DURKHEIM E
MAUSS:
REPRESENTAÇÕES
COLETIVAS E SOCIAIS
Durkheim trata a consciência na interioridade mesma dos
fenômenos sociológicos, para ele as representações coletivas são categorias de
entendimento cuja função se funda na integração e grupos sociais.
1898 Representações
individuais e coletivas
1903 em co-autoria com Mauss
Algumas formas primitivas de
classificação
1912 As formas elementares
da vida religiosa
Para Durkheim as representações coletivas são o produto de uma
imensa cooperação. São categorias de entendimento, noções essenciais que
dominam toda nossa vida intelectual, embora nem todas as representações
coletivas seja categorias. Isto é, as
categorias são a ossatura da inteligência, são os quadros sólidos que encerram
o pensamento, enquanto que as demais representações são noções contingentes e
móveis. Durkheim assimila a categoria ao
conceito, O conceito para Durkheim não é uma representação impessoal, é
representação coletiva: corresponde à maneira pela qual esse ser especial que é
a sociedade pensa as coisas de sua experiência própria.
As primeiras categorias lógicas foram categorias sociais, as
primeiras classes de coisas forma classes de homens nas quais tais classes
forma integradas.
Foi porque os homens estavam agrupados e viam-se em pensamento
em forma de grupos que agruparam idealmente os outros seres, e as duas maneiras
de agrupamento começaram a confundir-se a ponto de se tornar indistintas (451)
São estados de almas coletivas que deram origem a esses
agrupamentos e toda sorte de elementos afetivos concorrem para a representação
que se faz dela.
O conceito organizador é a idéia de representação social,
representações sociais podem ser entendidas como uma manifestação social e
individual em que fundem-se aquilo que é visto aquilo que acredita-se estar
vendo e aquilo que vede ser visto. Para Durkheim (1069) “uma representação não
se produz sem agir sobre o corpo e o espírito”, de forma que as representações
são semipro socialmente construídas e individualmente incorporadas, ou seja, um
fenômeno social só existe na forma mesma da representação.
Para Durkheim a vida psíquica de cada indivíduo é um certo
contínuo de representações, e assim tanto a vida individual, quanto a vida
coletiva, a vida em sociedade, são constituídas essencialmente por
representações. De modo que aquilo que é representado manifesta-se enquanto
realidade, e os elementos simbólicos que a estruturam podem ser transmitidos,
comunicados e socialmente compartilhados, encontrando no interior da cultura os
significados que os legitimam. Portanto a representação daquilo que é percebido
como real estabelece-se necessariamente no interior de uma cultura dada (ou da
sociedade, como diria Durkheim).
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