domingo, 21 de agosto de 2016

Vendo Wenders






Vendo Wenders

A Cultura Germânica não é algo que me atraia significativamente, mas Wenders é Wenders.
A ignorância é como erva daninha. Dá e cresce mesmo onde não se vê ou planta. O que faz o comerciante no domingo de tarde? Ele só tem o domingo a tarde para viver o que não pode viver no restante da semana. Triste, não!? Monedas. Ele não sabe fazer outra coisa. Dedicação exclusiva para a roda capitalista. Ai o alemão com um sorriso largo no rosto e um automóvel zero quilometro estacionado junto ao meio fio chegou e disse: Eu sou vizinho dos H_ _ _ _ _ _ lá da Augusta. Eu pensei (silenciosamente): grande coisa! Apenas mais um comerciante ignorante no meu entorno.
Agora (neste exato momento – domingo à tarde) estou conectado em
https://www.youtube.com/watch?v=YljJo01EicE&list=LLujlosiTFR9gzBf-FWxxndA&index=19  Eu gosto muito da obra deste artista. Curto como ele reflete sobre o fenômeno urbano. O caráter existencialista dos seus filmes e a sua disposição para uma filosofia cinematográfica recheada de beleza fotografia e muita disposição para uma crítica muito bem construída da modernidade. Ele esteve aqui em Porto Alegre, participando do “Fronteiras do Pensamento”. Tudo isso me encanta e me auxilia a entender o nosso fenômeno urbano local. Quero que você saiba que eu me sinto muito agredido por estes caminhos sem passeio público. Fico irritado com a velocidade destes automóveis que passam raspando pelo transeunte. Fico triste com a falta de cordialidade e delicadeza dos meus iguais que não me dedicam ou bom dia ou boa tarde. Etecétera e tal.
Sempre que possível eu protesto. O comerciante de terra (vulgo corretor de imóveis) foi lá e colocou uma placa no terreno mais valioso para o comerciante (o da esquina) com a inscrição: Vendo. Passado algum tempo a peça publicitária foi furtada. Decidi intervir (artisticamente). Produzi em base papel a inscrição: Vendo Wenders. Fixei na base de madeira onde estava a placa anterior do Corretor, empregado do Capitalista que vende terras no local onde eu resido. São pequenas intervenções artísticas em meio urbano inspiradas em grandes mestres do pensamento mundial com a envergadura de Wim Wenders. A grande maioria dos meus comuns ignoram tudo isso. Eu sinto muito pela ignorância alheia.
A minha meta é chamar a sua atenção para as questões que outros escritores locais não estão trabalhando. Estão todos falando de política neste momento, mas eu quero falar de arte. Vamos falar das duas coisas? Você sabe qual foi o “dingou” mais criativo de todos os tempos aqui no Condado? Você sabe o nome do autor desta peça rara? Segundo o meu ponto de vista foi pontinhos (...). Calma lá! Aguarde mais um pouco. Prometo responder esta questão no próximo postblog. Vale à pena conferir.
Muito obrigado pela vossa atenção e até a próxima publicação.
Namastê!




            

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