conscitui o centro dos debates sobre tempo e memoria, ....liames que unem a lembrança à consciência atual e, por extensöa, a lembrança ao corpo de idéias e representaçöes que se chama, hoje, correntemente, "ideologia".
Indagaçäo de auto-analise voltada para a experiência da percepçäo: O QUE PERCEBO EM MIM QUANDO VEJO AS IMAGENS DO PRESENTE OU EVOCO AS DO PASSADO? Percebo, em todos os casos, que cada imagem formada em mim esta mediada pela imagem, sembre presente, do meu corpo. O sentimento difuso da propria corporeidade é constante e convive, no interior da vida spicologica, com a percpecçäo do meio fisico ou socila que circunda o sujeito. Bergson observa, também, que esse presente CONTINUO se manifesta, na maioria das vezes, por movimentos que definem açöes e reaçöes do corpo sobre o seu ambiente.... Nexo entre IMAGEM DO CORPO e AÇAO. (Bosi p. 6).
p. 6.
ESQUEMA MOTOR -
Quando o trajeto é de ida e volta IMAGEM-CEREBRO-AÇAO
ESQUEMA PERCEPTIVO -
Quando é só de ida IMAGEM-CEREBRO-REPRESENTAÇAO
A percepçäo e, ainda mais profundamente, a consciência, derivam, para Bergson, de um processo inibidor realizado no centro do sistema nervoso; processo pelo qual o estimulo näo conduz à açäo retrospectiva...
p. 7. O CORPO
o corpo, interposto entre os objetos que agem sobre ele o os que ele influencia, näo é mais que um condutor, encarregado de recolher os movimentos, e de transmiti-los, quando näo os detém a certos mecanismos motores, determinados se a açäo é reflexa, escolhidos se a açäo é voluntaria...
8. percepçäo atual ¥ lembrança - Para Bergson, o universo das lembranças näo se constitui do mesmo modo que o universo das percpeçöes e das idéias. Todo o esforço cientifico e especulativo de Bergson esta centrado no principio da diferença: de um lado, o par percepçäo-idéia, par nascido no coraçäo de um presente corporal continuo; de outro, o fenômeno da lembrança, cujo aparecimento é descrito e explicado por outros meios. Essa oposi9âo entre o perceber e o lembrar é o eixo do livro matéria/memoria.
Pierre Bourdieu
FICHA DE
LEITURA
AUTOR:
PIERRE BOURDIEU
O estudo
do estruturalismo crítico‚ dominado por Pierre Bourdieu.
O campo
sociologico na França pode ser definido por 4 escolas contemporâneas e apoia-se
sobre duas escolhas.
1ø) Ou
ela acentua a logica do sistema
2ø) Ou
ela acentua o projeto do autor.
Além
disso ela insiste:
a) ou
sobre a integração do campo social
b) sobre
o conflito
Assim
temos:
1ø
SISTEMA E INTEGRA€AO - racionalismo utilitarista de Raymond Boudon ("La
place du d‚sordre)
2ø)
Sistema e conflito - o estruturalismo critico de Pierre Bourdieu
3ø)
Atores e integra‡„o - analise das estrat‚gias de Michel Crozier e as rela‡”es
internacionais
4ø)
Atores e Conflitos - o estudo dos sistemas de a‡„o e dos movimentos sociais de
Alain Touraine.
A unidade
da sociologia ‚ o conjunto destas rela‡”es portanto pluralidade de orienta‡”es
intelectuais e em cada dominio particular da vida social...as quatro
orienta‡”es principais de analise sociologica devem ser combinadas, segundo
Alain Touraine.
Em 1968 a
sociologia classica se desintegra na Fran‡a e estudos estrat‚gicos crescem
dominados nas teorias e na pratica.
-
estruturalismo critico
-
sociologia da a‡„o
O
pensamento social na Fran‡a foi dividido entre um discurso interpretativo e
critico negando o autor e a mudan‡a e um estudo das formas de transforma‡„o e
renova‡„o da a‡„o social, efeitos do choque provocados pela crise econ“mica e a
domina‡„o da ideologia estruturalista.
Estas
duas correntes s„o finalmente interpenetradas gra‡as a obra de Michal Foucault,
"chefe" deste discurso estruturalista e sensivel aos movimentos
sociais.
+
Raymond Aron
- renascimento de um pensamento politico nas ciˆncias sociais
+
Sociologia
critica de Pierre Bourdieu com a cria‡„o dos Actes de la Recherche en Sciences
Sociales.
Outros
influˆncias, pensadores do periodo estruturalista: Roland Barthes e Claude L‚vi-Strauss
Assim
Bourdieu seria uma destas rea‡”es positivas … crise da sociologia francesa do
descompasso entre os quadros politicos e ideologicos da sociedade francesa e
suas praticas.
Bourdieu
- reconstru‡„o do pensamento sociologico.
O
declinio do funcionalismo portanto, na Fran‡a, coincide com uma crescente
importƒncia da preocupa‡„o com a domina‡„o (60,70). Uma imagem da domina‡„o
centrada num sistema de ordem e de reprodu‡„o do controle social.
Sociologia
quase sempre critica que passa por varias variantes.
Analisa-se
o alto, Estado, para denunciar os mecanismos de integra‡„o e de coer‡„o.
Analisa-se
o baixo, isto ‚, o ponto de vista daqueles que suportam os contr“les sociais e
sofrem esta, digamos, aliena‡„o e submiss„o total ao poder.
A Sociologia
ent„o se quer como recusa … aliena‡„o e designa as marcas desta ordem, os
estigmas, e passa a buscar na maioria silenciosa a palavra.
Existem
duas grandes vertentes desta sociologia:
lø)
interessada nos mecanismos socialmente indeterminados, o que importa ‚ menos os
grupos ou atores sociais mas a situa‡„o de poderes multiplos... Michel Foucault
2ø) liga
a critica de ordem … imagem de uma sociedade estruturada em torno de um
conflito de classes. Esta vers„o pode identificar o Estado … classe dominante
que encontra no aparelho do Estado um meio de assegurar a reprodu‡„o de uma
domina‡„o que se exerce fundamentalmente nas rela‡”es de produ‡„o... Louis
Althusser.
Esta
vers„o pode tamb‚m colocar um acento sobre os mecanismos culturais que
asseguram para al‚m das transforma‡”es que n„o s„o, por sua vez,
negligenciadas, a reprodu‡„o de uma estrutura social ela mesmo imutavel: a
sociologia de Pierre Bourdieu.
Ele,
Bourdieu, insiste sobre as estrat‚gias n„o conscientes dos grupos dos
"corpos" sociais, para controlar as representa‡”es deles mesmos e dos
outros, preocupado que ele esta com os recursos utilizados pelos detentores do
poder simbolico afim de "enganar" suas clientelas sobre a realidade
das mudan‡as politicas.
TRABALHOS
E PROJETOS:
- reunir
os conhecimentos na aparˆncia antag“nicos...
- pratica
cientifica realmente coletiva e portanto unificada:
-
construir os problemas sociologicos em oposi‡„o aos "problemas
sociais": senso comum, jornalismo, politica.
Por
exemplo: culto da obra de arte, numa teoria socilogica da PERCEP€AO artistica
ou escolas, ou literatura, etc.
- Ruptura
com as evidˆncias da sociologia espontƒnea
Para isto
instrumentos+ t‚cnicos e m‚todos especificos de constru‡„o e de analise.
-
Sociologia da cultura, modo de pensamento estrutural cuja fecundidade no campo
da etnologia ja conhecera.
-
Problema da rela‡„o entre a classe marxiana (definida economicamente e o stand
weberiano definido simbolicamente pelo estilo de vida.
Alfred Schutz
AUTOR: SCHUTZ, Alfred.
1899-1959
SCHUTZ, Alfred. Estudios
sobre teoria social. Buenos Aires, Amorrortu editores, 1972.
WAGNER, Helmut R. (Org. e Introduçäo). Fenomenologia e relaçöes sociais. Textos escolhidos de Alfred Schutz. RJ,
Zahar, 1979.
Analises de
Schütz:
GIDDENS, Anthony. Interpretative Soziologie. Frankfunt,
Campus Studium.
Revue Sociétés. n° 0. Revue des
Sciences Humaines e Sociales, Paris. Ed. Masson.
Preocupaçäo
basica:
Explorar a significaçäo do mundo da vida cotidiana, a da experiência do mundo
social, para, a partir daí, considerar a tarefa das ciências sociais.
Preocupa-se
pois com o significado imprimido à açäo social na vida cotidiana, da mesma
forma que Berger e Luckman (1973) e os interacionistas simbolicos.
Toda
sociedade ou grupo apresenta um modo caracteristico e especifico de construir e
definir a realidade que os cerca. Essa cosmovisäo particular esta sedimentada
em um esquema de TIPIFICAÇOES e RELEVANCIAS SOCIAIS, traduzidas por exemplo em
instituiçöes e papéis socialmente prescritos que ordena e confere sentido às
inumeras experiências travadas na atividade cotidiana. (T.S. 1980: 26).
Alfred Schütz é hoje considerado como um dos teóricos dos
mais importantes da sociologia compreensiva. Max Weber emprega o termo
(Verstehen) para afirmar que a sociologia deve procurar compreender a atividade
social subjetivamente significativa (ver Economia
e sociedade). A sociologia compreensiva se extende hoje tanto à SOCIOLOGIA
DO COTIDIANO que a ETNOMETODOLOGIA, duas correntes de pesquisa que portam sobre
as caracteristicas da INTERAÇAO SOCIAL e säo de uma real atualidade. Schütz
toma por ponto de partida os trabalhos de Weber. O primeiro e o unico livro de
Schütz Der sinhafte aufbau der sozialen
welt, eine einleitung in die verstehende soziologie, foi publicado em 1932
em Viena onde ele vivia. O autor estuda numa perspectiva fenomenologica os
problemas da compreensäo, da significaçäo e da açäo: ele
os liga estreitamente aos fatos de consciência e sublinha que tanto o
conhecimento que a açäo säo essencialmente intersubjetivos. Ao sujeito da açäo
humana, Schütz observa por exemplo - em analisando em relaçäo ao tempo - que um
individuo näo pode interpretar a significaçäo de seus proprios atos enquanto
eles estäo acontecendo (sendo desenvolvidos), mas os compreender unicamente em
relaçäo ao passado e ao futuro.
Esta compreensäo coloca em jogo o que o levou a agir TEORIA
DA MOTIVAÇAO. O que fica claro quando trata dos aspectos ativos e dinâmicos do
MUNDO DA VIDA COTIDIANA, quando trata dos problemas da açäo humana. Ver
capitulos referente a "Açäo no mundo da vida" in WAGNER, H. que explica p. 27, que Schütz explica 3
termos CONDUTA para designar experiências ativas em geral, significativas, de
fato ou em potencial; AÇAO, para designar a conduta "idealizada com
antecedência"; e TRABALHO, termo referente à açäo planejada....
WAGNER, p. 27. - "Se investigarmos os impulsos
subjetivos por trás da açäo humana, vamos encontrar a teoria da motivaçäo de
Schütz. Nesse campo, devemos-lhe uma contribuiçäo da maior importância: a
revelaçäo do duplo carater da motivaçäo. Por um lado, os homens agem em funçäo
de motivaçöes dirigidas a objetivos, que apontam para o futuro. Schutz as
denominou "motivos a fim de".
Por outro lado, os homens têm razöes para as suas açöes e preocupam-se com
elas. Essas razöes estäo enraizadas em experiências passadas, na personalidade
que um homem desenvolveu durante sua vida. Schutz as denominou motivos por que."
Schutz - os signifcados subjetivos das motivaçöes devem ser
claramente diferenciados de sues signifcados objetivos.
Motivos a fim de - essencialmente
subjetivos
Motivos por que - enquanto agem,
näo estäo cosnciente de seus motivos por que, só os pode entender em
retrospectiva, num ato de reflexäo, que pode ocorrer, mas näo necessariamente,
depois de terminado o ato. Por outro
lado, mesmo um observador pode ser capaz de recosntituir os "motivos por
que" de um ator, com base no ato consumado. Consequentemente, diz Schutz,
esse tipo de motivo é essencialmente objetivo." (WAGNER p. 27)
O intérprete pode interpretar o ato de uma outra pessoa
(ALTER EGO) enquanto esta acontecendo. Tem-se a possibilidade de compreender no
seu decorrer mesmo em relaçäo ao outro , uma AÇAO
que näo se pode compreender antes nem depois em relçäo a si mesmo. De qualquer forma esta experiência do outro
näo nos é acessivel que por que é face a face e conditua (durée) e ela sera
interpretada para nos em funçäo de nossas experiênciass habituais em
circunstâncias similares.
Schutz pode assim retomar o conceito de IDEAL TIPO de Weber
em mostrando que uma TIPIFICAÇAO está na base de todas as interaçöes sociais
que acontecem. A tipificaçäo inicia com a passagem da experiência social
diereta a uma experiência indireta. Alias, é aqui mesmo que se percebe o
procedimento dos pespquisadores de ciênciais sociias, que deve responder entre
outraos qos critérios especificos de uma demanda cientifica. Nesta perspectiva,
uma ciência social é um contexto de significaçäo objetivo construido a partir
de contextos de significaçäo subjetivos, mas que se refere a estes segundo
modalidades particulares.
O argumento que Schutz desenvolve a proposito da distinçäo
entre significaçäo subjetiva e objetiva visa sobretudo a conciliar a
subjetividade com uma aproximaçäo cientifica, em tomando por ponto de partida a
experiência do senso comum. No conjunto o livro de Schutz representa um exame
critico e uma elaboraçäo, a partir das idéias e dos métodos centrais da
fenomenologia husserliana, dos conceitos da sociologia compreensiva xeberiana.
Estas analises modificam o senso da filosofia fenomenologica. A impossibilidade
de funda a intersubjetividade no EGO transcendental conduz Schutz a ver nesta
intersubjetividade uma faticidade primeira, uma experiência do mundo social que
näo é redutivel às analises reflexivas de uma filosofia transcendental.
Schutz
sustenta que na atitude natural do ator pressupöe a existência de semelhantes
inteligentes, pelo qual os objetos do mundo säo acessiveis ao conhecimento.
Aspectos
centrais: intersubjetidade / interaçäo
As bases
especificas da intersubjetividade:
a) A reciprocidade
de perspectivas
b) a origem social
do conhecimento
c) a distribuiçäo
social do conhecimento
L'EPOCHE DE L'ATTITUDE NATURELLE: o homem nas suas
interaçöes cotidianas suspende toda duvida que o mundo possa ser diferente do
que é. Uma tarefa das ciência sociais é justamente xplorar as modalidades desta
atitude natural, e de articular os diferentes niveis de compreensäo e da
significaçäo que estäo ligadas.
Schutz - näo ha
realidade alguma como dada (Parsons)
A
autoconsciencia existencial da fenomenologia sociologica - construçäo cotidiana
da realidade pelos atores
Obra: corrente
fenomenologica em Sociologia
Para ele
Sociologia convencional difere da fenomenologia
carater dado da realidade social, näo
discute
carater objetivo natural
O
MUNDO SOCIAL E A TEORIA DA AÇAO SOCIAL.
INFLUENCIAS
RECEBIDAS:
HUSSERL
- ciência do espirito, descrever os fenômenos da consciência e mostrar como se
constitui, negando qualquer determinaçäo da experiência por razöes internas ou
externas.
Schutz enviou um exemplar de seu livro à Husserl que o
convidou para assisti-lo, Schutz recusa o convite.
Schutz foi aluno de Husserl em Freibourg. Ele deixa Viena em
1939 para Nova York apos breve estada a Paris. Nos EUA, nova carreira. Em 1952
é professor na New York Scholl for Social Research à Nex York.
WEBER
- conceitos de conhecer e de açäo social: (Wagner p. 209). Para Max Weber um
relacionamento social é "a conduta de uma pluralidade de pessoas que, de
acordo com seu significado subjetivo, estäo mutuamente interessadas umas nas
outras e se orientam em virtude desse fato"...
Conhece
e açäo social: estes devem ser completados por um exame fonomenologico do mundo
da vida a fim de esclarecer os procesos de elaboraçäo da realidade social por
parte dos atores. O objeto de estudo seria o mundo social, ...
Schutz,
quando Weber define como tarefa da Sociologia a interpretaçäo da açäo social,
Schutz esclarece que Weber näo se pergunta como se OCNSITUI, o significado da
açäo de um ator, o que modificaçöes sofre este significado para os
participantes da açäo no mundo.
Para
Weber - a toda açäo, conduta, é atribuido um significado subjetivo..
Schutz
- a açäo social para ser social deve basear-se em açäo, interaçäo,
reciprocidade... Weber reduz todas as classes de relaçöes e estruturas sociais,
todas as objetividades culturais, todos os dominios do espirito objetivo , as
formas elementares de conduta individual. Ele näo estabelece diferença entre o
significado do produtor de um objeto cultural e o significado do objeto
produzido, entre o significado de minha propria açäo e o significado da açäo do
outro, entre minha propria vivência e a do outro, entre minha compreensäo do EU
mesmo e a que tenho da OUTRA pessoa.
Schutz
- começa revisando o conceito basico de sociologia compreensiva de Max Weber,
tomando seus conceitos como compreensäo direta e compreensäo motivacional,
significado subjetivo e objetivo, açäo significativa e conduta significativa.
Faz a critica e supöe que näo é possivel
asceder a compreensäo motivacional apenas com base na observaçäo da açäo, mas
que requer conhecer algo do passado do ator e do futuro deste. O conheciemnto
do passado do ator permite juntar a açäo a um contexto significativo inteligivel.
Schutz propoe uma recisäo desta discussäo da açäo social e propöe formas como a
açäo social devevia ser compreendida.
Para
Schutz, Weber confundiu o fim com o motivo, que pode referir-se tanto a açäo em
curso como a açäo como ato constituido. Schutz trata de resolver tal
ambiguidade ao trabalhar a açäo social como atividade orientada verso o futuro
e que portanto envolve sempre um PROJETO.
BERGSON
- autor de Matière et mémoire, filosofo da vida psicologica. Trabalha com
conceitos de memoria, tempo, devir, élan vital, energia.
Segundo
Ecléa Bosi "Memoria e sociedade", Bergson persegue uma rica
fenomenologia da lembrança, bem como uma série de distinçöes de carater
analitico. Matière et mémoire, conscitui o centro dos debates sobre tempo e
memoria, ....liames que unem a lembrança à consciência atual e, por extensöa, a
lembrança ao corpo de idéias e representaçöes que se chama, hoje,
correntemente, "ideologia".
Indagaçäo
de auto-analise voltada para a experiência da percepçäo: O QUE PERCEBO EM MIM QUANDO
VEJO AS IMAGENS DO PRESENTE OU EVOCO AS DO PASSADO? Percebo, em todos os casos,
que cada imagem formada em mim esta mediada pela imagem, sembre presente, do
meu corpo. O sentimento difuso da propria corporeidade é constante e convive,
no interior da vida spicologica, com a percpecçäo do meio fisico ou socila que
circunda o sujeito. Bergson observa, também, que esse presente CONTINUO se
manifesta, na maioria das vezes, por movimentos que definem açöes e reaçöes do
corpo sobre o seu ambiente.... Nexo entre IMAGEM DO CORPO e AÇAO. (Bosi p. 6).
p. 6.
ESQUEMA
MOTOR -
Quando o trajeto é de ida e volta
IMAGEM-CEREBRO-AÇAO
ESQUEMA
PERCEPTIVO -
Quando é só de ida
IMAGEM-CEREBRO-REPRESENTAÇAO
A
percepçäo e, ainda mais profundamente, a consciência, derivam, para Bergson, de
um processo inibidor realizado no centro do sistema nervoso; processo pelo qual
o estimulo näo conduz à açäo retrospectiva...
p. 7.
O CORPO
o
corpo, interposto entre os objetos que agem sobre ele o os que ele influencia,
näo é mais que um condutor, encarregado de recolher os movimentos, e de
transmiti-los, quando näo os detém a certos mecanismos motores, determinados se
a açäo é reflexa, escolhidos se a açäo é voluntaria...
8. percepçäo atual ¥
lembrança - Para Bergson, o
universo das lembranças näo se constitui do mesmo modo que o universo das
percpeçöes e das idéias. Todo o esforço cientifico e especulativo de Bergson
esta centrado no principio da diferença: de um lado, o par percepçäo-idéia, par
nascido no coraçäo de um presente corporal continuo; de outro, o fenômeno da
lembrança, cujo aparecimento é descrito e explicado por outros meios. Essa
oposi9âo entre o perceber e o lembrar é o eixo do livro matéria/memoria.
WILLIAM JAMES
MAX XHELER
JOHN DEWEY
GEORGE HERBERT MEAD
CHARLES HORTON COOLEY
WILLIAM
THOMAS
SCHUTZ
INFLUENCIOU: INTERACIONISMO E ETNOMETODOLOGIA
INTERACIONISMO:
Gofffman "La mise en scène de la vie
quotidienne" - o mundo comparado a um teatro no qual säo distribuidos os
papéis sociais. Percebe-se oposiçäo cena/bastidores, relevaldor dos numerosos
papéis.
Cada
um se inscreve no limite entre o que ele quer ser e o que ele é aos olhos dos
outros, de maneira que a categoria fundamental de interpretaçäo é a INTERAÇAO -
influência reciproca que os partenarios exercem sobre suas açöes respectivas
logo que säo em face a face, onde aparece uma logica da comunicaçäo social,
comparavel a que preside ao ato cênico (+ semiologia).
ETNOMETODOLOGIA:
A etnometodologia recebe grande influência de
A. Schütz e da liguistica. Garfinkel estuda por exemplo o consenso implicito, o
"näo dito" que permite entretanto aos interlocutores de se
entenderem.
O que
o etnometodológico entende por LINGUAGEM NATURAL näo é um estudo semântico,
apesar da influência da linguistica, mas a observaçäo e a analise dos sistemas
de praticas sociais regidas por regras tal como na gramatica. Näo se trata de
uma sociologia fenomenologica, o mundo exterior näo é negado mas ele nâo pode
ser visto e interpretado que pelos individuos que o compöem. Os fatos sociais
säo estudados näo apenas do exterior, mas tais quais como säo vividos. Trata-se
de uma interaçäo dialética. Os atores sociais säo os agentes do sistema que
eles estäo submetidos e produzem, de onde a importancia do termo criatividade.
O essencial säo as normas em vigor ou a usagem destas normas é um processo
misterioso, que cada um adapta a cada situaçäo. Para Garfinkel, ocorre o tempo
todo atividades sociais fundamentais, mas elas säo dificeis de serem
descobertas. A etnometodologia propöe uma aproximaçâo dos fundamentos da ordem
social. (GRAWITZ p. 153/4)
WAGNER,
Helmut R. (Org. e Introduçäo). Fenomenologia
e relaçöes sociais. Textos escolhidos de Alfred Schutz. RJ, Zahar, 1979.
Filosofia
de Husserl -
Em
1932 publica A construçäo significativa da realidade social.
7. II PONTOS DE PARTIDA
HUSSERL
- criar uma filosofia sem pressuposiçöes. Seu ponto de partida irredutivel säo
as experiências do ser humano consciente, que vive e age em um
"mundo" que ele percebe e interpreta e que faz sentido para ele....
9.
WEBER, bases sociologicas.
CAPITULO
9. COMUNICAÇAO ENTRE PESSOAS
201.
Comunicaçäo oral.
As
açöes sociais envolvem comunicaçäo, e qualquer comunicaçäo é necessariamente
fundamentada em atos de trabalho. para me comunicar eu desempenho atos abertos
para o mundo exterior que seräo supostamente interpretados pelos outros como
signos do que quero transmitir. Gestos,
fala, escrita, etc.... estäo baseados em movimentos corporais. Até aqui se
justifica a interpretaçäo behaviorista da comunicaçäo... (eu: Para além disso )
p. 202 Nós dois, eu e o outro, vivenciamos o processo de comunicaçäo em curso
num presente vivido. Ao articular seu pensamento quando fala em frases, o
comunicador näo vivencia apenas aquilo que de fato diz, um complicado mecanismo
de retençöes e antecipaçöes liga, dentro de sua corrente de consciência, cada
elemento de sua fala aquilo que precedeu e ao que vai se seguir à unidade de
pensamento que ele quer transmitir. Todas essas experiências pertencem ao seu
tempo interior. E existem, por outro lado, as ocorrências do seu falar, que ele
traz para o tempo espacializado do mundo exterior. Em suma, o comunicador
vivencia o processo de coumnicaçäo em curso como um "trabalhar no seu
presente vivido".
202 E
eu,
202
Consideremos
202.
EXPRESSAO GESTICULADA
203.
temos de considerar as funçöes especificas dos movimentos corporias do outro,
enquanto campo de expressäo aberto à interpretaçäo, como signos do pensamento
do outro.
... A
comunicaçäo de espaço permite ao parceiro apreender as expressöes corporais do
outro näo apenas como eventos no mundo exterior, mas como fatores do proprio
processo de comunicaçäo, embora elas näo se originem de atos de
"trabalho" do comunicador.
203.
PRESENTAÇAO VISUAL.
204 o
que é apresentaçäo simbolica
A
comunicaçäo por meio de gestos expressivos e miméticos näo teve até agora a
atençäo merecida dos semânticos.
Gestos
expressivos - cumprimentar, homenagear, aplaudir, mostrar desaprovaçäo, gestos
de rendiçäo, de concessäo de honras, etc.
Gestos
miméticos - traços de presentaçäo pictorica ou, mais precisamente, similaridade
com o objeto descrito, com a estrutura de tempo da fala.
205.
COMUNICAAO MUSICA: COMPOSITOR E ESPECTADOR
... a
rede de conhecimento socialmente constituido e aprovado é apenas o cenário do
relacionamento social principal dentro do qual o nosso pianista (e qualquer
ouvinte) vai entrar: o relacionamento com o compositor da sonata. É o captar do pensamento musical do
compositor e sua interpretaçäo através da recriaçäo que se situam no centro do
campo da consciência do pianista ou, usando um termo fenomenologico, que se
torna TEMATICO para a sua atividade em curso.
Nucleo
tematico - aparece contra o fundo de conhecimento pré-adquirido, o qual
funciona como um codigo de referência e interpretaçäo para a captaçäo do
pensamento do compositor.....
Agora
- estrutura desse relacionamento social entre o compositor e espectador (o que
toca, o que ouve, etc)...
206
para os nossos propósitos, uma peça musical pode ser definida - de forma muito
grosseira e hipotética - como um arranjo interior, na durée de Bergson, que é a forma mesma da existência da musica. O
fluxo de tons que se desenrola no tempo interior é um arranjo significativo
para ambos, o compositor e o espectador, porque e na medida emq ue evoca, na
corrente de cosnciência que dele participa, um jogo cruzado de lembranças,
retençöes, portensöes e antecipaçöes que interligam os elementos sucessivos....
207
embora separa no tempo e no espaço, o espectador participa quase que
simultanemante da corrente de cosnciência do primeiro, desempenhando com ele,
passo a passo, a articulaçäo em curso de seu pensamento musical. ... esta dimensäo de tempo comum a ambos, é
uma forma derivada do presente vivido compartilhado pelos parceiros numa
relaçäo face a face genuina, tal como a que existe entre falante e ouvinte.
207 No
entanto, o significaod de um trabalho musical é, em essência, de estrutur
aplitética. Näo pode ser captado monoteticamente. Consiste na ocorrência
articulada no tempo interior, passo a passo, do processo de constituiçäo
politética propriamente dito....
208
Temos, portanto, a seguinte situaçäo: duas séries de eventos no tempo interior,
uma pertencente à corrente de cosnciência do compositor, a autra à corrente de
conscência do espectador, säo vivenciadas simultanemaente, simultaneidade essa
que é criada pelo fluxo em curso do processo musical. A tese do presente
trabalho é que essa participaçäo no fluxo de experiências no tempo interior do
outro, essa vivência de um presente vivido em comum constitui o relacionamento
de AFINAMENTO mutuo, a expriência do NOS, que esta na base de toda comunicaçäo
possivel....
processo
musical - carater politético do conteudo comunicado
208
COMUNICAÇAO MUSICAL: EXECUTANTE E OUVINTE
o
executante do processo musical participa da corrente de cosnciência do
compositor tanto quanto da do ouvinte. Ele possibilita ao ouvinte mergulhar na
articulaçäo particular do fluxo de tempo interior que é o significado
especifico da peça musical em questäo.
209
enquanto dura o processo musical, executante e ouvinte estäo envelhecendo
juntos ... pela co-execuçäo simultanea das etapas politéticas através das quai
so conteudo musical se articula no tempo interior. Ja que, contudo, toda
execuçäo, enquanto ato de comunicaçäo, baseia-se numa série de eventos no mundo
exterior - em nosso caso, o fluxo de sons audivel - pode-se dizer que o
relacionamento social entre executante e ouvinte baseia-se na experiência comum
de viver simultanemente em diversas dimensöes de tempo.
209. COMUNICAÇAO
MUSICAL: FAZER MUSICA EM CONJUNTO
210
mesmo que o ouvinte näo execute a musica, pois sua atividade é apenas interna,
implica em uma açäo que envolve a açäo de outros e que é orientada com relaçäo
a elas, em seu curso, sem duvida uma açäo social para Weber.
O
executante näo so tem que interpretar a sua parte que num conjunto permanece
fragmentada, como tb. antecipar a interpretaçäo do outro do outro
instrumentista da sua - do outro - parte e , ainda mais, as antecipaçöes do
outro de sua propria execuçäo. A
liberdade é restrita, cada um tem de prever, ao ouvir o outro, por portensöes e
antecipaçöes, qualquer rumo que a interpretaçäo do outro possa tomar, e tem de
estar preparado, a qualquer momento, para ser lider ou seguidor.
Ambos
compartilham näo apenas a DUREE interior, na qual o conteudo da musica tocada
se atualiza, cada um simultaneamente compartilha no presente vivido a corrente
de consciência do outro em imediatidade. Isso é possivle porque fazer musica me
cojunto ocorre dentro de um relacionamento face a face verdadeiro - na medida
em que os participantes estäo compartilhando näo só uma seçâo de tempo, mas
também um setor de espaço. As expressöes faciais do outro, seus gestos ao
manejar o instrumento, em resumo todas as atividades da execuçäo, afetam o
mundo exterior e podem ser captadas pelo parceiro em imediatidade.
211 o
sistema de notaçäo musical é apenas um dispositivo técnico acidental para o
relacionamento social que prevalece entre os executantes. Esse relacionamento
social se fundamenta no compartilhar comum de dimensöes de tempo diferentes
siumtaneamente vividas pelos participantes. De um lado, ha o tempo interior em
que se desenrola o fluxo dos eventos musicais, uma dimensëo em que cada
executante recria, em etapas politéticas, o pensamento musical do compositor
(finalmente anônimo) e através da qual ele se liga também ao ouvinte. De outro,
fazer musica em grupo é um evento no tempo exterior, pressupondo também um
relacionamento face a face, isto é, uma comunidade de espaço, e é essa dimensäo
que unifica os fluxos de tempo interior e garante sua sincronizaçäo num
presente vivido.
212.
AFINAÇAO
PARECE
QUE TODA COMUNICAO possivel pressupöe um relacionamento de afinaçäo mutua entre
o comunicador e o receptor da comunicaçäo. Esse relacionamento se estabelece
através do compartilhar reciproco do fluxo de experiências do tempo interior do
outro, através de vivenciar um presente vivido junto, através de vivenciar esse
conjunto como um NOS. Somente dentro
dessa experiência é que a conduta do
outro se torna significativa para o parceiro a ele afinado - isto é, o corpo
CAPITULO
10: RELAÇOES SOCIAIS INDIRETAS
I.
RELACIONAMENTOS MEDIATOS: CONTEMPORANEOS.
RELACIONAMENTOS DERIVADOS a carta escrita, o livro impresso, existe um
determinado "quase presente" no qual interpreto apenas o resultado da
comunicaçäo do outro ... sem ter participado do curso do processo dos atos de
comunicaçäo. , ha outras dimensöes de tempo em que estou ligado com
contemporaneos que nunca conheci ou predecesores ou sucessore; outra, o tempo
historico em que vivencio o presente ral como resultado de eventos passados; e
muitas outras. Todas essas perspectivas
de tempo podem ser associadas a um presente vivido: o meu proprio, atual
ou anterior, ou o presente atual ou anterior de meu semelhante, com quem, por
sua vez, estou ligado num presente vivido originario ou derivado, e tudo isso
em diferentes modos de potencialidade ou quase-atualidade, cada tipo com suas
formas proprias de diminuiçäo e aumento de tempo e seu estilo particular de
passar por elas...
214.
Multiplas como säo, essas diferentes perspectivas de tempo e suas relaçöes
mutuas, todas elas, se origienam numa interseçäo da durée com o tempo cosmico.
214 Da experiência social direta à indireta
216 Regiöes de anonimato
situaçäo
face a face, situaçäo que envolve meros contemporaneos.... nesta relaçöes com
os outros eu viajo por "regiöes" l) aquelas pessoas que conheci face
a face e posso encontrar de novo; 2) pela regiäo daqueles que a pessoa com quem
estou conversando agora ja conheceu, 3) a regiäo daqueles que ainda säo puros
contemporaneos mas que vou encontrar 4) aqueles contemporaneos de cuja
existência sei, näo como individuos concretos, mas como pontos no espaço
social, definidos por sua funçäo 5) essas entidades coletivas cuja funçäo e
organizaçäo conheço, embora näo seja capaz de nomear qualquer de seus membros,
tais como o Parlamento canadense; 6) entidades coletivas que säo por sua
propria natureza anônimas e das quais, em principio, eu nunca poderia ter
experiência direta, tais como "Estado" e "naçäo", 7) configuraçöes objetivas de significado que
foram instituida no mundo de meus contemporaneos e que vivem um tipo anônimo de
vida propria, tais como as claususlas de comércio entre os Estados e as regras
da gramatica francesa e 8) artefatos de qualquer tipo, que carregam testemunho
do contexto de significado subjetivo de alguma pessoa desconhecida...
Quanto
mais longe vamos no mundo dos contemporaneos, mais anônimos seus habitantes se
tornam, a começar pela regiäo mais interna, onde eles quase podem ser vistos, e
terminando com a regiäo onde eles säo, por definiçäo, eternamente inacessiveis
à experiência.
217. Experiência mediata de contemporaneos.
ele
vai explicando os tipos de relacionamento no mundo de contemporaneos, na medida
em que examina-se os modos como o mundo de contemporaneos é constituido é
preciso perceber as modificaçöes dos conceitos de "orientaçäo para o
OUTRO" e "relacionamento social". Essas modificaçöes säo necessaria spelo fato
de que o contemporaneo só é acessivel indiretamente e suas experiências
subjetivas só podem ser conhecidas na forma de tipos gerais de
experiência subjetiva.
face a
face - momento unico de experiência. Enquanto esse relacionamento do NOS
permanece intacto, estamos abertos e acessivie s ao sAtos intencionais um do
outro. Durante um pequeno periodo de tempo envelhecemos juntos, vivenciando o
fluxo de consciência um do outro numa espécie de posse mutua intima.
quando
vivencio você como meu contemporaneo - qaui você näo me é dado de maneira
pré-predicativa, absolutamtne. Nem sequer apreendo diretamente a sua
existência. Relacionamento de NOS indireto, todo o meu conhecimento de você é
mediato e descritivo, neste tipo de conhecimento as suas caracteristicas säo
estabelecidas por mim através de inferência....
218 -
conceito de MEDIATIDADE -
219.
.... Pois o que chamamos de tese geral do ALTER EGO ou, mais precisamnete, que
o TU coexiste comigo e envelhece comigo, só pode ser descoberto no
relacionamento no relacionamento do NOS.
Assim, mesmo nesse caso, só tenho uma experiência indireta do outro eu, baseaa
me experiências diretas passadas ou de um TU em geral ou de um TU em
particular.
219 ORIENTAÇAO PARA ELES Sob essa orientaçäo para o OUTRO indireta
encontraremos as formas usuais da orientaçäo para o OUTRO do comportamento
social e da interaçäo social simples. Chamemos tais atos intencionais dirigidos
para contemporaneos de casos de ORIENTAçAO PARA O ELES, em contraste com a
Orientaçäo para o TU dos atos intencionais da experiência social direta.
220 -
De fato, essas minhas experiência spodem ter sido de mais de uma pessoa. E
podem ter sido de individuos definidos ou de "pessoas" anônimas. É
através dessa sintese de reconhecimento que o TIPO IDEAL DE PESSOA é
constituido.
220.
TIPOS IDEAIS DE PESSOAS - O contexto de significado subjetivo, como instrumento
de interpretaçäo, foi abandonado. Foi substituido por uma série de contextos de
significados objetivos, altamente complexos e inter-relacionados de modo
sistematico. Como resultado disso, da-se o anonimato do contemporâneo, na
proporçäo direta do numero e da complexidade desses contextos de significado.
221. tenho "tipos" por parceiros
anônimos
222. ANONIMATO DO CONTEMPORANEO - A
orientaçäo para o ELES é a forma pura de compreender o contemporâneo de modo
predicativo, isto é, em termos de suas caracteristica tipicas. Atos de orientaçäo para o Eles säo, portanto,
intencionalmente dirigidos em relaçäo a outra pessoa imaginada como se
existisse ao mesmo tempo que se existe, mas concebida em termos de um tipo
ideal.
223. RELACIONAMENTOS ENTRE CONTEMPORANEOS Assim
como os relacionamentos na situuaçäo face a face säo baseados na orientaçâo
para o TU pura, os relacionamentos sociais entre contemporaneos säo baseados na
orientaçäo para o ELES PURA. As a situaçäo agora mudou. Na situaçäo face a
face, os parceiros vêem um ao outro e säo mutuamente sensiveis às reaçöes um do
outro. Näo é esse o caso nos relacionamentos entre contemporaneos. Aqui, cada
parceiro tem de se contentar com a probabilidade de que o outro em relaçäo ao
qual ele esta orientado por meio de um tipo anônimo vai reagir com o mesmo tipo
de orientaçäo. E assim entra um elemento de duvida em todo relacionamento desse
tipo.
225.
Na situaçäo face a face, os parceiros estäo constantemente revisando e
amplicando seu conhecimento um do outro. Isso näo é verdade, no mesmo sentido
do relacionamento do ELES. É verdade que o meu conhecimento do mundo dos meus
contemporaneos esta sendo constantemente ampliado e revisto através de cada
nova experiência, Nâo importa de que parte do mundo social ela possa vir. Além
disso, meus codigo sideais tipicos estaräo sempre mudando de acordo com cada
mudança de minha situaçäo. Mas todas essas modificaçöes aconteceräo dentro de
uma escala muito estretia, enquanto a situaçäo original e meu interesse nela
permanecem razoavelmente estaveis.
226.
II. PREDECESSORES E SUCESSORES
O mundo dos predecessores.
predecessores
- pessoa do passado, mundo do passado, acabado e feito... Posso tomar
orientaçäo (passivaà em relaçäo ao smeus predecessores näo posso influencia-los
- açäo tradicional de Weber.
229. O mundo dos sucessores
mundo
dos consócios livres livre e o mundo dos contemporâneos provavel, o mundo dos
sucessores é completamnte indeterminavel. Nosaa orientaçäo com relaçäo a nosso
sucessores näo pode ir além disso: que vamos ter alguns deles.
230.
Esse mesmo ponto mostra quäo errôneas säo, em principio, todas as assim
chamadas "leis" da historia. Todo o mundo dos sucessore é, por
definiçäo näo-historico e absolutamente livre. Podemos antecipa-lo de um modo
abstrato, mas näo podemos visualizar detalhes especificos. Ele näo pode ser
projetado nem planejado, pois näo tenho nenhum controle sobre os fatores
desconhecidos que interviräo entre a hora da minha morte e a possivel
realizaçäo do plano.
231.
CAPITULO 11
DISTRIBUIÇAO DE CONHECIMENTO
Conhecimento incompleto e fragmentario
Um
traço marcante na vida de um homem no mundo moderno é a sua ocnvicçäo de que o
seu mundo da vida como um todo näo é inteiramente compreendido por ele mesmo
nem é interiramente compreendido por nenhum de seus semhelantes.
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