Vendo Wenders
A Cultura Germânica não é
algo que me atraia significativamente, mas Wenders é Wenders.
A ignorância é como erva
daninha. Dá e cresce mesmo onde não se vê ou planta. O que faz o comerciante no
domingo de tarde? Ele só tem o domingo a tarde para viver o que não pode viver
no restante da semana. Triste, não!? Monedas. Ele não sabe fazer outra coisa.
Dedicação exclusiva para a roda capitalista. Ai o alemão com um sorriso largo
no rosto e um automóvel zero quilometro estacionado junto ao meio fio chegou e
disse: Eu sou vizinho dos H_ _ _ _ _ _ lá da Augusta. Eu pensei
(silenciosamente): grande coisa! Apenas mais um comerciante ignorante no meu
entorno.
Agora (neste exato
momento – domingo à tarde) estou conectado em
https://www.youtube.com/watch?v=YljJo01EicE&list=LLujlosiTFR9gzBf-FWxxndA&index=19 Eu gosto muito da obra deste artista. Curto
como ele reflete sobre o fenômeno urbano. O caráter existencialista dos seus
filmes e a sua disposição para uma filosofia cinematográfica recheada de beleza
fotografia e muita disposição para uma crítica muito bem construída da
modernidade. Ele esteve aqui em Porto Alegre, participando do “Fronteiras do
Pensamento”. Tudo isso me encanta e me auxilia a entender o nosso fenômeno urbano
local. Quero que você saiba que eu me sinto muito agredido por estes caminhos
sem passeio público. Fico irritado com a velocidade destes automóveis que
passam raspando pelo transeunte. Fico triste com a falta de cordialidade e
delicadeza dos meus iguais que não me dedicam ou bom dia ou boa tarde.
Etecétera e tal.
Sempre que possível eu
protesto. O comerciante de terra (vulgo corretor de imóveis) foi lá e colocou
uma placa no terreno mais valioso para o comerciante (o da esquina) com a
inscrição: Vendo. Passado algum tempo a peça publicitária foi furtada. Decidi
intervir (artisticamente). Produzi em base papel a inscrição: Vendo Wenders.
Fixei na base de madeira onde estava a placa anterior do Corretor, empregado do
Capitalista que vende terras no local onde eu resido. São pequenas intervenções
artísticas em meio urbano inspiradas em grandes mestres do pensamento mundial
com a envergadura de Wim Wenders. A grande maioria dos meus comuns ignoram tudo
isso. Eu sinto muito pela ignorância alheia.
A minha meta é chamar a
sua atenção para as questões que outros escritores locais não estão
trabalhando. Estão todos falando de política neste momento, mas eu quero falar
de arte. Vamos falar das duas coisas? Você sabe qual foi o “dingou” mais
criativo de todos os tempos aqui no Condado? Você sabe o nome do autor desta
peça rara? Segundo o meu ponto de vista foi pontinhos (...). Calma lá! Aguarde
mais um pouco. Prometo responder esta questão no próximo postblog. Vale à pena
conferir.
Muito obrigado pela vossa
atenção e até a próxima publicação.
Namastê!
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