Prezados (as) Amigos (as)
Gostaria
de agradecer à todos pelas mensagens relativas ao dia de ontem. De fato, foi um
dia mais do que especial. Estar próximos dos nossos amados e amadas não tem
preço. Foi desta forma que comemorei a passagem do agosto: no ninho (amando).
E
o agosto partiu sozinho. Ficamos para viver o setembro. E não deixei por menos.
Já no primeiro de setembro, apanhei a bicicleta e fui pedalar. Fiz um depósito
no PEV. Revi os amigos. Passei um tempo na Bica (Mãe Divina, Eu quero Ser ...).
Foi muito bom.
Apelei
por um almoço “laite”, pois havia comido muito ontem. Excessos necessários em
datas comemorativas. Sabe como é? De qualquer forma estou determinado para
voltar ao meu peso original. Estou acima do peso desejado e isso não é bom.
Eu
falei sobre trabalhar com os recursos áudio-visuais em estudos em ciências
sociais. Lembra? Então vamos voltar ao tema publicando mais um trecho do dito
trabalho acadêmico.
Muito
obrigado a todos e até a próxima oportunidade.
Namastê.
1. A
TELEVISÃO NO CONTEXTO
DAS NOVAS FORMAS
DE CRER
Em um contexto mundial de tensão entre
as concepções de religião e modernidade, muitas vezes equivocadamente encaradas
numa relação de exclusão, percebe-se também no Brasil que “a modernidade
brasileira não exorcizou os deuses, não provocou o desencantamento do mundo”
(ORO, 1997). Ou seja, grande parte da população brasileira continua buscando na
religião a satisfação de muitas das suas necessidades práticas e cotidianas
como, por exemplo, conquistar um emprego, realizar um sonho material de
aquisição de algum bem de consumo, resolver a vida afetiva, etc. Pesquisas[3]
mostram que, principalmente nos finais de semana, o número de pessoas que se
deslocam aos templos religiosos para a realização dos seus atos de fé é muito
expressivo. Contudo, surgem na esteira desta modernidade alguns procedimentos,
técnicas e tecnologias que remontam a uma nova realidade de relacionamento do
crente com o sagrado.
O jornalista Eduardo Junqueira (Revista
Veja) fala do fenômeno que denomina de “Fé Eletrônica” no artigo intitulado
“Possuídos pelo fogo de Deus”. O pesquisador Hugo Assmann analisa “A Igreja
Eletrônica” como um fenômeno onde os tele-evangelistas são o centro das
atenções nas já consagradas atividades de pregação religiosa através de meios eletrônicos.
São apenas dois exemplos, dentre vários outros, de propostas
analítico-religiosas que propõem investigar um fenômeno relativamente recente
de mídia que nos remete a uma nova
dinâmica religiosa que aqui chamamos de “as novas formas de crer” (no mesmo
sentido empregado na concepção das “modernas formas de crer”).
Ao contrário do rádio, a televisão
brasileira recentemente passa a ser usada de forma mais sistematizada e
organizada (com redes exclusivas, por exemplo) como um meio de comunicação para
a difusão de programas exclusivamente de cunho religioso. Várias igrejas
descobrem neste meio de comunicação um
grande poder de persuasão e convencimento que, direcionado para os seus fiéis,
conseguem aumentar significativamente o seu “rebanho”. Desta forma, pastores,
bispos e outras lideranças e autoridades religiosas passam a investir uma
expressiva quantidade de recursos na aquisição de redes de televisão com poder
de comunicação via-satélite para todo o Brasil, na ampliação dos espaços em
emissoras conveniadas e traçar toda uma linha de estratégia de “markenting da
fé” (ASSMANN, 1986). Passaremos para um breve histórico deste processo de
ampliação do poder de comunicação religioso via-televisão no Brasil. Devido a
relevância do tema e o recente surgimento entre nós, apreciaremos com uma maior
minúcia o caso da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD).
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