quinta-feira, 5 de maio de 2016

Noventa e nove







Noventa e Nove

Prezados Senhores

Eis que se faz necessário uma nova transmissão de dados. Noventa e nove.
O que era aquilo na praça? Eu assisti e fiquei plasmado. Ao que tudo indica trata-se de um ritual fúnebre. Enterro de um tempo em que mandatários ébrios “pilaram” os recursos públicos do condado. A verdade é que ainda tem muito ouro enterrado, mas tudo virá a tona, pois ébrios e superébrios haverão de cair na malha fina do sempre.
A esta altura do texto já ouço xingamentos de todos os lados. Sigo mais um pouco. Estava na vitrine e veio o jornaleiro com um monte de panfletos. O que era aquilo? Jornal? Não! Panfleto com nome de jornal. Existe jornal sem editorial? Só em Viamão. E por falar na Cidade de Viamão, amanhã tem mais uma promoção do ovo. O meu texto é autoral. Não falo em nome do patrão. Não sou o teu escravo e não estou atrelado a nenhum insano letrado. Doutores decadentes em meio a fumaça vivem na academia. Eu vivo no vale com perfume de lilás e água mineral.
A sexta-feira precede mais uma aleluia e o padre conta as suas moedas. O certo é que haverá muito trabalho para a foice amanhã. Cai, cai balão. Cai, cai balão (...) Queima Babilônia. Queima!
Aleluia, glória aos meus deuses e deusas. Assisti um trecho daquela transmissão que vinha lá do Caminho do Meio. Passei mal. Tão desimportante, quanto os demais. São tempos difíceis estes vividos aqui no vale. Sem dúvida que desmoronamentos estão prestes a corroer as bases sólidas de verdades de papel.
Obrigado pelo teu interesse. Você que leu até aqui (o meu texto) não pertence aos noventa e nove. Um (por cento) somos eu e você. Letra por letra de coração para coração.

Namastê.

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