- Notas
de Aula -
“Nenhum objeto, nenhuma coisa é ou tem movimento na
sociedade humana, exceto pela significação que os homens lhe atribuem.” Marshall Sahlins
Os sistemas alimentares, de vestuário, publicitário, entre
outros possuem processos dinâmicos de significação que lhe atribuem sentido,
segundo o contexto social e cultural em que estão inseridos.
Marshall Sahlins exemplifica este pressuposto teórico citando
“A preferência de comida e o tabu nos animais domésticos americanos.” O
objetivo do autor é demonstrar que existe a presença de uma razão cultural em
nosso hábitos alimentares, fato que determina a nossa relação de forma
diferenciada com diversos tipos de animais (cavalos, cachorros, porcos e bois),
por exemplo. Para este caso, segundo o nosso código cultural
(Americano-Contemporâneo-Capitalista), entendemos que não devemos consumir
carne de cachorros, pois o concebemos como “o melhor amigo do homem”. O
cachorro é geralmente escolhido como uma animal de estimação das famílias,
possuindo nome e toda uma relação afetiva com os seus donos e outros seres
humanos que o cercam. Em outras culturas, existem outros animais que ocupam
este espaço simbólico entre as pessoas, porém, entre nós, como destaca Sahlins,
“A América é a terra do cão sagrado.”
O Campo da moda é um outro exemplo utilizado em alguns
estudos para confirmar o que havíamos afirmado no início: Os sistemas
alimentares, de vestuário, publicitário, entre outros possuem processos
dinâmicos de significação que lhe atribuem sentido, segundo o contexto social e
cultural em que estão inseridos. Sobre o campo da moda, Alexandre Bergamo
destaca: “O Sentido da moda está em que a roupa significa algo, e esse
significado, além de diferir em função do grupo pesquisado e de sua posição no
interior da estrutura social, imprime e direciona diferentes condutas para
esses diversos grupos sociais.”
O consumo e a produção dos bens estão inseridos nesta lógica
de significação cultural, ou seja, “a produção é algo maior e diferente de uma
prática lógica da eficiência material. É uma intenção cultural.” Sahlins
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