UFRGS -
IFCH - PPGAS - NUPECS
Projeto Integrado CNPq:
ESTUDO ANTROPOLÓGICO DE ITINERÁRIOS URBANOS, MEMÓRIA COLETIVA E FORMAS DE
SOCIABILIDADE NO MUNDO URBANO CONTEMPORÂNEO.
PALAVRAS CHAVES
- Definições
Agressividade
O termo deriva do verbo aggredi, atacar, e indica tendência dos
seres vivos ao comportamento de ataque ante outros seres, objetos ou situações.
A verificação
desta tendência e de seu alcance na determinação do comportamento humano coloca
uma série de problemas psicológicos e derivadamente sociológicos e
antropológicos sobre os quais ainda não há consensos significativos.
Atualmente,
as principais divergências teóricas acerca da natureza da agressividade giram
em torno de sua: a) origem (inata ou aprendida); b) extensão (intra-específica
e/ou interespecífica); c ) determinação (disposicional ou reaciona); d)
finalidade (defensiva ou destrutiva).
Quanto à
origem inata ou aprendida da agressividade a discussão consiste em considerá-lã
como um instinto ou como uma forma mais ou menos permanente de conduta
aprendida.
ALCOOLISMO
É um quadro
sintomático caracterizado pelo desejo quase irressistível de ingerir bebidas
alcóolicas. Este desejo é tão intenso que o doente recorre a todos os
subterfúgios para obter a bebida, chegando a ingerir álcool puro. Assim, é
óbvio que o alcoolismo crônico tem seu fundamento num transtorno básico da
personalidade.
ANSIEDADE
Ansiedade
pode ser definida como uma reação de apreensão que vai do mal-estar ao pânico
total, precedida de uma ameaça simbólica ou real que o indivíduo percebe de maneira vaga e à qual reage numa
intensidade que tende a ser desproporcionada.
BANDITISMO
Tipo de
delinqüência comum às sociedades rurais de cultura tradicional e que consiste
no aparecimento de bandos armados que saqueiam, seqüestram e assaltam
viajantes, citadinos, representantes do Estado ou das camadas altas da
sociedade, invadem vilas, povoados e até cidades, mas evitam molestar membros
das comunidades rurais que muitas vezes os ajudam, protegem e até os idealizam
como heróis.
CATOLICISMO
Comunidade e
associação universal dos que seguem a religião católica cristã; crença da
igreja católica.
CÓDIGO
Um “conjunto
finito de signos simples ou complexos, relacionados de tal modo que estejam
aptos para a formação e transmissão de mensagens” é uma das definições de código dada por C. A
. Rabaça e G. Barbosa em seu dicionário de comunicação (Rio de Janeiro,
Codecri, 1978)
COMÉRCIO
O comércio é
tão antigo quanto a história do homo sapiens sobre o ecúmeno terrestre, pois é
revelador do homem como ser contingente e, por isso mesmo, interdependente no
contexto sócio-cultural em que vive, interage e cria cultura no sentido
histórico.
O comércio é
uma forma de interação por troca de mercadorias e serviços entre pessoas, entre
grupos e entre nações; modernamente até entre espaços políticos e econômicos
integrados por convenção entre as partes.
CONFLITO
O termo
conflito pode ser definido como “ uma luta por valores e reivindicações de
status, poder e recursos escassos, em que o objetivos dos oponentes consiste em
neutralizar, lesionar ou eliminar os rivais” (COSER, L. A . The Functions of social conflicts. Glencoe,
III. , Free Press, 1956. P. 8)
CONSUMO
Não se pode
dar uma definição única de consumo, pois há pelo menos quatro acepções do termo
nas ciências sociais.
I – Consumo pode ser considerado “o fim e o objetivo único de toda
produção”;
II – O Termo pode ser usado para designar a destruição ou o esgotamento
de utilidades;
III – Mais amplamente, pode ser definido como a utilização de bens e
serviços;
IV – Freqüentemente se usa o termo consumo como sinônimo de despesas de
consumo.
CRENÇA
A descrição
conceptual que J. Zaragueta Bengoechea faz de sutis distinções que cabem no
termo crença resume-se nestas linhas: “ Entende-se por crença, sinônimo de fé,
todo assentimento a um juízo lógico, sobretudo se não é de plena adesão, mas
tem algum resíduo de dúvida (probabilidade); ou, se a adesão é plena, noa o é a
evidência objetiva em que está baseada (certeza moral). Um assentimento é o
produzido sob influência da autoridade pessoal de alguém em que se crê, e por
isso se dá crédito ao que afirma (como testemunha de um fato ou como adepto de
uma doutrina), faz e promete. A disposição de ânimo favorável à crença chama-se
credibilidade (possibilidade de crer), e até credencialidade (obrigatoriedade)
pelo aspecto objetivo, e credulidade pelo lado subjetivo, sobretudo se carece
de exigências de credibilidade objetiva; ao que outorga seu assentimento a algo
por julgá-lo crível chama-se crédulo, e – se o nega por julgá-lo incrível –
incrédulo.”
CRISE
H. P.
Fairchild, no Dicionário de Sociologia (México, FCE, 1949), caracteriza o
fenômeno da crise como “ Toda interrupção do curso regular e previsível dos
acontecimentos.” Refere-se de maneira concreta à crise social, “ situação grave
da vida social, quando o curso dos acontecimentos alcançou um ponto em que a
mudança é iminente, para o bem ou par o mal, a partir da perspectiva do
bem-estar humano; nessa situação a capacidade de direção do controle social é
incerta. Do ponto de vista do bem-estar social, o critério único para julgar
uma crise é o de suas conseqüências na união ou na desunião maior ou menor do
grupo”.
CULTURA
É difícil
estabelecer uma única definição desse termo complexo e extremamente importante.
A definição
clássica de E. B. Tylor encontra eco na de F. Boas, representante da definição
enumerativamente descritiva: “A cultura abrange todas as manifestações de
hábitos sociais de uma comunidade, as reações do indivíduo quando afetado pelos
hábitos do grupo no qual vive e os produtos de atividades humanas quando
determinadas por esses hábitos” (BOAS, F. Anthropology. In: SELIGMAN, E. R. A .
(Organ.) Encyclopedia of the social sciences. New York, Macmillan, 1930. V. 2,
p. 79). Os critérios característicos desse grupo de definições são: a) cultura
como uma totalidade continente e b) enumeração de aspectos de conteúdo da
cultura.
DEPRESSÃO
H. P. Fairchild alude a um novo sentido ou emprego do
termo depressão, adjetivado em seu caso concreto com o qualificativo econômica,
caracterizado como “ redução da atividade econômica abaixo do índice normal”
(FAIRCHILD, H. P. Dictionary of
sociology. Totowa, Littlefield, Adams, 1967).
DESEMPREGO
Desemprego denota o estado de não-utilização. Aplica-se
especialmente ao estado das pessoas que normalmente desempenham funções
remuneradas. A medida do desemprego é geralmente o número ou percentagem de
pessoas que, à falta de trabalho, se registram em agências de emprego ou são,
de qualquer outra forma, computadas como estando à procura de trabalho.
ESCRAVIDÃO
A Escravidão é uma instituição que envolve um grau de
dominação / subordinação entre pesoas, abrangendo desde o direito do possuidor
sobre a vida e a morte do escravo, a té disposições legais cuidadosamente
detalhadas quanto aos direitos e privilégios mútuos; o elemento essencial do
acordo é o direito de forçar o escravo a trabalhar ou prestar outros serviços
em proveito do senhor. A escravidão comercial, pelo menos nos últimos tempos,
tem estado associada quase inteiramente a plantações agrícolas em regiões onde
há escassez de trabalho; a escravidão doméstica tem tido uma finalidade mais
ampla, visando à manutenção da casa e à prestação de serviços pessoais. A
instituição tem como centro não só uma série de regras normativas, mas também
uma série de racionalizações que justificam a prática. Em geral essas
racionalizações mostram os supostos benefícios religiosos e econômicos em favor
dos escravos e a sua alegada inferioridade biológica.
HABITAÇÃO
Habitação pode ser definida como a estrutura material em
que se abriga uma família; o cenário em que sua vida se desenrola. A habitação
configura a família. Em primeiro lugar, no aspecto material: a higiene da casa
tem influência sobre a saúde de seus
ocupantes. Outrossim, no aspecto educativo: uma casa atrai por sua comodidade,
exerce insuspeita influência no comportamento de casais e filhos, assim como em
suas relações mútuas.
IDENTIDADE DE GÊNERO
A Identidade de Gênero, segundo J. Money, pioneiro nesse
campo de estudo, é “ a uniformidade, unidade e constância de uma
individualidade como masculina, feminina, ou ambivalente, em maior ou menor
grau, principalmente quando vivenciada no comportamento e na percepção de si
mesma; a identidade sexual é a vivencia intima do papel sexual (gender role) e
este é a manifestação pública da identidade sexual”. O papel sexual, segundo o
mesmo autor, é “ tudo que se faz ou se diz para indicar ao outro, ou a si
mesmo, até que ponto se é macho, fêmea ou ambivalente; compreende o estímulo e
a resposta sexual, mas na~se limita a isso;
o papel sexual é a manifestação pública da identidade sexual e esta a
manifestação intima do papel sexual” (cf. MONEY, J. & ENRHARDT, A . A . Man
and womam, boy and girl. Baltimore, London, Johns Hopkins Univ. Press, 1972).
INDÚSTRIA
Um indústria compreende várias organizações produtivas,
tais como estabelecimentos ou firmas industriais, agrupadas segundo certos
critérios, para fins analíticos ou de planejamento. Cumpre distinguir este
sentido técnico do uso comum do termo como sinônimo aproximado de manufatura ou
em contraposição a transportes, comércio, finanças, agricultura, etc.
NOMADISMO
Em sentido vulgar, é qualquer forma de vida errante,
independentemente de base econômica ou subestilo geral de vida. Assim
costuma-se falar do nomadismo dos caçadores paleolíticos, dos índios das
pradarias ou, num plano bem diverso, dos ciganos. Todos os pesquisadores atuais
refutam este emprego escessivamente generalizado, como pde se ver em H. P.
Fairchild, R. Sauer, etc.
PROLETARIZAÇÃO
Fenômeno social
registrável em determinadas situações históricas como consequencia da
perda dos meios de produção sofrida por certos grupos socias. Uma intensa
transferência da propriedade de tais meios, operada no âmbito da Revolução
Industrial , foi a causa profunda do fenômeno da proletarização (ao menos na
forma em que se o concebe atualmente).
RACISMO
Racismo é a doutrina que afirma haver uma conexão entre
características raciais e culturais, e que algumas raças são inerentemente
superiores a outras. O racismo inclui no seu conceito de raça,
indiscriminadamente, agrupamentos não-biológicos tais como seitas religiosas,
nações, grupos linguisticos e grupos culturais. Daí poder ser considerado uma
forma particularmente virulenta de etnocentrismo.
REGRA
Do latim regula, régua, esquadro, por extensão norma,
preceito. É toda proposição que prescreve algo para que se atinja determinado
resultado. É o conjunto de operações que o entendimento deve perfazer na busca
de uma verdade; nesse sentido, foi extensamente usada pelos pensadores do séc.
XVII a partir de R. Descartes, I. Newton, B. Spinoza, ao traçarem a via reta do
espírito em busca da verdade.
REVOLUÇÃO
O termo revolução é usado por muitos autores modernos
para indicar: a) mudanças súbitas e radicais nas condições sociais e polítcas,
i. e., a substituição brusca e violenta de um governo legalmente constituido
(assim como uma ordem social e jurídica) por outro governo; b) mudanças de
natureza radical sem caráter político, que nem sempre ocorre de modo súbito e
violento (expressões como revolução científica, revolução artística, revolução
cultural e até mesmo revolução sexual são com freqencia usadas no séc. XX para
designar transformações completas em vários aspectos da vida cultural).
Fonte : Dicionário de Ciências Sociais – Fundação Getúlio
Vargas / Instituto de Documentação; Benedicto da Silva (Coordenação Geral). Rio
de Janeiro, 1986. Ed. Da FGV
4 comentários:
Trabalho Elaborado por Jaques Xavier Jacomini.
Sob orientação da Dra. Ana Luiza Carvalho da Rocha e Dra. Cornelia Eckert.
Na verdade não fiz nada sozinho. Todos os trabalhos (deste tipo) foram organizados em equipe. Portanto, os méritos (e alguns deméritos) tem autores e co-autores. Trabalho em equipe, entende?
Inclusive, gostaria de acrescentar o nome de uma profissional que atuou junto conosco: Maria Lizete Gomes Mendes.
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