sábado, 9 de julho de 2016

Bibliografia mulata





Prezados Leitores

No sentido de dar por concluída a série de publicações sobre o trabalho denominado


໒Mulato Cor de Rosa?
O processo de construção da identidade Etno-Racial, através de Estudo de caso: A trajetória de um estudante não-branco oriundo de classe popular da Cidade de Porto Alegre/Rio Grande do Sul/Brasil.

teço considerações sobre a bibliografia do mesmo.

Vejam os senhores, neste como em outros trabalhos análogos, citei para os meus avaliadores a referência ao acervo CESAJO. Como nas publicações anteriores estive aqui brincado ao citar Tiuca e alguns textos, esclareço que existe, de fato, este acervo. Veja a imagem abaixo:




O que é isso?

Uma pasta de papel que fica suspensa em gaveta arquivo de aço no interior das acomodações do CESAJO. O que há no interior da pasta? Textos Xerox. 
O que é isso?
Texto Xerox?
Existem profissionais que quebram os direitos autorais de terceiros sem a devida autorização prévia e criam a "pasta no xerox". Isto era comum em mil novecentos e antigamente na urguês, por exemplo. Hoje não mais. Contudo, ainda hoje alguns profissionais pouco escrupulosos seguem com esta "didática equivocada". 
Então, o que ocorreu? Quando eu era um iniciado em ciências sociais decidi guardar todos os "textos xerox" utilizados nas atividades acadêmicas. Esta coleção foi devidamente organizada, indexada e dai nasceu parte do acervo do CESAJO que ainda conta com livros, revistas, cds, dvds entre outros materiais de estudo e pesquisa. 
Na primeira imagem desta página está um demonstrativo deste meu relato. Na próxima imagem você vai ver uma tela de recuperação de informações bibliográficas. 
Criei em base de dados relacionais (Software ACSSES for Windows) um banco de dados onde todos estes textos, livros, etc podem ser objeto de pesquisa e identificação, através do acesso em um terminal de computador.



Brincadeiras a parte, tenho realizado um trabalho sério e honesto no sentido de conferir aos meus estudos base confiável de dados investindo em acervo próprio até porque as bibliotecas são coisas cada vez mais raras. Dentre as ainda existentes, passam mais tempo fechadas do que abertas, especialmente as públicas. Volta e meia um louco decide queimar livros, enquanto outros lançam água sobre eles, como que querendo apagar algo que incomoda. Percebe? Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.
Arquivo "Zeferino Jacomini", conforme demonstrado na tela abaixo é o nome dado para esta parte do acervo do CESAJO que conta ainda com uma mapoteca, audioteca e minimuseu.




Para concluir, todo este trabalho vem sendo realizado a muitos anos com apreço e dedicação por uma equipe diminuta de trabalhadores voluntários que não possuem nenhum tipo de subsídio ou financiamento público (e nem privado). Muito esforço para manter todo o material em condições ideais de temperatura, de umidade relativa do ar, livre do ataque de pragas invasoras (como traças e outros insetos, por exemplo). Talvez agora fique um pouco mais fácil para você entender a minha indignação com profissionais que são custeados pelo Estado Nação Brasil e chegam para trabalhar suspirando e declarando: "Eu estou cansado". Não é justo que isto ocorra. Cansados de viajar com o dinheiro público e o alunado comendo pão com mortadela porque o restaurante universitário passa mais tempo fechado do que aberto.
Fique atento. Não aceite corrupção acadêmica. Se a proposta é trabalhar com textos avulsos repudie a "Cultura do texto Xerox". Existem outras alternativas socialmente responsáveis e ecologicamente corretas. Os atuais níveis de desenvolvimento da tecnologia informatizada estão disponíveis para realizar trabalhos acadêmicos sem agredir a natureza. Cada folha de papel impressa representa um impacto ambiental considerável.

Obrigado pela atenção de todos. 
Bom final de semana.
Segue a bibliografia do trabalho em tela.
Namastê.









Bibliografia

1.      BACHELARD, Gaston. A Poética do Espaço. São Paulo: Martins Fontes, 1993;

2.      ____________ , Gaston. A Dialética da Duração. Editora Ática. São Paulo, 1983;

3.      CUSTÓDIO, Luiz Antônio Bolcato. Os Primeiros Habitantes do Rio Grande do Sul. Ed. Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (IPHAN). Brasília, 2001.

4.      FEIST, Hildegard. Arte Indígena. Ed. Moderna. São Paulo, 2010;

5.      FLORES, Moacyr. História do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Ed. Nova Dimensão, 1993;

6.      Freyre, Gilberto. Sobrados e mucambos: decadência do patriarcado rural e desenvolvimento do urbano. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio editora, 1961;

7.      GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. Rio de Janeiro: Zahar Ed. , 1978;

8.      GUTERRES, Liliane. Imperador até Morrer: antropologia dos ciclos temporais de uma escola de samba em Porto Alegre. Arquivo Digital da Série iluminuras/BIEV/IFCH/UFRGS. Porto alegre, 2009;

9.      KERN, Arno Alvarez. “Reflexões epistemológicas sobre a arqueologia brasileira”. Anais da Reunião Científica da SAB. Recife: UFPE, 1999;

10.  JACOMINI, Jacques. Os Primórdios da História da Santa Isabel. Ed. CESAJO. Viamão/RS, 1999;

11.  __________, Jacques. Viamão. Ed. CESAJO. Viamão/RS, 2003;


12.  LODY, Raul. Do mucambo à casa-grande: a casa na obra de Gilberto Freyre. Companhia Editora Nacional. São Paulo, 2007;

13.  MAESTRI, Mário. A Servidão Negra. Editora Mercado Aberto. Porto Alegre, 1988;

14.  MACEDO, Francisco Riopardense de. Porto Alegre: origem e crescimento. Porto Alegre: Ed. Sulina, 1968.

15.  MORAES, José Geraldo Vinci de. Caminhos das Civilizações – História Integrada: Geral e Brasil. São Paulo: Ed. Atual, 1998;

16.  MUNANGA, Kabengele. Origem africana do Brasil contemporâneo: histórias, cultura, línguas e civilizações.Editora Global. São Paulo, 2009;

17.  MURA, Fábio. “De sujeitos e objetos: um ensaio crítico de antropologia da técnica e da tecnologia”. Horizontes Antropológicos, Porto Alegre, ano 17, número 36, 2011;

18.  NORBERG-SCHULZ, Christian. Nuevos Caminhos De La Arquitectura - Existencia, Espacio y Arquitectura. Barcelona: Ed. Blume, 1975;

19.  PESAVENTO, Sandra Jatahy. O Espetáculo de Rua. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 1992;

20.  POUTIGNAT, Philippe. Teorias da Etnicidade. Editora da UNESP. São Paulo, 1998;

21.  ROLNIK, Suely. Uma Insólita Viagem à Subjetividade. São Paulo: Ed. Papirus, 1997. In LINS, Daniel. Cultura e Subjetividade;

22.  SANTOS, José Antonio dos. A Violência legal no contexto social. Editora Remar. Sergipe, 2001.
23.  _______ , José Antonio dos. O Guerreiro de Belo Monte contra prudente Matadeira. Sergipe, 2005;

24.  TAVARES, Enéias. Mal Estar na Cultura – visões caleidoscópicas da vida contemporânea. Editora Paiol em parceria com Departamento de Difusão Cultural UFRGS. Porto Alegre, 2012;

25.  TREVISAN, Armindo. A Escultura dos Sete Povos. Porto Alegre. Ed. Movimento, 1978;

26.  VELHO, Gilberto. O Desafio da Cidade. Novas Perspectivas da Antropologia Brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Campus, 1980;

27.  VELTHEM, Lúcia Hussak Van. Arte Indígena: referentes sociais e cosmológicos. Rio de Janeiro, 2010;

28.  VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. O nativo relativo. Mana, abr. 2002, vol.8, no.1, p.113-148. ISSN 0104-9313.





Um comentário:

Jacomini disse...

Na última imagem está Tio Marino (falecido) e Zé da Mecânica um dos apoiadores e entusiastas da Escola de Samba Unidos de Vila Isabel.