quarta-feira, 25 de maio de 2016

Cem Pés






Projeto Livre Pensar pela Imagem

A retomada deste projeto neste mês de maio auspicioso não deixa de ser um sinal: o passado passou. Ficou para trás as influencias de mestres doentes e se inicia um novo tempo.
Sei que vai surgir uma pergunta básica aqui: Trata-se de antropologia visual? A resposta é sim e não. Eu explico o que parece ser um relativismo absurdo. Sim porque existe esta influência de saberes acadêmicos no meu trabalho. Só para dar um exemplo sobre o tema: frequentei três vezes a disciplina de “antropologia visual e da imagem” oferecida na Universidade. NÂO porque eu não estou praticando o que preconizaram os doutos no assunto. O tipo de trabalho que é desenvolvido lá não cabe aos meus anseios intelectuais. O que fazem lá é exercício de poder. Tal qual aquela atividade nos jardins do Vale. Aquilo com nome de “aula aberta” também é exercício de poder. Voltando para a periferia.
O Projeto Livre Pensar pela Imagem está livre do “ranço acadêmico”, pois não vem atrelado as hipocrisias do sistema institucional legal de uma “Instituição Total” (GOFFMAN, 1983). Eles estão doentes. Seriamente doentes. Possuem corpos e mentes abalados pelo “Medo”. A menção a este sentimento não tem nada a ver com aquela pesquisa que participei em tempos idos. Aqui refiro “Medo” como combustível do sistema capitalista (MARX, 1838). Além disso, o medo da escassez conforme trabalhado por Sri Prem Baba também é válido neste contexto. Eu vou retomar depois esta questão do medo para explicar de onde foi copiado a tal “Cultura do Medo” (pesquisa desenvolvida pelo NUPECS). O tema é complexo e não posso desenvolvê-lo aqui onde o foco é o trabalho com a imagem enquanto ferramenta intelectual de se processar um entendimento razoável do sistema social vigente.
O que você vai encontrar aqui no Projeto Livre Pensar pela Imagem? Um esforço de análise que trabalha baseado na contemplação (não drogada) da realidade que nos cerca. Um exercício intelectual que capta a imagem. Processa este material com os recursos da micro informática (ferramentas eletrônicas). Produz peças relacionais em forma de imagens fotográficas e videográficas, além de alguns arquivos de áudio acessórios. É claro que também tem risco e rabisco no papel. Diário de campo no bloco de notas carregado no bolso do casaco de sempre, entre outros recursos inomináveis. Publicações também ocorrem e ocorrerão no âmbito do Projeto Livre Pensar pela Imagem, mas não são fundamentais para o mesmo. Grande parte do material não vai ser “compartilhado” para o grande público neste momento.
         Fica o convite para você acompanhar e apreciar o trabalho, na medida em que o mesmo for disponibilizado publicamente. Existe a possibilidade da intervenção do público leitor com críticas e contribuições. Especialmente através do uso da internet e suas ferramentas maravilhosas de conexão entre as pessoas mundo a fora. Obrigado pela vossa atenção.
Projeto Livre Pensar pela Imagem

Jacques Jacomini (autor)

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