segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Antropologia na Madrugada






Antropologia na Madrugada

Prezados Amigos

Este foi o único horário disponível para realizar esta comunicação. Tem sido bastante trabalhoso participar deste novo projeto em que estou inserido.
Tenho visto muitos reivindicarem “tempo bom”. E se eu te disser que tudo vai ser decidido pela chuva? Mãe Divina eu quero ser (...). Infelizmente as pessoas assistem muito à televisão. Entende? Ficam reproduzindo asneiras.  Vamos ao que interessa.
“Não existe um (único) restaurante aprazível na Cidade de Viamão”
Jacques Jacomini
Digo e assino em baixo, pois é lamentável, mas é verdade. Existem apenas empresários buscando dividendos ilimitados, através do comércio de refeições. Vejam o caso dos Pedralias. O que já era ruim ficou pior. Pergunto: o que é aquela “cangalha eletrônica” instalada para controle de entrada e saída de clientes? Fiquei boquiaberto com tamanha insensatez do empreendedor. Fez um investimento enorme com um único objetivo: risco diminuído do cliente “esquecer” de pagar a conta. O capitalista, via de regra, age assim. Conduta obsessiva pelo ganho de capitais. Todo o resto não importa. Eu me senti como gado em linha de contagem à caminho do abatedouro, não volto mais lá!
Portanto, só nos resta as letras e a arte, pois viver de balcão, trocando moedas por pão, arrasa a emoção e mortifica o coração. É o que eu sei fazer. Construir estes parágrafos e deixar fluir o meu ser na ponta dos dedos. Colorir este cinza capitalista que tenta reduzir todos aos fogos da competição. A Antropologia é uma estrada muita interessante. Não é rua sem saída repleta de automóveis atravessados que não respeitam o pedestre. A etnografia, por assim dizer, é quase arte. Também colori belamente as nossas vidas.
Lembram daquela monografia? Pois,é! Vamos curtir mais um segmento? Leiam. Agradeço a atenção de todos. Bom início de semana.
Namastê


1.2 Igreja Católica

“Se Jesus Cristo viesse hoje estaria em todos os meios de comunicação.”  Padre Marcelo Rossi

Dentro da Igreja Católica, os membros da Renovação Carismática Católica (RCC) são os que apresentam um maior interesse pela inserção da sua igreja nos meios eletrônicos de comunicação de massa. O Padre Ladislau Molnár, pároco da paróquia São Martinho de Porto Alegre, considerado o mais carismático do Rio Grande do Sul e Fundador da Rádio Fraternidade, disse recentemente: “desejamos que todos os meios de comunicação social sejam nosso.”[4]
O  Padre Marcelo Rossi, um “fenômeno de mídia”, tem feito declarações que  também apontam para este sentido, afirmando: “Se Jesus Cristo viesse hoje estaria nos meios de comunicação. O Senhor usava parábolas, que eram o dia-a-dia das pessoas. Hoje é por meio da televisão que se vai até o coração das pessoas”[5]. Ele é mais um dos sacerdotes que acreditam na mídia eletrônica como uma poderosa ferramenta de difusão das suas idéias. Integrante da RCC, Rossi ganhou extenso espaço na mídia televisiva, ocupando os horários nobres da Rede Globo de Televisão, enveredou para o lado artístico-musical, gravando um CD (Músicas para louvar o Senhor)[6] e se prepara para estrear um programa individual na televisão.
De uma forma mais genérica, podemos afirmar que o acesso da Igreja Católica a televisão é garantido hoje pelos espaços gratuitos que recebe nos canais privados onde transmiti, aproximadamente, 40 missas dominicais, sendo este o programa religioso favorito dos católicos, no entanto a Igreja Católica tem pouca experiência como proprietária de estações de televisão. Durante dez anos, entre 1969 e 1979, os Franciscanos dirigiram a TV Difusora em Porto Alegre. Em 1987, obtiveram a concessão de uma estação de alcance regional, TV Celinauta em Pato Branco, Paraná, que retransmite a programação da TV Manchete, dedicando somente algumas horas por semana a programas de educação religiosa, a missa e ao Jornal da Igreja. Tem também uma estação de televisão não comercial em Santo Anastácio, São Paulo.
 A alguns anos, a mais importante rede de televisão de inspiração católica, Rede Vida de São José do Rio Preto, São Paulo, iniciou suas transmissões para todo o Brasil. Seu sinal, inicialmente transmitido em UHF (captado via parabólica e por assinatura), está hoje disponível em quase todo o território nacional no sistema VHF, fato que facilita e populariza o acesso às informações que ela divulga[7]. Esta emissora transmite programas[8] não religiosos e outros com mensagens religiosas, incluindo “A Missa” e “O Rosário Bisantino” todos os dias. Seu objetivo maior é “evangilizar o Brasil pela televisão”.
A Rede Vida de Televisão não está ligada oficial ou diretamente com a Igreja Católica, no entanto é apoiada por bispos e sacerdotes, especialmente de orientação carismática. Pertence ao Grupo Independente de Rádio e TV, com sede em Barretos, Estado de São Paulo e é administrada pelo Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã, uma entidade sem fins lucrativos, integrada por laicos e religiosos (Folha de São Paulo, 21/12/1995). Segundo a declaração do empresário João Monteiro de Barros Filho, dono da Rede Vida, esta é “uma rede com estrutura empresarial de inspiração católica.” (Folha de São Paulo, 12/01/1995)
Existe uma preocupação entre os católicos em ampliar o seu poder de comunicação através da televisão, em função disto a CNBB tem realizado alguns esforços de discussão e análise sobre as estratégias que levariam à conquista da ampliação deste espaço. Em outubro de 1995, por exemplo, a CNBB  reuniu em Brasília os arcebispos de todo o Brasil para estudar medidas para a expansão da Rede Vida. Segundo um repórter da Folha de São Paulo, “na opinião dos bispos, a ampliação da Rede Vida é fundamental para o combate mais efetivo contra as igrejas evangélicas pentecostais ...” (21/10/1995). O custo de tal ampliação está calculado em US$ 100.000.000 e só pode ser cobrado com a ajuda financeira de todas as dioceses do país.
A CNBB reconhece que a inserção da Igreja Católica nos meios de comunicação social são muito restritos, principalmente, quando comparados com a fatia que os pentecostais possuem deste campo de poder. Recentemente, o Padre Jesus Hortal declarava: “... o uso pouco freqüente dos meios de comunicação por parte da Igreja Católica, diante do uso macivo por parte dos pentecostais é uma das causas da perda de fiéis católicos” (Estudos da CNBB, No. 68, 1993:43)[9]  Neste mesmo sentido, afirma o Mons. Arnaldo Beltrani, Vigário Episcopal da Comunicação do Arcerbispado de São Paulo: “Temos imprensa, editoriais e revistas, temos acesso ao rádio, no entanto nada de televisão.”[10] A fim de recuperar este espaço não ocupado no meio televisivo, uma medida mais imediata tem sido o investimento em espaços radiofônicos pela Igreja Católica.


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