Livro e Literatura. Ciências Sociais. Antropologia. Sociologia. Porto Isabel. Viamão. Rio Grande do Sul. Brasil.
terça-feira, 29 de novembro de 2016
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
domingo, 27 de novembro de 2016
Pata
Pata
O meu nome é Pata.
Poderia ser “Sem Pata”, pois não tenho
as quatro patas.
O meu “dono” partiu e hoje vivo na rua.
Sinto muita saudade dele. Éramos bons amigos, desde então não tive mais um lar.
Eu volto sempre lá, com a esperança de reencontrá-lo. Mas eu acho que ele não
volta mais.
A comida não é o maior problema. Tenho
recebido algumas refeições aqui mesmo na rua. Volta e meia aparece um “protetor”
com algo para comer. As vezes fico com medo, pois aparecem pessoas estranhas.
Cheiro, cheiro, cheiro e tiro as minhas próprias conclusões.
Não sei o que está acontecendo. Nos
últimos dias as pessoas andam mais rápidas do que antes. Ouvi falar em “Natal”.
Eu não sei exatamente o que é isso. Sei que este lugar está turbulento, confuso
e perigoso: ocorrem explosões, incêndios, sirenes que soam e pessoas falando em
tiroteio, homicídio, morreu mais um jovem, etc. Estou com medo.
O que eu mais queria agora era o
aconchego de um lar. Um portão para cuidar e um “dono” para amar. O meu nome é
Pata, sou um Cão de Rua. Vivo na sarjeta da Liberdade. Preciso de ajuda.
sábado, 26 de novembro de 2016
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
O Menino do Rio
O Menino do Rio
Fragmentos da história de
vida do Menino do Rio.
A história de vida do
Menino do Rio inicia na Beira do Rio Guaíba onde fora concebido por um casal
sui generis. Esta é uma história muito longa e precisa ser fatiada. Ficaremos
hoje com apenas um pedaço: desde quando este menino labuta?
Os dados colhidos no
sistema oficial de estórias extraordinárias portoalegrenses apontam que ele iniciou
muito cedo na labuta familiar. A sua progenitora optou por empreender em um
pequeno estabelecimento comercial dentro do próprio universo doméstico e O
Menino do Rio passou a colaborar nestas atividades com apenas seis anos de vida
(veja detalhes nos comentários).
Portanto, diferente do
Menino do Rio de Caetano Veloso, imortalizado na voz de Baby Consuelo nos anos
oitenta do século passado este menino não é um Menino Vadio. Trata-se de um
menino que aprendeu a caminhar andando e agora vive cantando: Mãe Divina eu
quero Ser ... .
Fragmentos da história de
vida do Menino do Rio. Aguarde, pois em breve publicaremos mais um pedaçinho
deste Lobo.
Namastê!
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
quarta-feira, 23 de novembro de 2016
Tarumã Santa Isabel
Tarumã – Santa Isabel
Duas de doutor(es).
Convivo com doutos e não
doutos. Vamos por partes. Existem dois tipos de doutores: aqueles que possuem
titulação específica (curso de pós-graduação ao nível de doutorado) e aqueles
que não possuem. Contudo, estes últimos podem receber a titulação pró-forma por
atributo profissional, tradição secular nacional desde o tempo do imperador.
Não quero tomar muito do
seu tempo, mas vou contar duas histórias rápidas que envolvem doutores. Certa
feita, encontrei um cidadão que tripulava um automóvel Fiat Uno. O mesmo estava
todo arranhado, roupa rasgada e o automóvel também apresentava diversas
avarias. Viria a saber depois que fora um caso de conflito familiar e o
referido cidadão havia apanhado uma surra da sua esposa (briga por ciúmes).
Verifiquei que o referido cidadão era médico veterinário. Tentando auxiliá-lo,
busquei aproximação e declarei: Eu sou protetor de animais. Ele respondeu: Eu
sou muito mais do que isso.
A segunda situação foi a
seguinte: Eu estava perdido no Campus do Vale. Fui visitar o Setor Frota (local
onde ficam as viaturas da UFRGS) para resolver um problema administrativo, mas
eu não sabia onde ficava o prédio. Entrei no portão principal da Faculdade de
Agronomia e passei a percorrer o anel viário. Resolvi pedir informação para um
transeunte que passava, a fim de alcançar o meu objetivo. Cumprimentei o
cidadão que caminhava em sentido contrário. Solicitei a informação: O senhor
trabalha aqui? Sim, respondeu ele. Em seguida emendou: Eu sou pós-doutor aqui
na Faculdade de Agronomia.
O que dizer sobre? Dois
casos de doutores. Então é isso: Doutor gosta de dar “Carteiraço”. Veja o
segundo caso, por exemplo: Eu só queria uma informação – onde fica o Setor
Frota da UFRGS. Mas o doutor não titubeou e chamou na carteira. Agora observa,
se o cidadão atua assim com um simples transeunte, imagina o que ele faz em
situação de sala de aula na relação institucional com os seus alunos.
Tarumã – Santa Isabel foi
o ônibus que passou aqui (agora a pouco). Eu não sou doutor. Labuto no departamento de
Letras do CESAJO. Prefiro encontrar um cidadão comum elegante do que um doutor
em surto tomado de cólera com a carteira na mão esbravejando: Sabe com quem
está falando? Eu sou doutor.
terça-feira, 22 de novembro de 2016
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
domingo, 20 de novembro de 2016
sábado, 19 de novembro de 2016
HCV o LACVET voltou
A Medicina Veterinária e
o nosso trabalho na defesa da Vida Animal.
Estivemos ontem no
Hospital de Clínicas Veterinárias (HCV) da Universidade Federal do Rio Grande
do Sul (UFRGS). Apesar de haver muito barulho reivindicatório vindo de diversas
fontes dentro da universidade, fomos bem atendidos pelos profissionais do
plantão.
Fazemos este registro
aqui no blog, pois temos uma boa nova. É importante que toda a nossa comunidade
fique atualizada sobre o tema: O LACVET voltou a pleno funcionamento. É isso
mesmo, gente! Além dos serviços de análises clínicas prestados no piso superior
do hospital, agora contamos também com o “Banco de Sangue Animal”. Ou seja, o
setor de hematologia está funcionando novamente como dantes.
Logo na entrada, portaria
do HCV, já é possível visualizar um informe (banner) alusivo a esta boa nova
que trazemos aqui para compartilhar com todos os interessados. E é claro que o
pessoal do LACVET está precisando de doadores de sangue (cães e gatos) que
necessitam estar em boas condições de saúde, entre outros requisitos que podem
ser conferidos no site do laboratório.
Portanto, se você
necessita deste tipo de atendimento especializado em Medicina Veterinária para
auxiliar o seu melhor amigo pode procurar o HCV – UFRGS ali no bairro Agronomia
(Porto Alegre/RS). Valeu e até a próxima comunicação.
Namastê.
https://videos.ufrgs.br/ufrgstv/conhecendo-a-ufrgs/lacvet-1/view
https://videos.ufrgs.br/ufrgstv/conhecendo-a-ufrgs/lacvet-1/view
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
terça-feira, 15 de novembro de 2016
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
domingo, 13 de novembro de 2016
Xico
O Chico da Araçá.
E aí, meu galo? A
História do domingo: Como os grosseiros e grotescos se relacionam com os meigos.
Eu já convivi com muitos
tipos de antropóides. Dentre eles destaco um tipo folclórico viamonense que
passo a descrever. Trabalhei com um cidadão que usava uma expressão muito
peculiar. Ao invés de dar bom dia ou boa tarde ele dizia: E aí, meu galo? E aí,
meu galo?
O dito cujo andava sempre
com um caderno em baixo do braço (caderno tipo escolar). Fazia umas caretas
estranhas. Enfiava os dedos na boca. Andava apressado. Parecia sempre preocupado
com algo importante. Se você perguntava a ele: O que você está fazendo, fulano?
A resposta era a seguinte: Estou elaborando um projeto.
O mesmo era “tradicionalista”,
amigo de gente importante alçou cargo de vulto na republiqueta viamonense.
Meigo, demitido pelo Rei (com aquiescência do Maluco Beleza – Mamãe não quero
ser prefeito), cedeu espaço para “O Esmeralda” que ocupou assento máximo na
extinta “Casa Rural” e passou a receber salário bem aquinhoado de Senhor
Cultura Municipal despachando na Casa Rural.
E o Chico da Araçá? É só
uma historinha local de Velha Capital que não consegue descolar o adesivo:
Cidade Dormitório. Não complexifica. Pobre Chico, massa da manobra do Rei (de
balcão). Foi lá no campo da Martinica e executou a missão: Vossa senhoria é
candidato a legislar? Explodiu a munição. Noutro dia a decisão. Não quero mais
Meigo, não. Enfim, história de domingo: Miguelina, Medianeira, Santa Isabel,
Martinica, Esmeralda. Passa no Passo?
Apareceu o Aparecido.
A Ultima Partida
A Última Partida*
*Texto
Publicado em 27/05/2012
A Cidade de Santa Isabel é formada por diversas
vilas, bairros grupos urbanos populares. A Vila Florença é uma parte da Santa
Isabel. O futebol de campo foi uma das atividades de interesse na minha infância.
O fenômeno urbano tomou conta de toda esta
região onde vivemos, eu nunca vi tanta obra civil acontecendo ao mesmo tempo.
Isto é bom ou ruim? Para onde caminhamos, enquanto cidade? Estamos diante de um
crescimento sustentável ou insustentável? Questões e mais questões para nós
estudarmos. E as respostas? Elas haverão de surgir durante o nosso percurso
(Caminhando).
A Vila Florença é aquela comunidade que fica
entre a Santa Isabel e a Cecília. A Vila Florença não tem escola. A Vila
Florença não tem creche (pública). A Vila Florença não tem Supermercado. A Vila
Florença não tem um monte de coisas, mas tinha um campo de futebol e, no
entorne dele, sociabilidades, cultura, lazer, diversão, enfim encontro de
amigos (comunidade reunida). Minimamente organizada, havia ali também uma
entidade associativa que organizava as atividades esportivas e sociais, dentre
elas uma escolinha comunitária de futebol infantil. O esporte tem estes
atributos de agregar, reunir, mobilizar pessoas.
A minha infância foi muito simples. Vivia com
os meus pais ali na Rua Lisboa, esquina com Napoleão Bonaparte (Vila
Miguelina). A minha mãe tinha um armazém (Armazém Jacomini). Eu ajudava nas
atividades comerciais da família. Nas horas vagas, ficava ali pela frente,
observando os transeuntes. Nos sábados havia um fluxo intenso de florentinos
(ou florencianos) que faziam o seu deslocamento semanal até “a vila” (Isabel)
para buscar abastecimento (geralmente nos supermercados Dosul e no Sete
Irmãos). Nos domingos a tarde, dia de descanso e lazer, eu ia assistir os jogos
de futebol que ocorriam no Campo da Florença. Eu tinha um determinado interesse
por futebol (hoje, não mais). Pensava na possibilidade de ser um goleiro
(Pode?). Coisas de criança.
A palavra mais bonita que eu conheço em
antropologia é “Tradição”. Não só a palavra, mas tudo o que ela encerra. Hoje
eu fui no campo do Florença (pedalando – Bicicletada.org). Conversei com
amigos, testemunhei a “Tradição” do lugar, me emocionei com os relatos da
“Última Partida”. Fiz fotos, consultei os mais antigos sobre questões diversas,
enfim vivi (e revivi) aquela emoção de ser comunidade que se encontra e exige
espaços de encontro, de cultura, de esporte e de lazer. A comunidade está
prestes a receber do poder público um novo equipamento urbano denominado
“Praça”. Ouvi crianças que falavam em uma pista de skate. Eu não sei se está
previsto um equipamento deste tipo ali no outrora Campo do Florença. Eu sei que
o Bar do Carioca fechou. O mesmo ocorreu com o Bar da Gringa. A chácara do Tio Zuza
foi transformada em loteamento e o Campo de Futebol abriu espaço para uma
praça. A Praça do Florença. Saudosismo? Não, urbanismo!
*Texto Publicado em 27/05/2012
Abaixo
os links para sites onde os temas aqui abordados podem ser aprofundados:
Tiririca
– Florentina
BICICLETADA
Vídeos JacquesJa
Banco de Imagens da Cidade de Santa Isabel
sábado, 12 de novembro de 2016
NUPECS
Trabalhos de outrora.
UNIVERSIDADE FEDERAL DO
RIO GRANDE DO
SUL (UFRGS) / INSTITUTO
DE FILOSOFIA E
CIÊNCIAS HUMANAS (IFCH)
- PROGRAMA DE
PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA
SOCIAL (PPGAS) /
NÚCLEO DE PESQUISAS
SOBRE CULTURAS CONTEMPORÂNEAS / (NUPECS)
-
RELAÇÃO DE
ENTREVISTAS REALIZADAS PELOS
PESQUISADORES DOS PROJETOS
INDIVIDUAIS “ANTROPOLOGIA DO
COTIDIANO E ESTUDO
DAS SOCIABILIDADES A
PARTIR DAS FEIÇÕES
DOS MEDOS E
DAS CRISES NA
VIDA METROPOLITANA (Coord. Dra. Cornelia Eckert), “BANCO
DE IMAGENS DA
CIDADE DE PORTO
ALEGRE” (Coord. Dra. Ana Luiza C. da Rocha) e
PROJETO INTEGRADO / CNPq “ESTUDO
ANTROPOLÓGICO DE ITINERÁRIOS
URBANOS, MEMÓRIA COLETIVA E
FORMAS DE SOCIABILIDADE
NO MEIO URBANO
CONTEMPORÂNEO”
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ENTREVISTA
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Codinome: ................................
Sexo: M ( ) F (
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Nome:.................................
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Duração da Entrevista: .......
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Entrevistadores: .................
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Endereço: Rua...........................
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Profissão (ou Ocupação): ...
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Cidade de Origem: ......................
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Observações: ......................
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Entrevista Transcrita por: ...
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