Livro e Literatura. Ciências Sociais. Antropologia. Sociologia. Porto Isabel. Viamão. Rio Grande do Sul. Brasil.
domingo, 31 de julho de 2016
sábado, 30 de julho de 2016
sexta-feira, 29 de julho de 2016
terça-feira, 26 de julho de 2016
Creio
Creio
"Basta
acreditar"
Vide a obra cinematográfica
Finding
Neverland
(Em
Busca da Terra do Nunca
(título
no Brasil)
ou
À Procura da Terra do Nunca
(título
em Portugal)).
Filme
britânico-americano de 2004,
um
drama biográfico dirigido por
Marc Forster, com roteiro baseado
em
peça teatral de Allan Knee.
Em Busca
do contexto da obra “Terra do Nunca” (ou algo do tipo, veja citação acima)
Hoje é um
dia muito especial. Julho abençoado. Colecionando vitórias. Sei que posso
perder algum leitor hoje, mas não posso me furtar do meu papel principal.
Letras.
Se você
digita no google: “Santa Isabel, Viamão” o que aparece? Um texto de minha
autoria no Wikipédia. Defini a Praça Santa Isabel como um espaço de encontro de
todas as gerações. Elegi a árvore símbolo da Santa Isabel (Timbaúva). Criei o
primeiro livro sobre a história da Santa Isabel e o primeiro blog temático
sobre a Santa Isabel. Cunhei o termo “cidadenização” para explicar o que
ocorreu com a Vila, quase Cidade, chamada de Região por uns e de Bairro por
outros (segundo o minha modesta opinião uma Cidade). E por ai vai. Muitos copiam tudo isso e “esquecem” de me
dar os devidos créditos. Tudo bem. Na mídia nada se cria, tudo se copia já
dizia o “Velho Guerreiro” (Chacrinha). Fogo.
Você que
está lendo este texto agora observe o desafio. Caminhe pela Avenida Liberdade.
Em frente ao Salão de Cabelereiros mais suntuoso e desagradável da região
existe uma casa de santo (no letreiro lê-se Flora). Entre com dignidade e
respeito e deposite um valor nos pés do “Preto Velho” (Valor mínimo deve ser
vinte reais). O que é isso? Observa! Eu sei que você já visitou Casa de Santo.
Assistiu roda de Umbanda. Consultou cartas e búzios. Fez aché para não te
furtarem o veículo (não havia valores disponíveis para a seguradora). Acionou
os Orixás para causas de amor, negócio e outras vaidades. Portanto, não se
ofenda. É isso mesmo. E se eu não fizer isto?
As vezes a
pessoa sente dor de cabeça. Uma torção involuntária em partes da perna. Perde a
carteira com todos os documentos. Bate o carro numa bobeira no trânsito, etc. e
não entende o que aconteceu? Fluídos atuam o tempo todo no teu entorno. Dor de
barriga, má digestão, pensamentos nefastos e você não entende o que está
ocorrendo? Gratidão é uma palavra que está na boca de muita gente, mas o que é
realmente este sentimento? Vai lá e agradece. Especialmente se você é do sexo
feminino e está em idade fértil. Caso contrário, não vai mudar muito, pois já
carrega uma condenação nas costas. Peso. Penso.
Tem um
ciclone extra-tropical agindo na costa. Hoje as dezoito horas lembrei da obra
de Érico Veríssiomo – O Tempo e o Vento. Alô Senhora Mozara, por favor, calibre
o seu dispositivo de alarme no prédio novo. A vizinhança toda não aguenta mais
o barulho infernal das sirenes sendo acionadas a todo instante (as vezes,
durante toda a noite, sem motivo aparente). Os Deuses agradecem a vossa
atenção.
Desejo uma
boa noite à todos. Segue a última parte do trabalho “Flanelas”. Namastê.
CONCLUSÃO
As
conclusões são tão experimentais quanto toda esta pesquisa realizada, em função
da nossa condição de iniciados em ciências sociais, portanto elas mais abrem questões de debate e
análise do que encerram grandes constatações.
Um
aspecto que me parece interessante chamar para este momento do nosso texto é do
desafio que estava colocado para nós, quando do início deste trabalho. É a
primeira vez que tentamos “estranhar o familiar”, através de uma pesquisa
voltado para um espaço social que é o nosso próprio, ou seja, o espaço urbano
contemporâneo. Aceitando o convite de Gilberto Velho: “(...) Não há como fugir,
nem retardar mais o processo de assumir o estudo antropológico da nossa
sociedade e cultura como tarefa fundamental.” (Velho, 1980), nos embrenhamos
nesta atividade que nos trouxe muita satisfação intelectual.
Uma
percepção também presente neste momento é o do entendimento que os recursos
visuais, fotográficos, iconográficos e imagéticos trazem uma enorme
contribuição para este tipo de pesquisa que realizamos. Inicialmente, estava
previsto a realização de fotos e imagens no campo estudado, porém, em função de
alguns problemas de divisão de tarefas não foi possível assim proceder.
Limitamo-nos, então aos recursos iconográficos (mapas, traçados, desenhos,
...).
No
campo mais teórico, uma das principais constatações é que precisamos tentar
entender os guardadores de carros enquanto atores sociais urbanos
contemporâneos inseridos em uma dinâmica social moderna. Ao invés de
classificá-los como bandidos ou heróis de uma sociedade moderna, impregnada de
conflitos, de tensões e de crises, é necessário perceber a dramaturgia que está
colocada na sua atuação social. Portanto, acreditamos que “(...) todo o ator
social procura, para além dos papéis institucionalizados, oferecer a outrem uma
imagem de si próprio que lhe garanta o controle desta interação. As estratégias
assim elaboradas envolvem comportamentos físicos ou verbais, e são tanto mais
necessárias quanto mais ameaçado estiver a identidade pessoal.” (Goffman,
1975) Este princípio teórico é
perfeitamente comprovado através dos dados empíricos levantados em campo,
através das entrevistas e conversas informais com os “flanelas”. Observamos os
momentos em que os nossos atores sociais ritualizavam, estetizavam e encenavam,
através de comportamentos, gestos e expressões verbais, estratégias de
afirmação da sua presença no local de trabalho, bem como de convencimento da
necessidade da sua permanência junto aos veículos para garantir a segurança dos
mesmos.
Só
para citar um exemplo, citaríamos a situação de estacionamento de um
veículo: - Ao perceber que um carro se
aproxima de uma das vagas do estacionamento, o “flanela” também se aproxima do
veículo, tentando auxiliar o processo de manobragem e estacionamento,
propriamente dito. Uma vez estacionado, ele, por vezes, abre gentilmente a
porta do veículo e passa a oferecer os seus préstimos de guardador e de lavador
de automóveis. Já com uma “flanela” na mão, pode rapidamente passar a flanela
em alguma parte do carro, tentando limpá-lo parcialmente; Quando o “usuário”
retorna ao veículo, acontece algo semelhante: o “flanela” se aproxima, auxilia
na manobragem para a saída do veículo e “faz cara de cachorro molhado” para
tentar algum tipo de pagamento ou gorjeta. As expressões: “bem cuidado”, “quer
lavar, Doutor ?”, “Não sai um troquinho para um cafezinho ai chefe ?”, são
expressões muito usadas pelos “flanelas” no seu trabalho diário e fazem parte
da encenação e ritualização que aqui referimos. As caras feias ou expressões
carrancudas também fazem parte desta encenação e são motivadas pela situação
onde o “usuário” passa a usar o estacionamento sem retribuir o trabalho do
“flanela” com nenhuma importância em dinheiro ou objeto de consumo. Ou seja, a
expressões de descontentamento ou indignação do “flanela” para com o usuário
que não contribuiu com o seu trabalho não significa, exatamente, desejo de
agressão física ou moral do “flanela” para com este usuário, ou mesmo vontade
de danificação do seu patrimônio pessoal, neste caso o carro.
Este
entendimento da dinâmica do trabalho do flanela é o principal eixo desta
conclusão. Precisamos fugir das observações jornalística que generalizando os
fenômenos sociais, acabam por desfigurá-los e desqualificá-los. A antropologia
urbana nos apresenta um importante instrumental de análise e estudo destes
atores urbanos contemporâneos. Oportunamente, pretendemos retomar esta análise
a fim de ampliá-la e relativizá-la um pouco mais. Portanto, obviamente que aqui
poderíamos levantar outros aspectos, mas não o faremos em função da brevidade
desta investigação que ora concluímos.
segunda-feira, 25 de julho de 2016
sábado, 23 de julho de 2016
UFRJ
MANIFESTO
Por uma UFRJ autônoma, crítica e democrática
Por uma UFRJ autônoma, crítica e democrática
A UFRJ é um
precioso patrimônio público que materializa quase um século de produção de
conhecimento e de lutas universitárias. De sua origem como escolas isoladas
aglomeradas até a sua conformação como instituição estruturada pelo princípio
da ‘unidade do diverso’ foram necessárias corajosas lutas, ousadia e
extraordinária dedicação de seus estudantes, técnico-administrativos e
professores para transformá-la na maior Universidade Pública Federal,
referência e laboratório para importantes mudanças no modelo educacional
superior brasileiro.
A fragmentação não
foi o único obstáculo a sua constituição. O Estado sempre obstaculizou a real
autonomia universitária. As diretrizes da contrarreforma de 1968 e da
implementação da pós-graduação a partir de 1965, impostas de modo coercitivo,
gestadas na ditadura, provocaram retrocessos na busca da unidade do diverso, em
detrimento da organicidade da instituição.
Mesmo em um
ambiente tão hostil, a UFRJ seguiu impetuosa em sua busca de autonomia,
associada a original produção de conhecimento, a exemplo das lutas pela
constituinte, enfrentando com seus movimentos representativos a ofensiva
privatizante de Collor de Mello, a contrarreforma do Estado no período FHC, as
tentativas de lhe retirar o direito de escolher seu Reitor e as mudanças
previdenciárias no governo Lula, lutou em prol de carreiras docente e de
técnico-administrativos que contemplassem as particularidades da vida acadêmica
e impediu a contratualização com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
(EBSERH). Seus estudantes, organizados, compreenderam o sentido profundo da
assistência estudantil para garantir a real democratização do acesso e da
permanência dos estudantes na universidade, logrando lutas que pautaram de modo
definitivo a questão. A despeito de toda a resistência, o Estado (e, na maioria
das vezes, os governos) continua a tolher a liberdade acadêmica da universidade
com seus processos de avaliação tecnocráticos, importados da gestão
empresarial, orientados para o controle, o monitoramento e para a difusão de um
ethos hostil à formação, à reflexão, à crítica e à criação que fundamentam a
indissociabilidade ensino, pesquisa e extensão. Da avaliação passa-se à
fiscalização, monitoramento e ao controle do que é dado a pensar. Esses
processos exigem desempenhos específicos que limitam a autonomia e a dirigem
numa determinada direção. A universidade deve ser entendida como uma
instituição complexa, dinâmica, diversa, auto-organizada por meio de seu
autogoverno e de sua prerrogativa constitucional de autonormação. É na
diversidade auto-organizada que a universidade se fortalece, resiste a ataques
externos, se auto avalia, corrige os seus rumos objetivando cumprir suas
elevadas funções sociais.
Todas essas lutas universitárias expressam um compromisso inarredável de sua comunidade com o porvir da universidade. De modo indissociável com a luta por sua autonomia, as atividades de ensino, de pesquisa e de extensão foram orientadas, no cotidiano das faculdades e institutos e de seus grupos de pesquisa, pela efetivação de sua função social como instituição comprometida com os problemas lógicos e epistemológicos da ciência, da arte, da cultura e das tecnologias, com a formação cientificamente rigorosa de seus estudantes e com o diálogo verdadeiro com a educação pública, os movimentos sociais do campo e da cidade que, legitimamente, demandam espaços comuns de aprendizagem. Desse modo, a UFRJ vem contribuindo para a solução dos grandes problemas dos povos, como a energia, a educação, a saúde, a problemática socioambiental, as questões urbanas e agrárias, a economia, os desafios tecnológicos diversos, promovendo avanços no conhecimento em domínios estratégicos nas biociências, nas tecnologias, nas chamadas ciências duras, nas ciências humanas e sociais e, não menos importante, nas diversas linguagens, articulando cultura, arte e ciência.
Como uma instituição dedicada ao pensamento crítico, a UFRJ não pode deixar de problematizar as consequências das políticas educacional e de Ciência e Tecnologia (C&T) da ditadura, inclusive a violência contra sua comunidade, confirmadas, em sua extensão, pelas comissões da verdade. Igualmente, não pode deixar de problematizar a adesão de setores universitários (dentro e fora da instituição) a medidas governamentais heterônomas e que buscaram perpetuar o modelo imposto desde os sombrios tempos ditatoriais. É importante destacar que tal apoio prosseguiu em um contexto que já não possibilitava as contradições positivas da expansão da pós-graduação nos anos 1970-1980, como o desenvolvimento da ciência básica e de áreas tecnológicas em domínios estratégicos. De fato, nos anos de neoliberalismo, as mudanças na forma de inserção do país na economia-mundo, em prol de mercadorias de baixo conteúdo tecnológico, redefiniram, em profundidade, a política dos governos em relação à função da universidade pública brasileira. O torniquete dos editais indutores e a prioridade conferida à inovação tecnológica, a rigor, pouca inovação e muito serviço, provocaram mudanças que exigiram a adaptação de determinados grupos de pesquisa (ou de setores destes) à nova realidade. No modelo universidade-empresa a heteronomia adentrou ainda mais os laboratórios, as salas de aula, a escrita acadêmica, refuncionalizando a universidade no sentido de transformá-la em uma organização voltada para a prestação de serviços e para a formação rápida e superficial de força de trabalho para postos de trabalho de modesta complexidade.
O projeto de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) pretendia adequar as universidades aos moldes do Processo de Bolonha/ Universidade Nova, mas as lutas em todo país impediram tal objetivo. O legado positivo resultante dessas lutas foi a renovação, ainda que insuficiente, do corpo docente e dos técnicos-administrativos, a ampliação e diversificação do perfil social de seus estudantes e a abertura de novas instituições de ensino superior públicas. O REUNI, entretanto, significou uma expansão sem infraestrutura e, a despeito da importância dos concursos, ampliou o número de matrículas sem que o quantitativo de pessoal atendesse às novas demandas. Este quadro se repetiu na política de assistência estudantil que, por não ser universal, obedeceu a lógica das políticas focalizadas de alívio à pobreza, situação agravada pelo reduzido orçamento do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). Desde 2012 não há recursos novos para as universidades federais, situação que expressa a ausência de prioridade para a educação superior pública: o eixo da atual política é a educação profissional aligeirada, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) e de subsídios públicos (FIES, ProUni) para as instituições privadas, distintamente do princípio que compartilhamos de que as verbas públicas devem ser aplicadas exclusivamente nas instituições públicas.
Todas essas lutas universitárias expressam um compromisso inarredável de sua comunidade com o porvir da universidade. De modo indissociável com a luta por sua autonomia, as atividades de ensino, de pesquisa e de extensão foram orientadas, no cotidiano das faculdades e institutos e de seus grupos de pesquisa, pela efetivação de sua função social como instituição comprometida com os problemas lógicos e epistemológicos da ciência, da arte, da cultura e das tecnologias, com a formação cientificamente rigorosa de seus estudantes e com o diálogo verdadeiro com a educação pública, os movimentos sociais do campo e da cidade que, legitimamente, demandam espaços comuns de aprendizagem. Desse modo, a UFRJ vem contribuindo para a solução dos grandes problemas dos povos, como a energia, a educação, a saúde, a problemática socioambiental, as questões urbanas e agrárias, a economia, os desafios tecnológicos diversos, promovendo avanços no conhecimento em domínios estratégicos nas biociências, nas tecnologias, nas chamadas ciências duras, nas ciências humanas e sociais e, não menos importante, nas diversas linguagens, articulando cultura, arte e ciência.
Como uma instituição dedicada ao pensamento crítico, a UFRJ não pode deixar de problematizar as consequências das políticas educacional e de Ciência e Tecnologia (C&T) da ditadura, inclusive a violência contra sua comunidade, confirmadas, em sua extensão, pelas comissões da verdade. Igualmente, não pode deixar de problematizar a adesão de setores universitários (dentro e fora da instituição) a medidas governamentais heterônomas e que buscaram perpetuar o modelo imposto desde os sombrios tempos ditatoriais. É importante destacar que tal apoio prosseguiu em um contexto que já não possibilitava as contradições positivas da expansão da pós-graduação nos anos 1970-1980, como o desenvolvimento da ciência básica e de áreas tecnológicas em domínios estratégicos. De fato, nos anos de neoliberalismo, as mudanças na forma de inserção do país na economia-mundo, em prol de mercadorias de baixo conteúdo tecnológico, redefiniram, em profundidade, a política dos governos em relação à função da universidade pública brasileira. O torniquete dos editais indutores e a prioridade conferida à inovação tecnológica, a rigor, pouca inovação e muito serviço, provocaram mudanças que exigiram a adaptação de determinados grupos de pesquisa (ou de setores destes) à nova realidade. No modelo universidade-empresa a heteronomia adentrou ainda mais os laboratórios, as salas de aula, a escrita acadêmica, refuncionalizando a universidade no sentido de transformá-la em uma organização voltada para a prestação de serviços e para a formação rápida e superficial de força de trabalho para postos de trabalho de modesta complexidade.
O projeto de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI) pretendia adequar as universidades aos moldes do Processo de Bolonha/ Universidade Nova, mas as lutas em todo país impediram tal objetivo. O legado positivo resultante dessas lutas foi a renovação, ainda que insuficiente, do corpo docente e dos técnicos-administrativos, a ampliação e diversificação do perfil social de seus estudantes e a abertura de novas instituições de ensino superior públicas. O REUNI, entretanto, significou uma expansão sem infraestrutura e, a despeito da importância dos concursos, ampliou o número de matrículas sem que o quantitativo de pessoal atendesse às novas demandas. Este quadro se repetiu na política de assistência estudantil que, por não ser universal, obedeceu a lógica das políticas focalizadas de alívio à pobreza, situação agravada pelo reduzido orçamento do Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES). Desde 2012 não há recursos novos para as universidades federais, situação que expressa a ausência de prioridade para a educação superior pública: o eixo da atual política é a educação profissional aligeirada, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) e de subsídios públicos (FIES, ProUni) para as instituições privadas, distintamente do princípio que compartilhamos de que as verbas públicas devem ser aplicadas exclusivamente nas instituições públicas.
Diante desse
cenário, alguns setores internos, percebendo que a universidade mudou, apoiam
medidas governamentais que supostamente objetivam “proteger” os grupos
estabelecidos, seja criando obstáculos desprovidos de fundamentos acadêmicos
para a progressão na carreira (desejando criar uma aristocracia acadêmica),
como visto na greve magisterial de 2012 e na regulamentação da carreira em
2014, seja propondo uma internacionalização subalterna e neocolonial, seja
cedendo pessoal e patrimônio a uma empresa de direito privado, como é o caso da
EBSERH. Em nome de uma suposta meritocracia, defendem a desigualdade e os
privilégios.
Discordamos dessa alternativa!
Em nome da importância da UFRJ para o
povo brasileiro, a opção é buscar o fortalecimento institucional da UFRJ em seu
conjunto, incorporando todas as áreas de conhecimento e perspectivas teóricas e
epistemológicas. Não se trata de salvar uma pseudoexcelência, promovendo uma
meritocracia que desconsidera o mérito e fomenta a crescente subordinação do
ensino, da pesquisa e da extensão aos interesses particularistas do mercado no
capitalismo dependente. Não é essa a história da UFRJ! Longe disso, a força da
UFRJ sempre foi o seu compromisso com a ciência, a cultura e a arte, em
estreita articulação com os problemas dos povos. Existe uma importante tradição
de compromisso da instituição com os trabalhadores que podem fazer do
conhecimento um ato de consciência, emancipação e liberação, em síntese, uma
arma da crítica.
Declaramos nossa disposição de fazer
do atual processo sucessório um momento de profundas redefinições demandadas
pela sociedade e, em particular, pela comunidade da UFRJ. A primeira grande
mudança é realizar um visceral balanço histórico para orientar mudanças capazes
de instituir um novo ordenamento institucional para a UFRJ, no âmbito da
autonomia universitária assegurada constitucionalmente. A realização de um
Congresso Universitário, pactuado por estudantes, técnico-administrativos e
docentes, objetivando um processo estatuinte, é um primeiro passo para
transformar as relações de poder internas. Defendemos que as mudanças
possibilitem o governo compartilhado da universidade. Sustentamos que a nova
conformação institucional da universidade possa favorecer o protagonismo de
todos estudantes, técnico-administrativos e professores da universidade. A UFRJ
já é um patrimônio da nação, mas pode mais, revitalizando o seu projeto para
que possa aflorar o seu extraordinário potencial! A autonormação e o
autogoverno da universidade são imprescindíveis. Não é outro o significado do
Artigo 207 da Constituição Federal que assegurou a autonomia universitária!
A complexidade da produção do
conhecimento e dos processos de ensino e aprendizagem exigem mudanças
institucionais e na forma de organização social do trabalho. Atividades que
exigem alta especialização, como os setores financeiro, de pessoal, de
licitação e compras, escritório técnico, bibliotecas, secretarias e
coordenações de ensino, segurança, entre tantos outros, precisam ser
valorizadas na forma de atividades , regulares, permanentes,
profissionalizadas, garantindo a institucionalização das mesmas no âmbito das
unidades e da UFRJ. Os profissionais qualificados e dedicados que exercem essas
atividades devem ser apoiados de modo sistemático e institucional, inclusive
quanto à valorização salarial, carreira e programas de qualificação.
Os colegiados político-acadêmicos,
sejam de unidades, sejam os superiores, não podem prescindir da contribuição
estudantil que, em nosso projeto, compõe efetivamente o governo compartilhado
da instituição, convertendo os colegiados em espaços horizontalizados e de
criativas experiências democráticas.
Em contrapelo com as medidas em curso
para a educação pública, mais do que nunca os povos necessitam de universidades
críticas, capazes de realizar processos de formação e de produzir conhecimento
novo, rigoroso, livre da tutela de governos e de corporações para que os
grandes desafios da humanidade possam ser enfrentados em melhores condições. O conhecimento
sobre o futuro da educação pública não pode estar vinculado aos interesses das
corporações que atuam seja no chamado serviço educacional, ou em qualquer outra
área. As interações, convênios e contratos com entes governamentais e privados
têm de estar em conformidade com a autonomia universitária (e, por conseguinte,
com as normas constitucionais da esfera pública) e com a ética na produção do
conhecimento. Não compete à universidade suprir a ausência de departamentos de
Pesquisa e Desenvolvimento das empresas e, nesse sentido, criticamos
vigorosamente os termos da lei de inovação tecnológica que buscam redefinir a
missão institucional em prol da universidade como apêndice do capital
operacional. O financiamento é público. Não pode ser autogerado pela venda de
serviços porque a universidade é pública, nem proveniente de corporações, e nem
advindo de cobrança de taxas aos estudantes da graduação e da pós-graduação em
decorrência da gratuidade constitucional.
Recusamos um processo eleitoral que se limite a promessas de “choque de gestão” como um requisito para o futuro da universidade, discurso que somente serve de invólucro aos interesses particularistas e antiuniversitários dos que sustentam um projeto referenciado na ideologia da meritocracia. Recusamos, igualmente, um processo de formação de chapa que se reduz ao mero loteamento dos cargos, como se acordos com dirigentes estabelecessem lealdades eleitorais de suas ditas bases. Recusamos um processo de formação do futuro governo da UFRJ comprometido com os governos e interesses partidários a eles associados, em detrimento da autonomia universitária. A universidade é uma instituição em que todos fazem um uso crítico da razão e, por isso, repudiamos tais práticas arcaicas de formação do que deveria ser o autogoverno da universidade.
Esse convite é um ato político-acadêmico em prol da autonomia constitucional. Não podemos tolerar essas políticas do governo federal, crescentemente hostis à universidade pública e autônoma. Os enormes cortes orçamentários, como os feitos recentemente pelo governo, as pressões para a contratualização com a EBSERH, a inserção dos programas de fomento à C&T no âmbito privado-mercantil, por meio da EMBRAPII e da hipertrofia das fundações privadas, a política de terceirização, o intento de contratação de docentes e técnicos por meio de organizações sociais (privadas, em contratos regidos pela CLT), a imposição do FUNPRESP, inviabilizando a aposentadoria integral dos novos servidores, exigirão uma administração que seja capaz de dialogar com independência com os distintos âmbitos governamentais, e que, para isso, deverá ter como método o princípio do trabalho coletivo, escutando, dialogando com todo seu corpo social, fortalecendo o ativo protagonismo de sua comunidade, articulando, ao mesmo tempo, diversas forças sociais em prol da defesa da universidade pública socialmente referenciada.
O presente Manifesto é, nesse sentido, um convite para que cada estudante, técnico-administrativo e professor se engaje nesse debate, participando, ativamente das plenárias agendadas para a construção do programa que a UFRJ e o país necessitam e assegurando outra perspectiva quanto a função social da universidade.
Recusamos um processo eleitoral que se limite a promessas de “choque de gestão” como um requisito para o futuro da universidade, discurso que somente serve de invólucro aos interesses particularistas e antiuniversitários dos que sustentam um projeto referenciado na ideologia da meritocracia. Recusamos, igualmente, um processo de formação de chapa que se reduz ao mero loteamento dos cargos, como se acordos com dirigentes estabelecessem lealdades eleitorais de suas ditas bases. Recusamos um processo de formação do futuro governo da UFRJ comprometido com os governos e interesses partidários a eles associados, em detrimento da autonomia universitária. A universidade é uma instituição em que todos fazem um uso crítico da razão e, por isso, repudiamos tais práticas arcaicas de formação do que deveria ser o autogoverno da universidade.
Esse convite é um ato político-acadêmico em prol da autonomia constitucional. Não podemos tolerar essas políticas do governo federal, crescentemente hostis à universidade pública e autônoma. Os enormes cortes orçamentários, como os feitos recentemente pelo governo, as pressões para a contratualização com a EBSERH, a inserção dos programas de fomento à C&T no âmbito privado-mercantil, por meio da EMBRAPII e da hipertrofia das fundações privadas, a política de terceirização, o intento de contratação de docentes e técnicos por meio de organizações sociais (privadas, em contratos regidos pela CLT), a imposição do FUNPRESP, inviabilizando a aposentadoria integral dos novos servidores, exigirão uma administração que seja capaz de dialogar com independência com os distintos âmbitos governamentais, e que, para isso, deverá ter como método o princípio do trabalho coletivo, escutando, dialogando com todo seu corpo social, fortalecendo o ativo protagonismo de sua comunidade, articulando, ao mesmo tempo, diversas forças sociais em prol da defesa da universidade pública socialmente referenciada.
O presente Manifesto é, nesse sentido, um convite para que cada estudante, técnico-administrativo e professor se engaje nesse debate, participando, ativamente das plenárias agendadas para a construção do programa que a UFRJ e o país necessitam e assegurando outra perspectiva quanto a função social da universidade.
Para assinar este
manifesto, envie uma mensagem para manifestoufrj@gmail.com com seu nome, função
(docente, técnico e administrativo, estudante) e Unidade na UFRJ.
Rio de Janeiro, 11
de fevereiro de 2015
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Flanelas 3
Prezados Leitores
Vejam os senhores, se eu chegar ali no dia de amanhã, montar banca na praça da Santa Isabel e fazer uma enquete. Qual será o resultado? Vou perguntar para os transeuntes sobre o significado da palavra "Lemúria". De dez entrevistados, quantos saberão responder com precisão o significado da palavra?
Zero
Portanto, o trabalho que realizo aqui vai neste sentido de esclarecer "as mentes novelescas globais" sobre temas de interesse dos cultos.
E se a pergunta fosse a seguinte:
Você sabe o que faz um antropólogo?
Quantos responderiam com precisão a questão?
Um dos maiores problemas da atualidade: Estão queimando os livros. Buscam tudo na internet. Eu conheço uma professora que vendeu uma biblioteca inteira no galpão da reciclagem. O que fazer diante de tal quadro desolador?
Sabe aquele papel higiênico bem barato que você encontra no supermercado? Dá uma olhada com atenção antes de usar. Você vai enxergar umas letrinhas ali. Pois então! Ele já foi um livro impresso.
Vamos mais um pouco de flanelas?
Antropologia urbana no Centro Histórico de Porto Alegre.
JacquesJa na área teclando e oferecendo mais esta página para o amigo leitor (para a amiga leitora)
Vejam os senhores, se eu chegar ali no dia de amanhã, montar banca na praça da Santa Isabel e fazer uma enquete. Qual será o resultado? Vou perguntar para os transeuntes sobre o significado da palavra "Lemúria". De dez entrevistados, quantos saberão responder com precisão o significado da palavra?
Zero
Portanto, o trabalho que realizo aqui vai neste sentido de esclarecer "as mentes novelescas globais" sobre temas de interesse dos cultos.
E se a pergunta fosse a seguinte:
Você sabe o que faz um antropólogo?
Quantos responderiam com precisão a questão?
Um dos maiores problemas da atualidade: Estão queimando os livros. Buscam tudo na internet. Eu conheço uma professora que vendeu uma biblioteca inteira no galpão da reciclagem. O que fazer diante de tal quadro desolador?
Sabe aquele papel higiênico bem barato que você encontra no supermercado? Dá uma olhada com atenção antes de usar. Você vai enxergar umas letrinhas ali. Pois então! Ele já foi um livro impresso.
Vamos mais um pouco de flanelas?
Antropologia urbana no Centro Histórico de Porto Alegre.
JacquesJa na área teclando e oferecendo mais esta página para o amigo leitor (para a amiga leitora)
2. MAPEANDO O
CAMPO PESQUISADO
“É pelo
espaço, é no espaço que encontramos os belos fósseis de duração concretizados
por longas permanências.” (Bachelard, 1993)
Para
situar o nosso leitor no campo pesquisado, passaremos a abordar os aspectos
geo-espaciais e de localização do
entorno de ruas do centro da cidade de Porto Alegre que elegemos para realizar
o presente trabalho.
Inicialmente,
pensamos em permanecer estudando apenas um grupo de “flanelas” que desenvolve
as suas atividades na Av. Osvaldo Aranha, trecho compreendido entre a Avenida
João Pessoa e a Rua Sarmento Leite, área central de Porto Alegre, proximidades
da Praça Argentina e da UFRGS. Porém, durante a realização da primeira fase da
pesquisa de campo, observamos a necessidade de fazer um mapeamento não só deste
trecho, mas de praticamente todo o entorno do Campus Central da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul. Procedemos então a ampliação deste traçado
inicial e partimos para o estudo do quadrilátero compreendido pela rua Eng.
Luís Englert, Av. João Pessoa, Av. Osvaldo Aranha e Av. Paulo Gama. [1]
Esta decisão foi tomada principalmente pelo fato de percebermos que existe uma
dinâmica de trabalho dos “flanelas” muito parecidas nestas várias ruas e
avenidas. Além disto, a organização do espaço, a tipologia do usuário deste
estacionamento, o fluxo de pessoas e automóveis é muito semelhante em todo este
entorno, portanto, sobre o nosso ponto de vista, esta ampliação era realmente
necessária.
Este
espaço é marcado por um intenso fluxo de
automóveis, caminhões e conduções de transporte coletivo, fato que ocasiona uma
grande quantidade de emissão de gases expelidos pelos escapamentos destes
veículos, ou seja, poluição do ar e ainda um alto grau de poluição sonora
devido a mesma causa [2].
O movimento de pedestres também é muito grande, principalmente dos passageiros
de ônibus, vindos de vários bairros de Porto Alegre e das cidades da região
metropolitana, em especial Viamão, que desembarcam nas proximidades do Parque
Farroupilha e da UFRGS no seu deslocamento diário ao centro da cidade de Porto
Alegre. Dentre os pedestres que circulam neste perímetro, destacam-se os alunos
e funcionários da UFRGS que são maioria em determinados horários e dias da
semana. Observamos que estes caracterizam-se em especial pela vestimenta (roupa
de estudante: calça de brim e camiseta que as vezes traz o logotipo da própria
universidade, tênis ou chinelo, ...), utensílios (pastas, mochilas, materiais
escolares característicamente universitários como os de desenho carregados
pelos alunos da arquitetura, ...) e maneira descontraída de se comunicar e de
se locomover (grupos de amigos que se encontram na rua, se abraçam, conversam amigavelmente
nas esquinas, trocam informações, ...).
Em
resumo, caberia destacar que este campo geográfico-espacial estudado é marcado
por três fortes características:
I
- Intenso tráfego de veículos e pessoas durante quase todo o dia;
II
- Sociabilidades marcadas por três campos distintos: intelectual (Observadas a
partir das inúmeras atividades acadêmicas realizadas na UFRGS); econômico
(vendedores ambulantes e camelos que atuam no local, bem como das pessoas que,
em trânsito, deslocam-se para os seus locais de trabalho no comércio do centro
de Porto Alegre, principalmente das Ruas Salgado Filho, Borges de Medeiros, dos
Andradas e Voluntários da Pátria) e de
lazer (observadas pelas inúmeras pessoas que utilizam o Parque Farroupilha para
realizarem exercícios físicos diários - caminhar, correr e andar de bicicleta -
passear com seus animaizinhos de estimação, namorar, ...);
III
- Necessidade de adequação e normalização do espaço físico local, bem como
necessidade de segurança diante da quantidade de automóveis e de pessoas
movimentadas por todas estas atividades citadas anteriormente (observamos que
os espaços destinados ao estacionamento dos automóveis é insuficiente para
atender a demanda de usuários, então entra em cena o “flanela” que auxilia
neste processo quase caótico de propiciar a utilização dos espaços disponíveis,
de uma forma mais organizada, disciplinada e segura).
Durante
as nossas atividades de campo, podemos perceber que “o espaço convida à ação, e
antes da ação a imaginação trabalha” (Bachelard, 1993). Estão aqui colocadas
duas questões especiais do nosso trabalho com os “flanelas”: I - a importância
de tentar perceber as características e especificidades do campo trabalhado,
bem como dos atores sociais e da dinâmica social colocada neste campo, a partir
de um “olhar vibrátil” (Rolnik, 1997)
sobre o espaço e as relações de espacialidade que envolvem, delimitam e, porque
não dizer, definem este universo simbólico e cultural trabalhados; II - a importância da pesquisa qualitativa e,
em especial, do método etnográfico e etnológico, nos estudos de ciências
sociais voltados a pesquisa de sociedades complexas do tipo
urbano-contemporaneo-capitalista. No meu entendimento, é através deste tipo de
trabalho que podemos desenvolver a “ação” e a “imaginação” de que Bachelard nos
falou em seus escritos.
As
questões relativas aos limites (geográficos) de atuação dos diversos “flanelas”
entrevistados, dentro de quadrilátero citado aqui, podem ser observadas nos
anexos 8, 9 e 10. Sobre a dominação e exploração deste espaço pelo trabalho dos
“flanelas”, destacaríamos três observações mais centrais, das várias colhidas
na pesquisa de campo: I - Os limites de atuação do “flanela”, ou seja, onde
começa o espaço explorado pelo “flanela
A” e onde termina o seu espaço, começando a área de atuação do “Flanela B” é
delimitado pelos próprios “flanelas”, segundo uma negociação e uma normalização
dada a partir de seus próprios critérios subjetivos; II - Esta negociação pode
ser tranqüila e equilibrada entre aqueles que desejam “explorar um determinado
local de trabalho” [3],
mas também pode ser violenta e litigiosa, pois trata-se de um embate em torno
da “dominação de um determinado território” [4]; III - As noções de público e privado
percebidas pelos “flanelas” são diferentes das noções de público e privado da
maioria dos “usuários”. O “usuário” entende a rua como um espaço público, onde,
portanto pode estacionar o seu veículo sem, necessariamente, contribuir com
nenhum tipo de retribuição econômica e financeira para as pessoas que
permanecem no local e afirmam estar cuidando dos seus carros. A principal
afirmativa do usuário vai no sentido de que ele é um cidadão honesto,
trabalhador, decente e contribui com os seus impostos regularmente, situação
que o isenta de qualquer outro tipo de contribuição a qualquer outra pessoa ou
entidade; O “flanela” entende a rua como um espaço privado [5],
ou seja, “o seu espaço de atuação profissional”, onde tem o seu “ponto de trabalho” (ou local
de trabalho) que pode ser passado de pai para filho, pode ser trocado Por um
outro local ou bem, ou mesmo pode ser comprado Por cinqüenta reais. [6] As principais afirmativas dos “flanelas” é de
que “feio é roubar”, “estamos trabalhando”,
“dá dinheiro quem quer” e que os usuários não são justos ao permanecerem
o dia todo com o carro estacionado na rua X e ao retornar não colaborarem com
nenhuma retribuição ao flanela. Discursam sobre a relação Custo X Benefício
entre estacionamentos pagos (ou regulares) e os estacionamentos realizados nas
ruas, para defender que nos
estacionamentos pagos (ou regulares) é cobrado cinco reais para cada duas horas
de permanência e no estacionamento
realizado nas ruas o “usuário” pode permanecer o dia todo e pagar um real,
cinqüenta centavos de real ou mesmo não retribuir com nenhuma importância,
situação injusta segundo o ponto de vista dos “flanelas”.
Passaremos
a enfocar, a seguir, o principal ator social deste trabalho, o “flanela”,
tentando demonstrar quem ele é, como atua, enfim as suas principais
características observadas em campo.
[1]
Todos estes detalhes de localização
podem ser acompanhados nos mapas ilustrativos que encontram-se nos anexos deste
trabalho.
[2]
Esta poluição sonora prejudicou bastante o trabalho de entrevistas com o uso do
gravador. O ruído externo muito grande prejudicou a transcrição de alguns
trechos das fitas gravadas em campo.
[3]
Grifo para destacar o entendimento que os “flanelas” tem do espaço público
urbano que são usados para estacionamentos de veículos no centro da cidade.
[4] Idem a
anterior.
[5] Esta
noção não foi verbalizada pelos “flanelas”, mas percebida pelos pesquisadores
através das atividades de campo.
[6] Fato
relatado Por um “flanela” que entrevistamos e afirmava ter comprado aquele
local de trabalho. Confirmava a sua compra através de uma declaração Por
escrito de um “flanela” que atuava anteriormente naquele lugar e decidiu
“vender” para o seu colega, pelo valor de R$ 50,00, “o direito de exploração da
rua em que trabalhava”.
Severina Xique Xique
Prezados
Eu curto cultura erudita, mas também curto cultura popular.
Genival Lacerda foi um destes artistas que fez muito sucesso, apesar das críticas dos seus iguais.
E aqui nesta "Cidade com nome de Vila" existe muito mais de popular do que de erudito, pois até os "Xique Xique" são deveras limitados em suas capacidades de apreciar o belo.
Clique no linque abaixo e curta a peça artística musical "Severina Xique Xique" de Genival Lacerda.
https://www.youtube.com/watch?v=yn_k8NUBhgk
Eu curto cultura erudita, mas também curto cultura popular.
Genival Lacerda foi um destes artistas que fez muito sucesso, apesar das críticas dos seus iguais.
E aqui nesta "Cidade com nome de Vila" existe muito mais de popular do que de erudito, pois até os "Xique Xique" são deveras limitados em suas capacidades de apreciar o belo.
Clique no linque abaixo e curta a peça artística musical "Severina Xique Xique" de Genival Lacerda.
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