Livro e Literatura. Ciências Sociais. Antropologia. Sociologia. Porto Isabel. Viamão. Rio Grande do Sul. Brasil.
quarta-feira, 21 de maio de 2014
ESTUDO ANTROPOLÓGICO DE ITINERÁRIOS URBANOS, MEMÓRIA COLETIVA E FORMAS DE SOCIABILIDADE NO MUNDO URBANO CONTEMPORÂNEO.
UFRGS -
IFCH - PPGAS - NUPECS
Projeto Integrado CNPq:
ESTUDO ANTROPOLÓGICO DE ITINERÁRIOS URBANOS, MEMÓRIA COLETIVA E FORMAS DE
SOCIABILIDADE NO MUNDO URBANO CONTEMPORÂNEO.
PALAVRAS CHAVES
- Definições
Agressividade
O termo deriva do verbo aggredi, atacar, e indica tendência dos
seres vivos ao comportamento de ataque ante outros seres, objetos ou situações.
A verificação
desta tendência e de seu alcance na determinação do comportamento humano coloca
uma série de problemas psicológicos e derivadamente sociológicos e
antropológicos sobre os quais ainda não há consensos significativos.
Atualmente,
as principais divergências teóricas acerca da natureza da agressividade giram
em torno de sua: a) origem (inata ou aprendida); b) extensão (intra-específica
e/ou interespecífica); c ) determinação (disposicional ou reaciona); d)
finalidade (defensiva ou destrutiva).
Quanto à
origem inata ou aprendida da agressividade a discussão consiste em considerá-lã
como um instinto ou como uma forma mais ou menos permanente de conduta
aprendida.
ALCOOLISMO
É um quadro
sintomático caracterizado pelo desejo quase irressistível de ingerir bebidas
alcóolicas. Este desejo é tão intenso que o doente recorre a todos os
subterfúgios para obter a bebida, chegando a ingerir álcool puro. Assim, é
óbvio que o alcoolismo crônico tem seu fundamento num transtorno básico da
personalidade.
ANSIEDADE
Ansiedade
pode ser definida como uma reação de apreensão que vai do mal-estar ao pânico
total, precedida de uma ameaça simbólica ou real que o indivíduo percebe de maneira vaga e à qual reage numa
intensidade que tende a ser desproporcionada.
BANDITISMO
Tipo de
delinqüência comum às sociedades rurais de cultura tradicional e que consiste
no aparecimento de bandos armados que saqueiam, seqüestram e assaltam
viajantes, citadinos, representantes do Estado ou das camadas altas da
sociedade, invadem vilas, povoados e até cidades, mas evitam molestar membros
das comunidades rurais que muitas vezes os ajudam, protegem e até os idealizam
como heróis.
CATOLICISMO
Comunidade e
associação universal dos que seguem a religião católica cristã; crença da
igreja católica.
CÓDIGO
Um “conjunto
finito de signos simples ou complexos, relacionados de tal modo que estejam
aptos para a formação e transmissão de mensagens” é uma das definições de código dada por C. A
. Rabaça e G. Barbosa em seu dicionário de comunicação (Rio de Janeiro,
Codecri, 1978)
COMÉRCIO
O comércio é
tão antigo quanto a história do homo sapiens sobre o ecúmeno terrestre, pois é
revelador do homem como ser contingente e, por isso mesmo, interdependente no
contexto sócio-cultural em que vive, interage e cria cultura no sentido
histórico.
O comércio é
uma forma de interação por troca de mercadorias e serviços entre pessoas, entre
grupos e entre nações; modernamente até entre espaços políticos e econômicos
integrados por convenção entre as partes.
CONFLITO
O termo
conflito pode ser definido como “ uma luta por valores e reivindicações de
status, poder e recursos escassos, em que o objetivos dos oponentes consiste em
neutralizar, lesionar ou eliminar os rivais” (COSER, L. A . The Functions of social conflicts. Glencoe,
III. , Free Press, 1956. P. 8)
CONSUMO
Não se pode
dar uma definição única de consumo, pois há pelo menos quatro acepções do termo
nas ciências sociais.
I – Consumo pode ser considerado “o fim e o objetivo único de toda
produção”;
II – O Termo pode ser usado para designar a destruição ou o esgotamento
de utilidades;
III – Mais amplamente, pode ser definido como a utilização de bens e
serviços;
IV – Freqüentemente se usa o termo consumo como sinônimo de despesas de
consumo.
CRENÇA
A descrição
conceptual que J. Zaragueta Bengoechea faz de sutis distinções que cabem no
termo crença resume-se nestas linhas: “ Entende-se por crença, sinônimo de fé,
todo assentimento a um juízo lógico, sobretudo se não é de plena adesão, mas
tem algum resíduo de dúvida (probabilidade); ou, se a adesão é plena, noa o é a
evidência objetiva em que está baseada (certeza moral). Um assentimento é o
produzido sob influência da autoridade pessoal de alguém em que se crê, e por
isso se dá crédito ao que afirma (como testemunha de um fato ou como adepto de
uma doutrina), faz e promete. A disposição de ânimo favorável à crença chama-se
credibilidade (possibilidade de crer), e até credencialidade (obrigatoriedade)
pelo aspecto objetivo, e credulidade pelo lado subjetivo, sobretudo se carece
de exigências de credibilidade objetiva; ao que outorga seu assentimento a algo
por julgá-lo crível chama-se crédulo, e – se o nega por julgá-lo incrível –
incrédulo.”
CRISE
H. P.
Fairchild, no Dicionário de Sociologia (México, FCE, 1949), caracteriza o
fenômeno da crise como “ Toda interrupção do curso regular e previsível dos
acontecimentos.” Refere-se de maneira concreta à crise social, “ situação grave
da vida social, quando o curso dos acontecimentos alcançou um ponto em que a
mudança é iminente, para o bem ou par o mal, a partir da perspectiva do
bem-estar humano; nessa situação a capacidade de direção do controle social é
incerta. Do ponto de vista do bem-estar social, o critério único para julgar
uma crise é o de suas conseqüências na união ou na desunião maior ou menor do
grupo”.
CULTURA
É difícil
estabelecer uma única definição desse termo complexo e extremamente importante.
A definição
clássica de E. B. Tylor encontra eco na de F. Boas, representante da definição
enumerativamente descritiva: “A cultura abrange todas as manifestações de
hábitos sociais de uma comunidade, as reações do indivíduo quando afetado pelos
hábitos do grupo no qual vive e os produtos de atividades humanas quando
determinadas por esses hábitos” (BOAS, F. Anthropology. In: SELIGMAN, E. R. A .
(Organ.) Encyclopedia of the social sciences. New York, Macmillan, 1930. V. 2,
p. 79). Os critérios característicos desse grupo de definições são: a) cultura
como uma totalidade continente e b) enumeração de aspectos de conteúdo da
cultura.
DEPRESSÃO
H. P. Fairchild alude a um novo sentido ou emprego do
termo depressão, adjetivado em seu caso concreto com o qualificativo econômica,
caracterizado como “ redução da atividade econômica abaixo do índice normal”
(FAIRCHILD, H. P. Dictionary of
sociology. Totowa, Littlefield, Adams, 1967).
DESEMPREGO
Desemprego denota o estado de não-utilização. Aplica-se
especialmente ao estado das pessoas que normalmente desempenham funções
remuneradas. A medida do desemprego é geralmente o número ou percentagem de
pessoas que, à falta de trabalho, se registram em agências de emprego ou são,
de qualquer outra forma, computadas como estando à procura de trabalho.
ESCRAVIDÃO
A Escravidão é uma instituição que envolve um grau de
dominação / subordinação entre pesoas, abrangendo desde o direito do possuidor
sobre a vida e a morte do escravo, a té disposições legais cuidadosamente
detalhadas quanto aos direitos e privilégios mútuos; o elemento essencial do
acordo é o direito de forçar o escravo a trabalhar ou prestar outros serviços
em proveito do senhor. A escravidão comercial, pelo menos nos últimos tempos,
tem estado associada quase inteiramente a plantações agrícolas em regiões onde
há escassez de trabalho; a escravidão doméstica tem tido uma finalidade mais
ampla, visando à manutenção da casa e à prestação de serviços pessoais. A
instituição tem como centro não só uma série de regras normativas, mas também
uma série de racionalizações que justificam a prática. Em geral essas
racionalizações mostram os supostos benefícios religiosos e econômicos em favor
dos escravos e a sua alegada inferioridade biológica.
HABITAÇÃO
Habitação pode ser definida como a estrutura material em
que se abriga uma família; o cenário em que sua vida se desenrola. A habitação
configura a família. Em primeiro lugar, no aspecto material: a higiene da casa
tem influência sobre a saúde de seus
ocupantes. Outrossim, no aspecto educativo: uma casa atrai por sua comodidade,
exerce insuspeita influência no comportamento de casais e filhos, assim como em
suas relações mútuas.
IDENTIDADE DE GÊNERO
A Identidade de Gênero, segundo J. Money, pioneiro nesse
campo de estudo, é “ a uniformidade, unidade e constância de uma
individualidade como masculina, feminina, ou ambivalente, em maior ou menor
grau, principalmente quando vivenciada no comportamento e na percepção de si
mesma; a identidade sexual é a vivencia intima do papel sexual (gender role) e
este é a manifestação pública da identidade sexual”. O papel sexual, segundo o
mesmo autor, é “ tudo que se faz ou se diz para indicar ao outro, ou a si
mesmo, até que ponto se é macho, fêmea ou ambivalente; compreende o estímulo e
a resposta sexual, mas na~se limita a isso;
o papel sexual é a manifestação pública da identidade sexual e esta a
manifestação intima do papel sexual” (cf. MONEY, J. & ENRHARDT, A . A . Man
and womam, boy and girl. Baltimore, London, Johns Hopkins Univ. Press, 1972).
INDÚSTRIA
Um indústria compreende várias organizações produtivas,
tais como estabelecimentos ou firmas industriais, agrupadas segundo certos
critérios, para fins analíticos ou de planejamento. Cumpre distinguir este
sentido técnico do uso comum do termo como sinônimo aproximado de manufatura ou
em contraposição a transportes, comércio, finanças, agricultura, etc.
NOMADISMO
Em sentido vulgar, é qualquer forma de vida errante,
independentemente de base econômica ou subestilo geral de vida. Assim
costuma-se falar do nomadismo dos caçadores paleolíticos, dos índios das
pradarias ou, num plano bem diverso, dos ciganos. Todos os pesquisadores atuais
refutam este emprego escessivamente generalizado, como pde se ver em H. P.
Fairchild, R. Sauer, etc.
PROLETARIZAÇÃO
Fenômeno social
registrável em determinadas situações históricas como consequencia da
perda dos meios de produção sofrida por certos grupos socias. Uma intensa
transferência da propriedade de tais meios, operada no âmbito da Revolução
Industrial , foi a causa profunda do fenômeno da proletarização (ao menos na
forma em que se o concebe atualmente).
RACISMO
Racismo é a doutrina que afirma haver uma conexão entre
características raciais e culturais, e que algumas raças são inerentemente
superiores a outras. O racismo inclui no seu conceito de raça,
indiscriminadamente, agrupamentos não-biológicos tais como seitas religiosas,
nações, grupos linguisticos e grupos culturais. Daí poder ser considerado uma
forma particularmente virulenta de etnocentrismo.
REGRA
Do latim regula, régua, esquadro, por extensão norma,
preceito. É toda proposição que prescreve algo para que se atinja determinado
resultado. É o conjunto de operações que o entendimento deve perfazer na busca
de uma verdade; nesse sentido, foi extensamente usada pelos pensadores do séc.
XVII a partir de R. Descartes, I. Newton, B. Spinoza, ao traçarem a via reta do
espírito em busca da verdade.
REVOLUÇÃO
O termo revolução é usado por muitos autores modernos
para indicar: a) mudanças súbitas e radicais nas condições sociais e polítcas,
i. e., a substituição brusca e violenta de um governo legalmente constituido
(assim como uma ordem social e jurídica) por outro governo; b) mudanças de
natureza radical sem caráter político, que nem sempre ocorre de modo súbito e
violento (expressões como revolução científica, revolução artística, revolução
cultural e até mesmo revolução sexual são com freqencia usadas no séc. XX para
designar transformações completas em vários aspectos da vida cultural).
Fonte : Dicionário de Ciências Sociais – Fundação Getúlio
Vargas / Instituto de Documentação; Benedicto da Silva (Coordenação Geral). Rio
de Janeiro, 1986. Ed. Da FGV
segunda-feira, 19 de maio de 2014
Carlos Arturi
UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO
DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO
DE CIÊNCIAS SOCIAIS
Disciplina:
Política IV
Semestre:
1998/I
Professor:
Carlos S. Arturi
- FICHAMENTO dos
textos introdutórios da
cadeira -
Aluno:
JAQUES XAVIER JACOMINI
Matrícula:
1409/92.7
FICHAMENTO
SARTORI, Giovanni. “Bien comparer, mal comparer”, Revue
Internationale de Politique Comparée, vol. 1, no. 1, 1994, pp. 19-36.
Este
texto traz considerações sobre as perspectivas de trabalho científico dentro do
campo de abrangência da política comparada:
No
primeiro momento do texto, o autor traz uma definição para a política comparada
acompanhada de uma contextualização histórica, dizendo:
“No inicio
dos anos 50, quando Roy Marcridis (l953 e 1955) criticava os estudos de
política comparada de sua época, as políticas comparadas tradicionais, sua
primeira objeção - e a principal - foi que elas eram essencialmente não
comparativas'. Nós podemos certamente
dizer ainda hoje em dia- a política comparada se define (nos EUA) como a
disciplina que estuda ‘os outros países’, e o mais comumente apenas um.”
Após a esta
introdução, Sartori passa a desenvolver os 4 principais eixos de discussão do
texto presente: 1a. questão: Porque Comparar ?
2a.
questão: O que é Comparável ?
3a.
questão: Como Comparar ?
4a.
questão: Incomensurabilidade do método comparativo ?
PORQUE COMPARAR?
Neste ponto, ele passa a tentar a responder a questão: porque
comparar? Ele vai citar vários autores que sinalizam para a mesma sua direção
de posicionamento sobre esta questão (Przeworski, Ragin, Mayer), destacando
que:
“Bem que eu não seja o primeiro a afirmar que as comparações tem por
função controlar - elas controlam (verificam ou inferem) se as generalizações
restam válidas ou não para todos os casos aos quais
elas se aplicam - me parece entretanto que nos esquecemos disto muito
freqüentemente.”
Na
seqüência deste tópico, o autor reafirma esta sua posição de entender o método
comparativo como um método de controle.
O QUE É COMPARÁVEL?
Para responder a esta segunda questão, Sartori começa
a utilizar algumas metáforas como a relação das maçãs com as pêras,
gato-cachorro, etc. Neste sentido, ele afirma:
Segunda questão, o que e comparável? Nós dizemos seguidamente que as maçãs e as
pêras são "incomparáveis"; mas o contra argumento é: como podemos
saber antes de as ter comparado? De fato
o problema das maçãs e das pêras se resolve facilmente. Mas entre as pedras e os macacos, São- eles
comparáveis? (...)
O importante a saber é que comparar é de uma vez
assimilar e diferenciar com relação a um critério. Se duas entidades são parecidas em tudo, se
todas as características se acordam, então elas constituem mesma entidade. Se por outro lado, duas entidades diferem em
todos os níveis, então sua comparação não tem algum sentido. (...)
Classificar é ordenar um universo dado em classes que
são mutualmente exclusivos e coletivamente exaustivos. As classificações permitem, assim, de
estabelecer o que é o mesmo e o que não é. (...)
O ponto essencial é - repetimos - que nós podemos
definir e o que é comparável somente em resposta a uma questão precisa, a
saber: comparável a que ponto de vista?
Com este tipo de formulação as maçãs e as pêras são, em relação a certas
propriedades comparáveis.
GATO-CACHORRO
Neste ponto, o autor introduz uma situação hipotética
de pesquisa para falar de 4 questões que pretendia abordar dentro da discussão
da política comparada: localismo, uma má classificação, o “gradualismo” e a elasticidade conceitual.
“O localismo visa aqui os estudos
"uni-nacionais" em vácuo, que ignoram, puramente e simplesmente, as
categorias pré-estabelecídas pelas teorias gerais e ou a existência no quadro
de analises comparativas, e inventam do início ao fim, sob a inspiração do
momento, sua própria terminologia.” (...)
MÁ CLASSIFICAÇÃO E GRADUALISMO
(...) Uma
segunda fonte de erros resulta de uma má classificação de pseudo-classes. (...) O que se aplica aos gatos não se
aplicaria que parcialmente aos cachorros, e quase morcegos (e vice-versa).
“Um terceiro produtor de gatos-cachorros e mais ainda
dentro de uma ordem crescente de desordem teratológica - de cachorros-morcegos
e mesmo de peixes-pássaros é como eu tinha sugerido, o “gradualismo”. Eu entendo por isto a aplicação abusiva da
máxima segunda a qual as diferenças de
gênero serão melhor percebidas pelas diferenças de grau, e que os tratamentos
contínuos seriam invariavelmente mais pertinentes que os tratamentos
dicotômicos.” (...)
ELASTICIDADE CONCEITUAL
“Em quarto lugar, as incoerências comparativas e mesmo
os erros provem geralmente da grande leveza de uma definição e de um
“esticamento conceitual” ( Sartori, 1970).
Tomemos a noção de Constituição (...)”
COMO COMPARAR?
Este é o
terceiro grande momento do texto, onde Sartori falar de duas maneiras de
“conceber a estratégia geral da pesquisa científica”:
“1.
classificar as diferentes condições em variáveis independentes, intervenientes
e dependentes; 2. tratar certas
condições causais como parâmetros, constantes paramétricas ou dadas (como
quando impusemos a cláusula ceteris paribus) supor invariáveis enquanto que
outras condições são consideras como as variáveis operadoras que podem ao
contrário variar para melhor fazer aparecer seus efeitos sobre a(s)
variável(is) dependente(s) (l976).”
O ESTUDO DE CASO
“Eu quero
insistir sobre o fato de que o estudo de caso enquanto pesquisa "sobre um
único caso" não pode ser assimilada ao método comparativo( mesmo tendo um
mérito comparativo). Por outro lado, a
comparação e o estudo de caso podem muito bem funcionar reforçando-se mutuamente
e aparecendo como complementar. (...)
Mas os estudos de casos heurísticos aportam a base
ideal - talvez a melhor - para conceber as generalizações. Dentro deste espírito, os estudos de casos
são a pedra angular da construção das teorias ( como sublinha ECKSTEIN), mas
não o controle das teorias.
INCOMENSURABIDADE
Encarada
pelo autor como a “problemática mais central” desta discussão, neste ponto o
autor a questão da viabilidade (ou não )
da perspectiva comparativista, dizendo:
“Abordaremos agora a Problemática mais central, e ao
mesmo tempo, aquela que tem recebido menos soluções. Olhando para trás nos confrontamos
diretamente com a questão: A pesquisa comparativa é realmente possível ?
Existem diversas maneiras de formular esta questão fundamental. A mais recente
reuniu os opositores sob a bandeira de “incomensurabilidade" de conceitos.
(...)
Isto lembra a obstinação; de qualquer maneira os
conceitos são generalizações disfarçadas, conteúdos mentais que amalgam um
fluxo infinito de percepções e de concepções particulares.”
INDIVIDUALIZAÇÃO VERSUS GENERALIZAÇÃO
“Resta aberta a questão metodológica, da alternativa
entre a individualização e a generalização.
Esta alternativa não é impossível a administrar e os pontos existem para
nos ajudar a passar da generalização ao contexto, e vice-versa. (...)
Isto que precede mostra muito bem nossos erros, mas
não pode ser considerado como uma receita para traçar uma nova via. "Onde estão as leis gerais?". Bem, em nenhuma parte - porque mesmo se nós
fossemos capazes de as formular ( e nós não somos: ver Sartori,- l986) os
“gato-cachorros" os anulariam. (...)
Com relação à grandes esperanças ha trinta anos, a
política comparada é finalmente decepcionante.
(...) Mas mesmo o bom trabalho
comparativo atual não pode encontrar sua realização se ele perde de vista a que
serve a comparação, a que ela serve especificamente.
O .
B . S . : A péssima qualidade da tradução, bem como da definição gráfica cos
caracteres do texto prejudicou bastante esta atividade de fichamento.
domingo, 18 de maio de 2014
Culturas Globais
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
INSTITUTO
DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO
DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL
Disciplina:
Teorias da Cultura
Professor:
Ruben Oliven
Semestre 99/1
- Notas
de Aula - 9o.
Encontro: Culturas Globais
Aluno:
Jacques Jacomini
- Notas
de Aula - 9o.
Encontro: Culturas Globais
A discussão sobre a existência de culturas globais, a
extensão do processo de globalização cultural, bem como a dinâmica das fronteiras
culturais são temas bastante atuais e estão sendo discutidos por vários
pensadores contemporâneos. A temática da “produção cultural” e da “formação de
juízos estéticos” no contexto da pós-modernidade, por exemplo, são algumas das
preocupações dentro deste contexto aqui citado.
Para colaborar com esta reflexão, gostaria de citar Benjamin
que nos ensina: “Em princípio, uma obra de arte sempre foi reprodutível, mas a
reprodução mecânica 'representa uma coisa nova'”. Os avanços nas tecnologias da reprodução
eletrônica e da capacidade de armazenar imagens acentuaram consideravelmente a
circulação de informações, ou seja o nível tecnológico atual permitiu uma
aceleração extremamente grande da reprodução, armazenamento, recuperação e
emissão de obras de arte, de textos, documentos, imagens enfim de tudo o que é
produzido nos meios ópticos e eletrônicos. No entanto, isso é suficiente para
afirmar que existe uma cultura global ou globalizada, circulando virtualmente
sem respeito a qualquer tipo de fronteira ?
Segundo a leitura dos textos propostos, é possível perceber
que existem diversas respostas para esta indagação. Tentando seguir uma das
trajetórias possíveis, poderíamos afirmar que para alguns autores o que de fato
está em jogo é uma análise da produção cultural e da formação de juízos
estéticos mediante um sistema organizado de produção e de consumo mediado por
divisões do trabalho, exercícios promocionais e arranjos de marketing
sofisticados.
Harvey, por exemplo, propõe a análise de “duas questões importantes
que se destacam pela sua relevância direta para a compreensão da condição da
pós-modernidade como um todo.”
Para desenvolver a primeira questão, o autor chama Benjamim
para o debate, fala de “capital simbólico”, esclarecendo: “Em primeiro lugar as
relações de classe vigentes nesse sistema de produção e de consumo são de um tipo peculiar. Sobressai aqui antes o puro poder do dinheiro
como meio de domínio do que o controle direto dos meios de produção e do
trabalho assalariado no sentido clássico.
Um efeito colateral tem sido reavivar o interesse teórico pela natureza
do poder do dinheiro (em oposição ao de classe) e pelas assimetrias passíveis
de daí advirem (cf. o extraordinário tratado de Símmel sobre The philosophy of money).” (Pag. 312)
Para exemplificar, as estrelas da mídia, por exemplo, podem
receber altos salários, mas ser espantosamente exploradas pelos seus agentes,
gravadoras, magnatas da mídia etc. Tal
sistema de relações monetárias assimétricas vincula-se à necessidade de
mobilizar a criatividade cultural e a inventividade estética não somente na
produção de um artefato cultural, mas também em sua promoção, embalagem e
transformação em algum tipo de espetáculo de sucesso. Mas o poder monetário assimétrico não promove
necessariamente a consciência de classe.
Para desenvolver a segunda questão, Harvey renova o debate
com Benjamim, afirmando: “Em segundo
lugar, o desenvolvimento de uma produção e de um markenting culturais numa
escala global também foi um agente
primordial de compressão do
tempo-espaço, em parte porque projetou um musée
imaginaire, um clube de jazz ou uma sala de concerto na sala de estar de
todos, mas também por várias outras razões que Benjamin considerou:
“As nossas tavernas e as nossas ruas metropolitanas,
os nossos escritórios e salas mobiliadas, as nossas estações ferroviárias e as
nossas fábricas pareciam ter nos aprisionado irremediavelmente. Surgiu então o filme e explodiu esse
mundo-prisão com a dinamite de um milésimo de segundo, de modo que agora, em
meio às suas ruínas e detritos espalhados, seguimos calma e
audaciosamente. Com o close-up, o espaço
se expande; com a câmara lenta, o movimento é estendido... Evidentemente,
abre-se para a câmera uma natureza distinta da que se abre para o olho nu - no
mínimo porque um espaço inconscientemente penetrado é substituído por um espaço
conscientemente explorado (Benjamin, 1969, 236)” . (pag. 313)
Para
retomar a questão da “compressão do espaço-tempo”, citada acima e as suas
várias respostas ou possibilidades, gostaria de remeter o debate novamente para
Harvey que trabalha com 4 possibilidades:
A primeira linha de defesa é a fuga para um tipo de silencio
exaurido, blasé ou encoraçado e inclinar-se diante do sentido avassalador
de quão vasto, intratável e fora do controle individual ou mesmo coletivo tudo
é. A informação excessiva, afirma-se, é uma das melhores induções ao
esquecimento. (...)
Dentro deste campo de análise, o autor aborda a questão do
“desconstrucionismo”, afirmando que o
desconstrucionismo terminou, apesar das melhores intenções dos seus praticantes
mais radicais, por reduzir o conhecimento e o significado a um monte
desordenado de significantes . Assim fazendo, produziu uma condição de niilismo
que preparou o terreno para o ressurgimento de uma política carismática e de
proposições ainda mais simplistas do que as que tinham sido desconstruídas.
A segunda eqüivale a
uma negação voluntariosa da complexidade do mundo, e a uma inclinação a
representar essa complexidade em termos de proposições retóricas com alto grau
de simplificação. São abundantes os
slogans, da direita até a esquerda do espectro político, sendo apresentadas
imagens sem profundidade para captar sentidos complexos. Supõe-se que as viagens, mesmo imaginárias e
vicárias, ampliam a mente, mas, com a mesma freqüência, elas terminam por
confirmar preconceitos.
A terceira resposta tem sido encontrar um nicho intermediário
para a vida intelectual e política que recusa a grande narrativa, mas nem por
isso deixa de cultivar a possibilidade de uma ação limitada. Trata-se do ângulo progressista do
pos-modernismo, que acentua a comunidade e a localidade, as resistências locais
e regionais, os movimentos sociais, o respeito pela alteridade etc. Trata-se de
uma tentativa de extrair ao menos um mundo apreensível da infinidade de mundos
possíveis que nos são mostrados
diariamente na tela da televisão.
A
quarta resposta tem sido tentar montar no tigre da compressão do tempo-espaço
mediante a construção de uma linguagem e de imagens capazes de espelhá-la e,
quem sabe, dominá-la. Eu ponho os
escritos frenéticos de Baudrillard e Vírilio nessa categoria, porque eles parecem
diabolicamente inclinados a fundir-se
com a compressão do tempo-espaço e a reproduzi-la em sua própria retórica extravagante. Já vimos esse tipo de resposta
antes, mais especificamente nas extraordinárias evocações feitas por Níetzsche
em A Vontade de Poder.
quarta-feira, 14 de maio de 2014
terça-feira, 13 de maio de 2014
iniciação Científica 1997
APRESENTAÇÃO SALÃO
97
APRESENTAÇÃO PESSOAL
Meu
nome é Jaques Jacomini
Sou
bolsista deste Projeto
PARTICIPO
da pesquisa etnográfica
com
idas a campo
realizo
entrevistas
transcrição
de fitas
análise
de contexto, conteúdo
mas
Falarei
sobre a minha participação no projeto na “Construção de um arranjo documental
para tratamento e ordenação dos dados de pesquisa etnográfico e imagético.”
TRANSPARÊNCIA 2 já estará no retro
TRANSPARENCIA
3
- BANCO
DE DADOS -
í î
FLUXO DE TRABALHO (WORKFLOW)
- ORGANIZAÇÃO
- SELEÇÃO
- CLASSIFICAÇÃO
- CATALOGAÇÃO
- INDEXAÇÃO
ACERVO
- JORNAIS
- REVISTAS
- TESES
- MONOGRAFIAS
- LIVROS
- ANUÁRIOS ESTATÍSTICOS
- RELATÓRIOS
í î
SISTEMA
DE
ARQUIVAMENTO
- INDIRETO
MÉTODO
DE
ARQUIVAMENTO
- ALFABÉTICO /
NOMINAL
(Fonte Documental)
ENTRA
TRANSPARENCIA 4
ARRANJO
DOCUMENTAL
-
BANCO DE DADOS
-
1 PERIÓDICOS
- REVISTA
1 PERIÓDICOS
- BOLETIM
1 TEXTOS
XEROX
1 JORNAIS
1 JORNAIS
ZERO HORA
1 JORNAIS
ZERO HORA - 1989
1 JORNAIS ZERO
HORA - 1990
1 JORNAIS ZERO
HORA - 1991
1 JORNAIS ZERO
HORA - 1992
1 JORNAIS ZERO
HORA - 1993
1 JORNAIS ZERO
HORA - 1994
1 JORNAIS ZERO
HORA - 1995
1 JORNAIS ZERO
HORA - 1996
1 JORNAIS ZERO
HORA - 1997
1
JORNAIS ZERO HORA - 1997/1
1
JORNAIS ZERO HORA - 1997/2
1
JORNAIS ZERO HORA - 1997/3
1 JORNAIS ZERO
HORA - 1997/4
1 JORNAL
JÁ BOM FIM
1 JORNAL
DO PARTIDO DA
CAUSA OPERÁRIA
1 JORNAL
FOLHA DE SÃO
PAULO
1 JORNAL
DIÁRIO DO SUL
1 JORNAL
CORREIO DO POVO
1 FOLDERS
1 RELATÓRIOS / REUNIÕES
1 ANEXOS
1 MATERIAL ESTATÍSTICO
1 FICHAMENTOS
1 MATERIAL GRÁFICO
1 PANFLETOS
- BANCO
DE IMAGENS -
í î
FLUXO DE TRABALHO (WORKFLOW)
- ORGANIZAÇÃO
- SELEÇÃO
- CLASSIFICAÇÃO
- CATALOGAÇÃO
- INDEXAÇÃO
ACERVO
- FOTOS
- FILMES
- GRAVURAS
- ICONOGRAFIAS:
*
Plantas Cartográficas;
*
Plantas Hidrográficas;
*
Projetos Arquitetônicos;
*
Mapas.
í î
SISTEMA
DE
ARQUIVAMENTO
- DIRETO
MÉTODO
DE
ARQUIVAMENTO
- MISTO:
ALFABÉTICO /
NOMINAL e
GEOGRÁFICO
(Por Zoneamento)
ARRANJO
DOCUMENTAL DEMONSTRATIVO
-
BANCO DE IMAGENS
-
Princípio de Organização: Sistema de Pastas e
Subpastas
Segundo Don M. Avedon em “Discos Ópticos e Imagens
Eletrônicas”
Publicação do Centro Nacional de Desenvolvimento do
Gerenciamento de Informação - CENADEM
RECUPERAÇÃO: de forma direta - Explorer (Windows 95)
1CENTRO
1 AV. MAUÁ
1 RUA DOS ANDRADAS
1 CASAS COMERCIAIS
1 CASA BROCKMANN
1 BARES E CAFÉS
1 CAFÉ GUARANY
1 OCUPAÇÕES URBANAS
1 ACENDEDOR DE LAMPIÃO
1ENGRAXATE
1 CARROCEIRO
1 VENDEDOR AMBULANTE
1 RUA DUQUE DE CAXIAS
1ZONA NORTE
1 BAIRRO ANCHIETA
1 AV. FARRAPOS
1 AV. SERTÓRIO
1 BAIRRO RUBEM BERTA
1 BECO DOS MAIAS
1 AV. GAMAL ABDELNASSER
1 RUA CAETANO LA PORTA
1 ZONA SUL
1 BAIRRO TRISTEZA
1 TRANSPORTES
1 VIA FÉRREA DA TRISTEZA
ARRANJO
DOCUMENTAL INFORMATIZADO
1 CNPq
1 Entrevistas
1 Fotos
1 Informantes
1 Endereço/Contatos
Informantes
1 Pesquisadores
1 Prof. Ana Luiza C. da Rocha
1 Vídeo Porto Alegre
1 Vídeos Cultura do Medo
1 Vídeos França
1 Palestras
1 Reuniões
1 Prof. Cornelia Eckert
1 Artigos
1 Palestras
1 Projeto
1 Jaques Jacomini
1 Arranjo Documental
1 Pesquisa Bibliográfica
1 Luciane Coccaro
1 Entrevistas
1 Informantes
1 Patricia Rodolpho
1 Fotos Porto Alegre
1 Fotos Salão
1 Rafael
1 Vídeo Projeto
1 Roteiros
1 Pesquisas
1 Projetos
1 Vídeos
PRÓXIMOS
PASSOS
DIGITALIZAÇÃO DO ACERVO DOCUMENTAL (B. DE DADOS E DE
IMAGENS)
Não foi iniciado em função da necessidade de
equipamentos.
Dotação orçamentaria solicitada ao CNPq não foi
aprovada.
Outros financiamentos estão sendo solicitados
PROJETO
PILOTO
OBJETIVO: testar sofwares e hardwares que serão
utilizados na digitalização dos documentos.
Colocar em prática conhecimentos teóricos adquiridos
pela equipe de trabalho.
Experimentar alguns procedimentos técnicos da
digitalização.
PROCEDIMENTOS
Digitalização de fotos com indexação automática.
Armazenamento em discos magnéticos.
Recuperação de forma direta a partir do Explorer
(Windows 95)
TRANSPARENCIA No. 5
MOSTRAE ESQUEMA DIGITALIZAÇÃO
Tanto o equipamento quanto os programas não são os
ideais, portanto não podemos avançar muito nesta atividade.
Necessidades:
Gravador de CD-Rom para o armazenamento em Disco
Óptico
Processador no mínimo 150 mhz
32 M. de Ram
Arquivos de Imagens são do tipo Raster ocupam muito
espaço em disco, pois são mapas de Bits )Bit-maps ou BMP)
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