FICHA
RESUMO
SOARES, Luís Eduardo.
“Violência e Cultura do Medo no Rio de Janeiro”.
Principal pressuposto
teórico: “Cultura do Medo.”
Texto é resultado de uma
palestre versando sobre a “Violência no Rio de Janeiro.”
PRINCIPAIS TÓPICOS DESENVOLVIDOS PELO AUTOR:
1.CULTURA DO MEDO X DELINQÜÊNCIA:
“ ... é necessário
distinguir aquilo que eu tenho chamado de cultura do medo da evolução objetiva
dos fenômenos delinquenciais e criminais, no estado e na cidade do Rio de
Janeiro. Há dois processos efetivamente em curso, que podem ser diferenciados
analiticamente, ainda que, do ponto de vista da experiência, se superponham
(...) É claro que esta distinção entre cultura do medo e dinâmica criminal só
se dá no plano da análise (...)”
2. JORNALISMO ESPETÁCULO
“Há um contraste,
portanto, entre as informações mais objetivas, relativas a esta forma de
criminalidade, e a percepção generalizada. (...) reapropriação da temática pela
mídia, sob a forma de espetáculo, ou de jornalismo espetáculo. (...)”.
CARACTERÍSTICAS BÁSICAS
DA CULTURA DO MEDO
“Eu distinguiria uma
lógica muito peculiar que a identificaria. Chamo de cultura do medo a tendência
a homogeneizar as observações relativas a fenômenos associados a violência. É a
tendência que se impõe , hoje, no Rio de Janeiro, de associar todos os
fenômenos que podemos qualificar, de alguma forma, como violentos a um mesmo e
único processo, cuja matriz, simbolicamente compartilhada, seria a decadência
da cidade.”
“A primeira
conclusão importante a que fui conduzido (..) é que não se pode falar genericamente de
violência (...) porque acaba fazendo com
que confundamos lógicas e dinâmicas completamente distintas.”
O PERIGO DA GENERALIZAÇÃO
REDUCIONISTA
“Claro que essa
generalização reducionista é uma forma de nos afastarmos do problema, da sua
gravidade e complexidade, e não uma maneira útil e objetiva de enfrentá-lo
(...) é preciso identificar a especificidade dos fenômenos a que aludimos.”
Nesta altura do texto, o
autor passa a mencionar a pesquisa entitulada : “Homicídios dolosos praticados
contra crianças e adolescentes no Estado do Rio de Janeiro”, apartir da qual
são colocadas várias tabelas com diversos levantamento estatísticos que podem
ser acompanhadas no texto original.
Em relação a esta
pesquisa, após a exposição das tabelas e gráficos expostos no texto, o autor
sinaliza para as conclusões, afirmando:
“Concluindo, diria que os
resultados da pesquisa nos conduzem, de fato, ao reforço das nossas
expectativas iniciais. (...) O tráfico de drogas - graças a sua fusão com o
contrabando de armas - vem se convertendo crescentemente no nervo do nosso
problema, na particularidade da problemática da violência no Rio de Janeiro,
afetando, sobretudo, os jovens.”
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