Cópia
Xerográfica
Qual é a importância de um “Trabalho Original” no processo de
ensino-aprendizagem?
Proponho esta reflexão para
falar de um sentimento do Ser-Sensível-escritor.
Eu tentei trabalhar com o texto original
(leia-se livro): UM Peixe Olhou para Mim. Não foi possível. Não há mais
exemplares disponíveis para venda (edição esgotada). Tentei a “Estante Virtual”.
Já adquiri várias obras de “segunda mão”, através do portal Estante Virtual.
Foi uma experiência interessante. Cômodo, preço acessível, cliente satisfeito.
Voltando ao peixe: tentei o
sistema de bibliotecas da UFRGS. Constavam dois registros positivos. Um na
BSCSH e outro na EDU. Constava o registro da obra no sistema, mas a obra estava
indisponível para empréstimo. Na BSCSH não cheguei a conferir o detalhamento
técnico da indisponibilidade, dado o contexto de acesso limitado ao local. Na
biblioteca da Faculdade de Educação fui até as últimas conseqüências. Solicitei
auxílio do pessoal técnico responsável pelo setor de empréstimo do acervo.
Consulta aqui, consulta ali, o computador “tranca”, códigos digitais que
atrapalham e, finalmente, a conclusão: obra extraviada (Ou furtada se preferir
utilizar um termo técnico empregado pelas ciências jurídicas e sociais). A
cópia Xerox é mais fácil e rápida. Facilidades.
Rápido e fácil. Promessas da
modernidade (ou pós-modernidade como alguns autores referem esse nosso contexto
atual de socialização). Uma folha virgem, um feixe de luz, uma moeda na gaveta,
um direito autoral usurpado. Até que ponto temos este direito? Qual é a
pedagogia que alimenta a infração? Penalidades.
Em síntese, este é o contexto
vivido e a descrição do sentimento sentido no coração do ser sensível: Agressão
moral e legal. Comportamento ecologicamente insustentável e desapego aos
princípios de respeito à dignidade da pessoa humana (No que tange ao direito
autoral violado).
A verdade nua e crua: Eu me
sinto agredido diante de tal prática. A cópia Xerox é a prova material de um
processo pedagógico viciado: rápido e ilegal. Ágil e condenável. Economico e
grosseiro. Prático e triste. Eu não
posso mais participar desta roda. Graduação sim. Violação não. O “Material
Original” valoriza a prática pedagógica. A cópia ceifa e bitola o “Ser Sensível”.
Viva o livro. Viva os escritores. Viva as bibliotecas. Viva a vida intelectual.
Jacques Jacomini (Autor) desde Porto Alegre, 21/08/2015
Um comentário:
Escrito em 21/08/2015.
Sabe o que eu me dei conta nesta semana: O IFCH não tem xerox.
Os professores do IFCH mantém "pastas" na Clê.
Mas o xerox fica no prédio da letras.
Informação importante, quase que faço uma petição equivocada.
Letras
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