Noventa e Nove
Prezados Senhores
Eis que se faz necessário uma nova
transmissão de dados. Noventa e nove.
O que era aquilo na praça? Eu assisti e
fiquei plasmado. Ao que tudo indica trata-se de um ritual fúnebre. Enterro de
um tempo em que mandatários ébrios “pilaram” os recursos públicos do condado. A
verdade é que ainda tem muito ouro enterrado, mas tudo virá a tona, pois ébrios
e superébrios haverão de cair na malha fina do sempre.
A esta altura do texto já ouço
xingamentos de todos os lados. Sigo mais um pouco. Estava na vitrine e veio o
jornaleiro com um monte de panfletos. O que era aquilo? Jornal? Não! Panfleto
com nome de jornal. Existe jornal sem editorial? Só em Viamão. E por falar na
Cidade de Viamão, amanhã tem mais uma promoção do ovo. O meu texto é autoral.
Não falo em nome do patrão. Não sou o teu escravo e não estou atrelado a nenhum
insano letrado. Doutores decadentes em meio a fumaça vivem na academia. Eu vivo
no vale com perfume de lilás e água mineral.
A sexta-feira precede mais uma aleluia
e o padre conta as suas moedas. O certo é que haverá muito trabalho para a
foice amanhã. Cai, cai balão. Cai, cai balão (...) Queima Babilônia. Queima!
Aleluia, glória aos meus deuses e
deusas. Assisti um trecho daquela transmissão que vinha lá do Caminho do Meio.
Passei mal. Tão desimportante, quanto os demais. São tempos difíceis estes
vividos aqui no vale. Sem dúvida que desmoronamentos estão prestes a corroer as
bases sólidas de verdades de papel.
Obrigado pelo teu interesse. Você que
leu até aqui (o meu texto) não pertence aos noventa e nove. Um (por cento)
somos eu e você. Letra por letra de coração para coração.
Namastê.
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