sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Cultura do Medo



FICHA  RESUMO



SOARES, Luís Eduardo.  “Violência e Cultura do Medo no Rio de Janeiro”.

Principal pressuposto teórico:  “Cultura do Medo.”
Texto é resultado de uma palestre versando sobre a “Violência no Rio de Janeiro.”
PRINCIPAIS TÓPICOS DESENVOLVIDOS PELO AUTOR:

1.CULTURA DO MEDO X DELINQÜÊNCIA:
“ ... é necessário distinguir aquilo que eu tenho chamado de cultura do medo da evolução objetiva dos fenômenos delinquenciais e criminais, no estado e na cidade do Rio de Janeiro. Há dois processos efetivamente em curso, que podem ser diferenciados analiticamente, ainda que, do ponto de vista da experiência, se superponham (...) É claro que esta distinção entre cultura do medo e dinâmica criminal só se dá no plano da análise (...)”

2. JORNALISMO ESPETÁCULO
“Há um contraste, portanto, entre as informações mais objetivas, relativas a esta forma de criminalidade, e a percepção generalizada. (...) reapropriação da temática pela mídia, sob a forma de espetáculo, ou de jornalismo espetáculo. (...)”.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS DA CULTURA DO MEDO
“Eu distinguiria uma lógica muito peculiar que a identificaria. Chamo de cultura do medo a tendência a homogeneizar as observações relativas a fenômenos associados a violência. É a tendência que se impõe , hoje, no Rio de Janeiro, de associar todos os fenômenos que podemos qualificar, de alguma forma, como violentos a um mesmo e único processo, cuja matriz, simbolicamente compartilhada, seria a decadência da cidade.”
“A primeira conclusão importante a que fui conduzido (..) é que não se pode falar genericamente de violência  (...) porque acaba fazendo com que confundamos lógicas e dinâmicas completamente distintas.”


O PERIGO DA GENERALIZAÇÃO REDUCIONISTA
“Claro que essa generalização reducionista é uma forma de nos afastarmos do problema, da sua gravidade e complexidade, e não uma maneira útil e objetiva de enfrentá-lo (...) é preciso identificar a especificidade dos fenômenos a que aludimos.”

Nesta altura do texto, o autor passa a mencionar a pesquisa entitulada : “Homicídios dolosos praticados contra crianças e adolescentes no Estado do Rio de Janeiro”, apartir da qual são colocadas várias tabelas com diversos levantamento estatísticos que podem ser acompanhadas no texto original.   
Em relação a esta pesquisa, após a exposição das tabelas e gráficos expostos no texto, o autor sinaliza para as conclusões, afirmando:

“Concluindo, diria que os resultados da pesquisa nos conduzem, de fato, ao reforço das nossas expectativas iniciais. (...) O tráfico de drogas - graças a sua fusão com o contrabando de armas - vem se convertendo crescentemente no nervo do nosso problema, na particularidade da problemática da violência no Rio de Janeiro, afetando, sobretudo, os jovens.”

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