quarta-feira, 21 de maio de 2014

ESTUDO ANTROPOLÓGICO DE ITINERÁRIOS URBANOS, MEMÓRIA COLETIVA E FORMAS DE SOCIABILIDADE NO MUNDO URBANO CONTEMPORÂNEO.

 

 

UFRGS  -  IFCH  -  PPGAS - NUPECS

Projeto Integrado CNPq: ESTUDO ANTROPOLÓGICO DE ITINERÁRIOS URBANOS, MEMÓRIA COLETIVA E FORMAS DE SOCIABILIDADE NO MUNDO URBANO CONTEMPORÂNEO.

 

 


PALAVRAS  CHAVES  -  Definições

 


 

Agressividade



O termo deriva do verbo aggredi, atacar, e indica tendência dos seres vivos ao comportamento de ataque ante outros seres, objetos ou situações.
A verificação desta tendência e de seu alcance na determinação do comportamento humano coloca uma série de problemas psicológicos e derivadamente sociológicos e antropológicos sobre os quais ainda não há consensos significativos.
Atualmente, as principais divergências teóricas acerca da natureza da agressividade giram em torno de sua: a) origem (inata ou aprendida); b) extensão (intra-específica e/ou interespecífica); c ) determinação (disposicional ou reaciona); d) finalidade (defensiva ou destrutiva).
Quanto à origem inata ou aprendida da agressividade a discussão consiste em considerá-lã como um instinto ou como uma forma mais ou menos permanente de conduta aprendida.


ALCOOLISMO



É um quadro sintomático caracterizado pelo desejo quase irressistível de ingerir bebidas alcóolicas. Este desejo é tão intenso que o doente recorre a todos os subterfúgios para obter a bebida, chegando a ingerir álcool puro. Assim, é óbvio que o alcoolismo crônico tem seu fundamento num transtorno básico da personalidade.



ANSIEDADE



Ansiedade pode ser definida como uma reação de apreensão que vai do mal-estar ao pânico total, precedida de uma ameaça simbólica ou real que o indivíduo percebe  de maneira vaga e à qual reage numa intensidade que tende a ser desproporcionada.


BANDITISMO


Tipo de delinqüência comum às sociedades rurais de cultura tradicional e que consiste no aparecimento de bandos armados que saqueiam, seqüestram e assaltam viajantes, citadinos, representantes do Estado ou das camadas altas da sociedade, invadem vilas, povoados e até cidades, mas evitam molestar membros das comunidades rurais que muitas vezes os ajudam, protegem e até os idealizam como heróis.

 

CATOLICISMO



Comunidade e associação universal dos que seguem a religião católica cristã; crença da igreja católica.


CÓDIGO



Um “conjunto finito de signos simples ou complexos, relacionados de tal modo que estejam aptos para a formação e transmissão de mensagens”  é uma das definições de código dada por C. A . Rabaça e G. Barbosa em seu dicionário de comunicação (Rio de Janeiro, Codecri, 1978)

 

 

COMÉRCIO


O comércio é tão antigo quanto a história do homo sapiens sobre o ecúmeno terrestre, pois é revelador do homem como ser contingente e, por isso mesmo, interdependente no contexto sócio-cultural em que vive, interage e cria cultura no sentido histórico.
O comércio é uma forma de interação por troca de mercadorias e serviços entre pessoas, entre grupos e entre nações; modernamente até entre espaços políticos e econômicos integrados por convenção entre as partes.

 

CONFLITO



O termo conflito pode ser definido como “ uma luta por valores e reivindicações de status, poder e recursos escassos, em que o objetivos dos oponentes consiste em neutralizar, lesionar ou eliminar os rivais” (COSER, L. A .  The Functions of social conflicts. Glencoe, III. , Free Press, 1956. P. 8)


CONSUMO


Não se pode dar uma definição única de consumo, pois há pelo menos quatro acepções do termo nas ciências sociais.
I – Consumo pode ser considerado “o fim e o objetivo único de toda produção”;
II – O Termo pode ser usado para designar a destruição ou o esgotamento de utilidades;
III – Mais amplamente, pode ser definido como a utilização de bens e serviços;
IV – Freqüentemente se usa o termo consumo como sinônimo de despesas de consumo.


CRENÇA



A descrição conceptual que J. Zaragueta Bengoechea faz de sutis distinções que cabem no termo crença resume-se nestas linhas: “ Entende-se por crença, sinônimo de fé, todo assentimento a um juízo lógico, sobretudo se não é de plena adesão, mas tem algum resíduo de dúvida (probabilidade); ou, se a adesão é plena, noa o é a evidência objetiva em que está baseada (certeza moral). Um assentimento é o produzido sob influência da autoridade pessoal de alguém em que se crê, e por isso se dá crédito ao que afirma (como testemunha de um fato ou como adepto de uma doutrina), faz e promete. A disposição de ânimo favorável à crença chama-se credibilidade (possibilidade de crer), e até credencialidade (obrigatoriedade) pelo aspecto objetivo, e credulidade pelo lado subjetivo, sobretudo se carece de exigências de credibilidade objetiva; ao que outorga seu assentimento a algo por julgá-lo crível chama-se crédulo, e – se o nega por julgá-lo incrível – incrédulo.”


CRISE

H. P. Fairchild, no Dicionário de Sociologia (México, FCE, 1949), caracteriza o fenômeno da crise como “ Toda interrupção do curso regular e previsível dos acontecimentos.” Refere-se de maneira concreta à crise social, “ situação grave da vida social, quando o curso dos acontecimentos alcançou um ponto em que a mudança é iminente, para o bem ou par o mal, a partir da perspectiva do bem-estar humano; nessa situação a capacidade de direção do controle social é incerta. Do ponto de vista do bem-estar social, o critério único para julgar uma crise é o de suas conseqüências na união ou na desunião maior ou menor do grupo”.


CULTURA

É difícil estabelecer uma única definição desse termo complexo e extremamente importante.
A definição clássica de E. B. Tylor encontra eco na de F. Boas, representante da definição enumerativamente descritiva: “A cultura abrange todas as manifestações de hábitos sociais de uma comunidade, as reações do indivíduo quando afetado pelos hábitos do grupo no qual vive e os produtos de atividades humanas quando determinadas por esses hábitos” (BOAS, F. Anthropology. In: SELIGMAN, E. R. A . (Organ.) Encyclopedia of the social sciences. New York, Macmillan, 1930. V. 2, p. 79). Os critérios característicos desse grupo de definições são: a) cultura como uma totalidade continente e b) enumeração de aspectos de conteúdo da cultura.   


DEPRESSÃO

H. P. Fairchild alude a um novo sentido ou emprego do termo depressão, adjetivado em seu caso concreto com o qualificativo econômica, caracterizado como “ redução da atividade econômica abaixo do índice normal” (FAIRCHILD, H. P.  Dictionary of sociology. Totowa, Littlefield, Adams, 1967).


DESEMPREGO

Desemprego denota o estado de não-utilização. Aplica-se especialmente ao estado das pessoas que normalmente desempenham funções remuneradas. A medida do desemprego é geralmente o número ou percentagem de pessoas que, à falta de trabalho, se registram em agências de emprego ou são, de qualquer outra forma, computadas como estando à procura de trabalho.


ESCRAVIDÃO

A Escravidão é uma instituição que envolve um grau de dominação / subordinação entre pesoas, abrangendo desde o direito do possuidor sobre a vida e a morte do escravo, a té disposições legais cuidadosamente detalhadas quanto aos direitos e privilégios mútuos; o elemento essencial do acordo é o direito de forçar o escravo a trabalhar ou prestar outros serviços em proveito do senhor. A escravidão comercial, pelo menos nos últimos tempos, tem estado associada quase inteiramente a plantações agrícolas em regiões onde há escassez de trabalho; a escravidão doméstica tem tido uma finalidade mais ampla, visando à manutenção da casa e à prestação de serviços pessoais. A instituição tem como centro não só uma série de regras normativas, mas também uma série de racionalizações que justificam a prática. Em geral essas racionalizações mostram os supostos benefícios religiosos e econômicos em favor dos escravos e a sua alegada inferioridade biológica.


HABITAÇÃO

Habitação pode ser definida como a estrutura material em que se abriga uma família; o cenário em que sua vida se desenrola. A habitação configura a família. Em primeiro lugar, no aspecto material: a higiene da casa tem influência sobre a saúde de  seus ocupantes. Outrossim, no aspecto educativo: uma casa atrai por sua comodidade, exerce insuspeita influência no comportamento de casais e filhos, assim como em suas relações mútuas.


IDENTIDADE DE GÊNERO

A Identidade de Gênero, segundo J. Money, pioneiro nesse campo de estudo, é “ a uniformidade, unidade e constância de uma individualidade como masculina, feminina, ou ambivalente, em maior ou menor grau, principalmente quando vivenciada no comportamento e na percepção de si mesma; a identidade sexual é a vivencia intima do papel sexual (gender role) e este é a manifestação pública da identidade sexual”. O papel sexual, segundo o mesmo autor, é “ tudo que se faz ou se diz para indicar ao outro, ou a si mesmo, até que ponto se é macho, fêmea ou ambivalente; compreende o estímulo e a resposta sexual, mas na~se limita a isso;  o papel sexual é a manifestação pública da identidade sexual e esta a manifestação intima do papel sexual” (cf. MONEY, J. & ENRHARDT, A . A . Man and womam, boy and girl. Baltimore, London, Johns Hopkins Univ. Press, 1972).


INDÚSTRIA

Um indústria compreende várias organizações produtivas, tais como estabelecimentos ou firmas industriais, agrupadas segundo certos critérios, para fins analíticos ou de planejamento. Cumpre distinguir este sentido técnico do uso comum do termo como sinônimo aproximado de manufatura ou em contraposição a transportes, comércio, finanças, agricultura, etc.


NOMADISMO

Em sentido vulgar, é qualquer forma de vida errante, independentemente de base econômica ou subestilo geral de vida. Assim costuma-se falar do nomadismo dos caçadores paleolíticos, dos índios das pradarias ou, num plano bem diverso, dos ciganos. Todos os pesquisadores atuais refutam este emprego escessivamente generalizado, como pde se ver em H. P. Fairchild, R. Sauer, etc.


PROLETARIZAÇÃO

Fenômeno social  registrável em determinadas situações históricas como consequencia da perda dos meios de produção sofrida por certos grupos socias. Uma intensa transferência da propriedade de tais meios, operada no âmbito da Revolução Industrial , foi a causa profunda do fenômeno da proletarização (ao menos na forma em que se o concebe atualmente).


RACISMO

Racismo é a doutrina que afirma haver uma conexão entre características raciais e culturais, e que algumas raças são inerentemente superiores a outras. O racismo inclui no seu conceito de raça, indiscriminadamente, agrupamentos não-biológicos tais como seitas religiosas, nações, grupos linguisticos e grupos culturais. Daí poder ser considerado uma forma particularmente virulenta de etnocentrismo.




REGRA

Do latim regula, régua, esquadro, por extensão norma, preceito. É toda proposição que prescreve algo para que se atinja determinado resultado. É o conjunto de operações que o entendimento deve perfazer na busca de uma verdade; nesse sentido, foi extensamente usada pelos pensadores do séc. XVII a partir de R. Descartes, I. Newton, B. Spinoza, ao traçarem a via reta do espírito em busca da verdade.


REVOLUÇÃO

O termo revolução é usado por muitos autores modernos para indicar: a) mudanças súbitas e radicais nas condições sociais e polítcas, i. e., a substituição brusca e violenta de um governo legalmente constituido (assim como uma ordem social e jurídica) por outro governo; b) mudanças de natureza radical sem caráter político, que nem sempre ocorre de modo súbito e violento (expressões como revolução científica, revolução artística, revolução cultural e até mesmo revolução sexual são com freqencia usadas no séc. XX para designar transformações completas em vários aspectos da vida cultural).



Fonte : Dicionário de Ciências Sociais – Fundação Getúlio Vargas / Instituto de Documentação; Benedicto da Silva (Coordenação Geral). Rio de Janeiro, 1986. Ed. Da FGV

4 comentários:

Jacomini disse...

Trabalho Elaborado por Jaques Xavier Jacomini.

Jacomini disse...

Sob orientação da Dra. Ana Luiza Carvalho da Rocha e Dra. Cornelia Eckert.

Jacomini disse...

Na verdade não fiz nada sozinho. Todos os trabalhos (deste tipo) foram organizados em equipe. Portanto, os méritos (e alguns deméritos) tem autores e co-autores. Trabalho em equipe, entende?

Jacomini disse...

Inclusive, gostaria de acrescentar o nome de uma profissional que atuou junto conosco: Maria Lizete Gomes Mendes.