quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Feliz Aniversário





Prezados (as) Amigos (as)

         Gostaria de agradecer à todos pelas mensagens relativas ao dia de ontem. De fato, foi um dia mais do que especial. Estar próximos dos nossos amados e amadas não tem preço. Foi desta forma que comemorei a passagem do agosto: no ninho (amando).
         E o agosto partiu sozinho. Ficamos para viver o setembro. E não deixei por menos. Já no primeiro de setembro, apanhei a bicicleta e fui pedalar. Fiz um depósito no PEV. Revi os amigos. Passei um tempo na Bica (Mãe Divina, Eu quero Ser ...). Foi muito bom.
         Apelei por um almoço “laite”, pois havia comido muito ontem. Excessos necessários em datas comemorativas. Sabe como é? De qualquer forma estou determinado para voltar ao meu peso original. Estou acima do peso desejado e isso não é bom.
         Eu falei sobre trabalhar com os recursos áudio-visuais em estudos em ciências sociais. Lembra? Então vamos voltar ao tema publicando mais um trecho do dito trabalho acadêmico.
         Muito obrigado a todos e até a próxima oportunidade.

         Namastê.


1. A  TELEVISÃO  NO  CONTEXTO  DAS  NOVAS  FORMAS  DE  CRER

Em um contexto mundial de tensão entre as concepções de religião e modernidade, muitas vezes equivocadamente encaradas numa relação de exclusão, percebe-se também no Brasil que “a modernidade brasileira não exorcizou os deuses, não provocou o desencantamento do mundo” (ORO, 1997). Ou seja, grande parte da população brasileira continua buscando na religião a satisfação de muitas das suas necessidades práticas e cotidianas como, por exemplo, conquistar um emprego, realizar um sonho material de aquisição de algum bem de consumo, resolver a vida afetiva, etc. Pesquisas[3] mostram que, principalmente nos finais de semana, o número de pessoas que se deslocam aos templos religiosos para a realização dos seus atos de fé é muito expressivo. Contudo, surgem na esteira desta modernidade alguns procedimentos, técnicas e tecnologias que remontam a uma nova realidade de relacionamento do crente com o sagrado.
O jornalista Eduardo Junqueira (Revista Veja) fala do fenômeno que denomina de “Fé Eletrônica” no artigo intitulado “Possuídos pelo fogo de Deus”. O pesquisador Hugo Assmann analisa “A Igreja Eletrônica” como um fenômeno onde os tele-evangelistas são o centro das atenções nas já consagradas atividades de pregação religiosa através de meios eletrônicos. São apenas dois exemplos, dentre vários outros, de propostas analítico-religiosas que propõem investigar um fenômeno relativamente recente de mídia  que nos remete a uma nova dinâmica religiosa que aqui chamamos de “as novas formas de crer” (no mesmo sentido empregado na concepção das “modernas formas de crer”).

Ao contrário do rádio, a televisão brasileira recentemente passa a ser usada de forma mais sistematizada e organizada (com redes exclusivas, por exemplo) como um meio de comunicação para a difusão de programas exclusivamente de cunho religioso. Várias igrejas descobrem neste meio de comunicação  um grande poder de persuasão e convencimento que, direcionado para os seus fiéis, conseguem aumentar significativamente o seu “rebanho”. Desta forma, pastores, bispos e outras lideranças e autoridades religiosas passam a investir uma expressiva quantidade de recursos na aquisição de redes de televisão com poder de comunicação via-satélite para todo o Brasil, na ampliação dos espaços em emissoras conveniadas e traçar toda uma linha de estratégia de “markenting da fé” (ASSMANN, 1986). Passaremos para um breve histórico deste processo de ampliação do poder de comunicação religioso via-televisão no Brasil. Devido a relevância do tema e o recente surgimento entre nós, apreciaremos com uma maior minúcia o caso da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).

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