domingo, 5 de junho de 2016

Banco de Imagens







Extrato de um trabalho de outrora
Autor: jacquesja


1.3 - Considerações   Sobre   o Projeto  “Banco  de  Imagens  de  Porto Alegre” [1]


“A Complexidade da memória, para além da lógica obsessiva do esquecimento, adquire nesta pesquisa, um sentido novo : a formação de um Banco de Imagens da Cidade que permita ao usuário formas mais integrativas, criativas e interativas de documentação e recuperação do acervo documental da cidade de Porto Alegre, possibilitando-lhe novas possibilidades de interpretação dos tempos e espaços sociais.” [2]


 Trata-se de uma proposta  de estruturação de documentação  e de inventário dos  dados de pesquisa etnográficos e imagéticos.
Propõe-se na fase de divulgação dos dados, ordenados e analisados,  construir um Banco de Imagens Interativo, encerrando assim as formas tradicionais de interação, acumulação e recuperação do suporte informacional. Trata-se de conceber o patrimônio de registros históricos a partir das transformações urbanas aqui instrumentalizadas pela digitalização de fotos, filmes, gravuras e demais iconografias que retratam as transformações na cidade de Porto Alegre, inaugurando uma nova forma de interação, acumulação e recuperação deste patrimônio. Referindo de outra forma, poderíamos afirmar que “longe de se adotar formas estáticas de apropriação e produção de conhecimentos, no âmbito da preservação patrimonial, e a partir da ordenação criteriosa do conjunto documental da cidade de Porto Alegre, este projeto (...) preocupa-se, fundamentalmente, com formas interativas de participação e acesso do usuário de um museu com as estruturas identitárias dos habitantes das grandes metrópoles tendo como ‘fio condutor’ o inventário deste arranjo documental.” [3]
Vivemos a civilização da imagem, com os recursos multimídias, redes de informação e comunicação informatizadas, processos cognitivos digitais, etc. É dentro deste contexto que precisamos abordar a proposta da implementação de um banco de imagens da cidade onde vivemos. Assim, as tarefas de construção do arranjo documental e arquivístico que desenvolvo, permite “abordar o patrimônio etnológico acumulado que representa a cidade a partir de jogos de memória de seus habitantes, integrando os recursos interativos de novas tecnologias as formas clássicas de tratamento documentais de valor histórico, significa para este projeto um desafio.” [4]
Dentre os objetivos, destacaria dois:
“Realizar o estudo dos itinerários urbanos e formas de vida social na cidade como forma de recuperação e resgate de informações do patrimônio etnológico da cidade de Porto Alegre, tendo como objeto de investigação formas interativas de registro, de documentação, de apropriação e produção de seus documentais, em seus suportes diversos;” [5]
“Criar, com base nos jogos da memória da quotidianidade de seus habitantes, um Banco de Imagens da cidade de Porto Alegre que testemunhe a cadeia dos ritmos, dos gestos, dos movimentos e das intenções de seus habitantes que investe no resgate da herança patrimonial de Porto Alegre, e de suas produções culturais coletivas.” [6]
Quanto a  operacionalização desta pesquisa, estão sendo inventariadas coleções videográficas e fotográficas da cidade de Porto Alegre, implementando  o tratamento técnico de tais coleções reencenadas no Banco de Imagens da Cidade. Este tratamento técnico é dado com a utilização de recursos de informática no processo de seleção, catalogação, indexação, e recuperação dos documentos, bem como no tratamento,  digitalização e  edição das imagens (fotos, vídeos, iconografias, gravuras, etc.)










[1] Pesquisadora Responsável pelo projeto: Professora Dra. Ana Luiza Carvalho da Rocha.
[2] ROCHA, Ana Luiza C. da. (1997, p. 10)
[3] Idem.
[4] Ibidem
[5] Ibidem
[6] Ibidem.


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